SEQUÊNCIA DIDATICA POETAS DA ESCOLA - 2012
Atividades desenvolvidas
com alunos da professora Gildete, 5º ano A (4ª série), EMEF. "Armelinda Espúrio da
Silva", seguindo a proposta da
sequência didática do caderno do professor
“Olimpíadas de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro – Poetas da escola”.
São
atividades que também podem ser adaptadas e desenvolvidas em outro momento
desejado.
Introdução ao
gênero - Sobre poemas e poetas
Desenvolvimento:
1
– Conhecimento prévio dos alunos
a) Vocês gostam de Poemas? Por quê?
a) Vocês gostam de Poemas? Por quê?
b)
Vocês já escreveram poema?
c) Vocês leem Poemas com frequência?
d) Vocês sabem com são chamadas as partes de um Poema?
e) Os Poemas podem estar interligados com as músicas?
f) Os Poemas trabalham com a sonoridade?
c) Vocês leem Poemas com frequência?
d) Vocês sabem com são chamadas as partes de um Poema?
e) Os Poemas podem estar interligados com as músicas?
f) Os Poemas trabalham com a sonoridade?
g)
Qualquer tema pode virar poema.
h) Você sabe declamar algum Poema?
h) Você sabe declamar algum Poema?
2 – Leitura do poema abaixo.
Convite
José Paulo Paes
Poesia
é brincar com palavras
como se brinca
com bola, papagaio, pião.
Só que
bola, papagaio, pião
de tanto brincar
se gastam.
As palavras não:
quanto mais se brinca
com elas
mais novas ficam.
Como a água do rio
que é água sempre nova.
Como cada dia
que é sempre um novo dia.
Vamos brincar de poesia?
é brincar com palavras
como se brinca
com bola, papagaio, pião.
Só que
bola, papagaio, pião
de tanto brincar
se gastam.
As palavras não:
quanto mais se brinca
com elas
mais novas ficam.
Como a água do rio
que é água sempre nova.
Como cada dia
que é sempre um novo dia.
Vamos brincar de poesia?
3 - Interação oral.
a) O que é poesia para
Paulo Paes?
b) Vocês acham possível brincar com as palavras?
c) Vocês conhecem algumas brincadeiras envolvendo as palavras?
d) Ler poesia pode ser
uma brincadeira? Por quê?
e) Por que o autor acha que poesia é brincar com as palavras?
f) Por que ao brincar com as palavras, elas vão ficando novas?
g) Quem é o poeta, de
acordo com a visão do autor do poema?
h) Vocês acham que, ao
escrever este poema, o poeta brincou com as palavras? Justifiquem.
i) Por que vocês acham que o texto se chama “convite”?
j) Vocês aceitam este
convite de brincar de ler e escrever
poesias? Por quê?
4 – Conversar com os alunos sobre:
Qual é a diferença entre
poema e poesia?
É relevante destacar a diferença entre poema e poesia. Apesar de serem tratadas por muitos como sinônimos, o uso dos dois termos entre os estudiosos apresenta diferenças, a saber:
Poesia: A poesia é uma substância imaterial. Caráter do que emociona, toca a sensibilidade. Há poesia sempre que somos dominados pelo sentimento do belo. A poesia pode estar nos lugares, nos objetos e nas pessoas à espera de um olhar sensível. Assim, não só os poemas, mas uma paisagem, uma pintura, uma foto, uma dança, um gesto, um conto, por exemplo, podem estar carregados de poesia.
É relevante destacar a diferença entre poema e poesia. Apesar de serem tratadas por muitos como sinônimos, o uso dos dois termos entre os estudiosos apresenta diferenças, a saber:
Poesia: A poesia é uma substância imaterial. Caráter do que emociona, toca a sensibilidade. Há poesia sempre que somos dominados pelo sentimento do belo. A poesia pode estar nos lugares, nos objetos e nas pessoas à espera de um olhar sensível. Assim, não só os poemas, mas uma paisagem, uma pintura, uma foto, uma dança, um gesto, um conto, por exemplo, podem estar carregados de poesia.
Poema: O poema é o resultado concreto da arte da poesia, cuja apresentação pode surgir em forma de versos, estrofes ou prosa, com a finalidade de manifestar sentimento e emoção. A matéria prima sãp as palavras, as quais são escolhidas pela sua beleza e som e arrumadas com cuidado.
Oficina 1 - Mural
de Poemas
Objetivos
● Resgatar e valorizar a cultura da
comunidade
● Avaliar e ampliar o repertório de
poemas
● Reconhecer os poemas em suas diversas
formas
Material
·
Folhas de papel kraft
·
Fita crepe
·
Papel sulfite ou
folha de linguagem
·
Caderno, caneta, lápis
·
Mural
·
Cópia dos poemas selecionados
Desenvolvimento:
1- Formar grupos (dupla ou grupo
de quatro alunos).
2 - Cada grupo escolhe um relator para expor
as ideias, as respostas encontradas.
3 - Propor questões como:
a) Para você, o que é poesia?
b) Você já ouviu ou leu um poema?
Em caso afirmativo, conte aos colegas onde.
c) O que você sabe sobre essa
forma de texto?
d) A ocupação da página pelo poema é feita da
mesma forma que se procede ao escrever uma história em prosa?
4 - O professor deve escrever na lousa o título dos
poemas ou versos lembrados pelos alunos. Em seguida solicitar aos
grupos que, cada um escolha um dos poemas citados e o copiem no papel sulfite ou na folha de linguagem.
Observação:
Caso os alunos não
saibam, não lembram nenhum título, lavá-los à biblioteca para realizar esta
atividade, solicitando a leitura de alguns poemas e escolha de um com o
respectivo autor.
5 - Confeccionar um mural: Os grupos devem planejar
a organização (onde o mural vai ser
colocado, como deixá-lo bem organizado e bonito).
6 - Colocar no mural, os poemas que resgataram na memória.
7 – Coletar poemas que a comunidade conhece:
a) Tarefa de casa: Entrevistar pais, avós, parentes, amigos
vizinhos e conhecidos. Fazendo diversas
perguntas: Você gosta de poemas? Sabe o nome de algum poeta? Quando você leu
pela primeira vez um poema? Você sabe algum poema de cor? Poderia recitá-lo, ou escrevê-lo para nos
presentear? Tem algum livro de poemas? Dos poemas deste livro, quais são os prediletos? Você aceita o convite para
declamar um dos seus poemas prediletos na escola?
Observação: Esta entrevista pode ser
registrada no caderno ou gravada, filmada. Também pode convidar a pessoa
entrevistada para declamar o poema preferido na escola.
Oficina 2 - O que faz um poema
Objetivo
● Conhecer as características do poema:
rimas, versos e estrofes
Material
·
Coletânea de poemas
·
CD/ROM de poemas
·
Aparelho de som
·
Mural de poemas
·
Cópias de poemas: “Tem tudo a ver “ (Elias José) e “Prazer de Poeta” (Mardilê Friedrich Fabre )
Desenvolvimento:
1 – Propor a socialização da tarefa realizada em
casa e selecionar quais irão para o mural.
2 - Sobre os poemas que estão no mural:
a) Por que escolheram esses poemas?
b) Como sabem que são poemas?
c) Por que eles
são diferentes de uma notícia de jornal, de uma receita de bolo ou de um conto?
d) Como eles se organizam no papel?
e) Eles preenche todo o espaço das linhas, da
margem esquerda à direita?
f) Há linhas em branco entre os versos?
g) Há sons que se repetem? E construções?
h) Há palavras ou expressões que, mesmo
distanciadas dentro do texto, podem ser associadas, por terem semelhança sonora
ou figurarem em construções iguais?
i) Do que tratam os poemas que vocês pesquisaram?
J) Socialize os
versos ou estrofes do poema que colocou no mural, que mais lhe agradaram.
3 - Sistematizar as ideias surgidas no grupo,
escrevê-las na lousa, e solicitar que
cada aluno faça o registro no caderno:
Verso – é cada uma das
linhas do poema.
Estrofe – é cada grupo de
versos separados do grupo seguinte por um espaço.
Um poema pode ter uma ou várias estrofes.
E cada estrofe, um número variado de versos.
4 – Entregar uma cópia do poema “Tem tudo a ver “,
de Elias José para cada aluno
solicitando a leitura silenciosa.
Em seguida colocar o CD-ROM para que
a turma ouça.
Tem tudo a ver
A poesia
Tem tudo a ver
Com tuas dores e alegrias,
Com as cores, as formas, os cheiros,
Os sabores e a música
Do mundo
A poesia
Tem tudo a ver
Com o sorriso da criança,
O diálogo dos namorados,
As lágrimas diante da morte,
Os olhos pedindo pão.
A poesia
Tem tudo a ver
Com a plumagem,
O vôo e canto do pássaro,
A veloz acrobacia dos peixes,
As cores todas do arco-ires
O ritmo dos rios e cachoeiras,
O brilho da lua, do sol e das estrelas,
A explosão em verde, em flores e frutos.
A poesia
- é só abrir os olhos e ver -
Tem tudo a ver
Com tudo.
5 – Propor as questões sobre o poema lido:
a) Do que fala o poema?
b) Quem é o autor?
c) Por que o autor diz que “poesia tem tudo a ver
com tudo”?
d) Quais as palavras iniciais de cada estrofe do
poema? Qual é a razão de todas elas (estrofes) começarem assim?
e) Afinal, poesia "tem a ver" com o que?
f) Esse poema tem rimas? Tem ritmo?
g) É possível compor poemas sem rima? E sem ritmo?
6 - Organização do
poema: Explicar que o poema lido ( de Elias José) tem vinte e quatro versos e
quatro estrofes. Em seguida propor as questões:
a) Destaque o
verso ou estrofe que mais gostou.
b) Alguém lembra o
que é verso e o que é estrofe?
c) De acordo
com sua observação, o que os poemas
podem exprimir?
7 – Solicitar aos alunos
a leitura silenciosa do poema “Prazer de Poeta ”. Em seguida, o professor ou um aluno deve fazer
a leitura em voz alta.
Prazer de Poeta
Prazer de poeta é poesia.
Extravasar em palavras melodia;
entregar ao público seu encantamento;
não desviar a fantasia um só momento.
Prazer de poeta é emoção.
Sensibilizar outro coração;
lamentar o desvario do mundo;
gritar o delírio moribundo.
Prazer de poeta é viver.
Cada dia poder escolher
limites a serem ultrapassados,
percorrendo caminhos insondados.
Mardilê Friedrich Fabre
9 – Após a leitura do poema proposto, colocar as questões:
a) Você sabe que poema é um texto em versos e que verso é cada linha do poema. Quantos versos tem o poema “Prazer de Poeta”?
b) Estrofe é o nome que se dá a um agrupamento de versos. As estrofes se separam uma das outras por uma linha em branco. Este poema está organizado em quantas estrofes?
c) Todas as estrofes têm o mesmo número de versos?
d) Existe poema organizado em uma só estrofe? Cite um que você conhece.
e) Examine novamente o poema e destaque as
rimas.
f) Transcreva para o caderno os pares de palavras que estão rimando neste
poema?
g) As
palavras que estão rimando pertencem a que classes gramaticais?
10 – Sistematizar
as observações do gênero em estudo e solicitar
que cada aluno faça o registro no caderno.
=> O
poema é um texto literário, geralmente escrito na forma vertical, isto é, um
verso embaixo do outro. Pode ocupar o espaço do papel de variadas maneiras, por
ser possível formá-lo utilizando versos e estrofes de tamanho e números
diferentes.
=> O
modo como o poema é organizado é tão importante quanto o tema.
=> Um poema
pode ainda falar sobre qualquer assunto: pessoas, ideias, sentimentos,
lugares ou acontecimentos.
=> A
escolha do tema, a maneira de falar, a combinação das palavras e a organização
das estrofes formam uma unidade.
=> A
rima é uma característica do poema, mas não obrigatória, pois existem versos
sem rimas.
=> O
poema requer a leitura em voz alta para que capturemos melhor o ritmo dos
versos.
=> É
relevante lembrar que na construção do poema as palavras que rimam sejam
pertencentes a classes gramaticais diferentes.
=> O
poema é um gênero textual literário, com características próprias baseadas na
sonoridade, na exploração estética das palavras, no uso das imagens poéticas,
na forma e também em sua finalidade maior – que é proporcionar prazer aos
leitores ou ouvintes.
11 – Propor para casa:
Pesquisar mais poemas (de diversos
autores) em livros, internet e trazer para colocar no mural.
Oficina 3 - Primeiro
ensaio
Objetivos
·
Apresentar a situação
de produção.
·
Escrever um primeiro
poema para avaliar o conhecimento dos alunos.
Escrita do primeiro
poema de autoria do aluno para avaliar seu conhecimento e possíveis
dificuldades
Material
·
Caderno
·
Lápis ou caneta
·
Borracha
·
Lápis de cor
Desenvolvimento:
1 – Falar aos alunos que eles irão produzir um poema com o tema “O lugar onde vivo”. Esse lugar
pode ser a casa, a rua,
o bairro, a cidade, o país, etc
onde mora. Devem lembrar das características do lugar escolhido e as
emoções, sentimentos que ele desperta. Cada um deve escolher um título e estar bem à
vontade para escrever o seu primeiro poema.
Explicar que os poemas produzidos por eles serão conhecidos por muitas
pessoas em uma ou mais formas: livro; murais; saraus; exposições. Portanto
devem caprichar.
2 – Solicitar a
cada aluno que:
=> Faça uma lista das coisas
existentes no lugar onde vive que mais lhe emocionam.
=> Deve responder as questões: Por que essas coisas tocaram a minha emoção?
Que sentimentos (amor, ódio, saudade, revolta, ternura, etc) traduzem minha
emoção? Que palavras melhor expressam as
imagens que eu tenho desse lugar? O que
eu posso dizer de tudo isso?
=> Após esse aquecimento, fazer no caderno, um rascunho do poema utilizando
e organizando as informações e expressões citadas. Depois, ler o rascunho e
fazer as correções necessárias.
3 – Propor aos
alunos que passem o poema a limpo em uma folha de caderno ou
similar (almaço / linguagem) para entregar ao professor.
Oficina 4 – Dizer
poemas
Objetivos
·
Conhecer alguns poetas e poemas
consagrados da literatura brasileira.
·
Descobrir a importância de ouvir e
dizer poemas.
Material
·
Coletânea de poemas
·
CD/ROM de poemas
·
Aparelho de som
·
Cópias de poemas diversos
selecionados pelo professor e alunos
Desenvolvimento:
1 – Dividir a
classe em cinco grupos.
2 - Distribuir uma
Coletânea de poemas para cada grupo solicitando
a leitura silenciosa do poema da página
6, “O buraco do tatu”. Em seguida, um
dos alunos ou a professora fará a leitura em voz alta.
3 – Colocar o CD para que os alunos
ouçam as duas leituras gravadas do poema (“O buraco do tatu”) que será trabalhado na oficina 9.
4 - Conversar sobre as impressões que
tiveram de cada uma das audições. Para isso propor as questões:
a)
Na leitura que cada um fez, os
efeitos sonoros e o ritmo foram
facilmente percebidos?
b)
O que perceberam ao ouvir o poema? Há
diferenças entre as leituras?
c) O que sentiram ao escutar / ler o poema?
d)
Fechando os olhos, vocês conseguem imaginar o que o poeta quis nos
mostrar?
5 – Distribuir cópias dos poemas selecionados do mural
para treinar a leitura em voz alta atentando para o ritmo, as pausas e a entonação
da voz.
Observação: pode-se utilizar o microfone.
Simplesmente
ler
Ler sempre.
Ler muito.
Ler quase tudo
Ler com os olhos, os ouvidos, com o tato, pelos poros e demais sentidos.
Ler com razão e sensibilidade.
Ler desejos, o tempo, o som do silêncio e do vento.
Ler imagens, paisagens, viagens.
Ler verdades e mentiras.
Ler para obter informações inquietantes, dor e prazer.
Ler o fracasso, o sucesso, o ilegível, o impensável, as entrelinhas.
Ler na escola, em casa, no campo, na estrada, em qualquer lugar.
Ler a vida e a morte.
Saber ser leitor tendo o direito de saber ler.
Ler, simplesmente ler.
Edith Chacon Theodoro
Ler sempre.
Ler muito.
Ler quase tudo
Ler com os olhos, os ouvidos, com o tato, pelos poros e demais sentidos.
Ler com razão e sensibilidade.
Ler desejos, o tempo, o som do silêncio e do vento.
Ler imagens, paisagens, viagens.
Ler verdades e mentiras.
Ler para obter informações inquietantes, dor e prazer.
Ler o fracasso, o sucesso, o ilegível, o impensável, as entrelinhas.
Ler na escola, em casa, no campo, na estrada, em qualquer lugar.
Ler a vida e a morte.
Saber ser leitor tendo o direito de saber ler.
Ler, simplesmente ler.
Edith Chacon Theodoro
Essência da Sabedoria
A leitura nos faz viajar
Por lugares nunca vistos,
Por terras desconhecidas,
Por lugares tão bonitos
Que transforma nossas mentes,
Deixando-nos mais eruditos.
A leitura faz a gente
Se sentir mais importante.
A leitura é coisa fina,
A leitura é diamante
Que lapida a nossa mente,
E nos transformando em gigante.
A leitura é um prazer
Que encanta e que transforma.
O ser humano que ler
Vira contador de história,
Fica mais inteligente
E muito mais cheio de glória.
A leitura é uma viagem
Por mundos que não vivemos,
Por lugares reais ou fictícios
Os quais nós descobriremos.
Essência da sabedoria,
Com ela nós aprendemos.
Sem leitura o ser humano
É chamado analfabeto.
Não consegue entender nada,
Nem o que lhe está mais perto.
Por isso, meu caro amigo,
Leia mais! Seja esperto!
Carlos Soares
Aula de leitura
A leitura é muito mais
do que decifrar palavras.
Quem quiser parar pra ver
pode até se surpreender:
vai ler nas folhas do chão,
se é outono ou se é verão;
nas ondas soltas do mar,
se é hora de navegar;
e no jeito da pessoa,
se trabalha ou se é à-toa;
na cara do lutador,
quando está sentindo dor;
vai ler na casa de alguém
o gosto que o dono tem;
e no pêlo do cachorro,
se é melhor gritar socorro;
e na cinza da fumaça,
o tamanho da desgraça;
e no tom que sopra o vento,
se corre o barco ou vai lento;
também na cor da fruta,
e no cheiro da comida,
e no ronco do motor,
e nos dentes do cavalo,
e na pele da pessoa,
e no brilho do sorriso,
vai ler nas nuvens do céu,
vai ler na palma da mão,
vai ler até nas estrelas
e no som do coração.
Uma arte que dá medo
é a de ler um olhar,
pois os olhos têm segredos
difíceis de decifrar.
Poema
extraído do livro: Ricardo Azevedo. Dezenove
poemas desengonçados. São Paulo: Ática,1999.
Leilão de Jardim
Quem me compra um jardim com flores?
borboletas de muitas cores,
lavadeiras e passarinhos,
ovos verdes e azuis nos ninhos?
Quem me compra este caracol?
Quem me compra um raio de sol?
Um lagarto entre o muro e a hera,
uma estátua da Primavera?
Quem me compra este formigueiro?
E este sapo, que é jardineiro?
E a cigarra e a sua canção?
E o grilinho dentro do chão?
(Este é meu leilão!)
Fonte: "Ou isto ou aquilo", Cecília Meireles, ed. Nova
Fronteira.
Planeta ao contrário
No
planeta ao contrário,
Os
velhos dormem em berçário,
Os
bebês ganham salário,
Quem
se confessa é o vigário.
A
piscina fica no vestiário,
O
banho é dentro do armário,
Só
tem um número no dicionário.
Com
toda essa inversão,
Lá
é tudo uma confusão?
Ao
contrário.
Ricardo Silvestrin. Pequenas observações sobre a vida em outros
planetas. São Paulo: Salamandra, 2008.
O MENINO AZUL
Cecília
Meireles
O
MENINO QUER UM BURRINHO
PARA PASSEAR.
UM BURRINHO MANSO,
QUE NÃO CORRA NEM PULE,
MAS QUE SAIBA CONVERSAR.
O MENINO QUER UM BURRINHO
QUE SAIBA DIZER
O NOME DOS RIOS,
DAS MONTANHAS, DAS FLORES,
- DE TUDO O QUE APARECER.
O MENINO QUER UM BURRINHO
QUE SAIBA INVENTAR HISTÓRIAS BONITAS
COM PESSOAS E BICHOS
E COM BARQUINHOS NO MAR.
E OS DOIS SAIRÃO PELO MUNDO
QUE É COMO UM JARDIM
APENAS MAIS LARGO
E TALVEZ MAIS COMPRIDO
E QUE NÃO TENHA FIM.
(QUEM SOUBER DE UM BURRINHO DESSES,
PODE ESCREVER
PARA A RUAS DAS CASAS,
NÚMERO DAS PORTAS,
AO MENINO AZUL QUE NÃO SABE LER.)
PARA PASSEAR.
UM BURRINHO MANSO,
QUE NÃO CORRA NEM PULE,
MAS QUE SAIBA CONVERSAR.
O MENINO QUER UM BURRINHO
QUE SAIBA DIZER
O NOME DOS RIOS,
DAS MONTANHAS, DAS FLORES,
- DE TUDO O QUE APARECER.
O MENINO QUER UM BURRINHO
QUE SAIBA INVENTAR HISTÓRIAS BONITAS
COM PESSOAS E BICHOS
E COM BARQUINHOS NO MAR.
E OS DOIS SAIRÃO PELO MUNDO
QUE É COMO UM JARDIM
APENAS MAIS LARGO
E TALVEZ MAIS COMPRIDO
E QUE NÃO TENHA FIM.
(QUEM SOUBER DE UM BURRINHO DESSES,
PODE ESCREVER
PARA A RUAS DAS CASAS,
NÚMERO DAS PORTAS,
AO MENINO AZUL QUE NÃO SABE LER.)
A arca de Noé
Vinicius de Moraes
Sete em cores, de repente
O arco-íris se desata
Na água límpida e contente
Do ribeirinho da mata.
O sol, ao véu transparente
Da chuva de ouro e de prata
Resplandece resplendente
No céu, no chão, na cascata.
E abre-se a porta da Arca
De par em par: surgem francas
A alegria e as barbas brancas
Do prudente patriarca
Noé, o inventor da uva
E que, por justo e temente
Jeová, clementemente
Salvou da praga da chuva.
Tão verde se alteia a serra
Pelas planuras vizinhas
Que diz Noé: "Boa terra
Para plantar minhas vinhas!"
E sai levando a família
A ver; enquanto, em bonança
Colorida maravilha
Brilha o arco da aliança.
Ora vai, na porta aberta
De repente, vacilante
Surge lenta, longa e incerta
Uma tromba de elefante.
E logo após, no buraco
De uma janela, aparece
Uma cara de macaco
Que espia e desaparece.
Enquanto, entre as altas vigas
Das janelinhas do sótão
Duas girafas amigas
De fora a cabeça botam.
Grita uma arara, e se escuta
De dentro um miado e um zurro
Late um cachorro em disputa
Com um gato, escouceia um burro.
A Arca desconjuntada
Parece que vai ruir
Aos pulos da bicharada
Toda querendo sair.
Vai! Não vai! Quem vai primeiro?
As aves, por mais espertas
Saem voando ligeiro
Pelas janelas abertas.
Enquanto, em grande atropelo
Junto à porta de saída
Lutam os bichos de pelo
Pela terra prometida.
"Os bosques são todos meus!"
Ruge soberbo o leão
"Também sou filho de Deus!"
Um protesta; e o tigre — "Não!"
Afinal, e não sem custo
Em longa fila, aos casais
Uns com raiva, outros com susto
Vão saindo os animais.
Os maiores vêm à frente
Trazendo a cabeça erguida
E os fracos, humildemente
Vêm atrás, como na vida.
Conduzidos por Noé
Ei-los em terra benquista
Que passam, passam até
Onde a vista não avista
Na serra o arco-íris se esvai . . .
E . . . desde que houve essa história
Quando o véu da noite cai
Na terra, e os astros em glória
Enchem o céu de seus caprichos
É doce ouvir na calada
A fala mansa dos bichos
Na terra repovoada.
Minha cidade
Cora Coralina
Goiás, minha cidade...
Eu sou aquela amorosa
de tuas ruas estreitas,
curtas,
indecisas,
entrando,
saindo
umas das outras.
Eu sou aquela menina feia da ponte da Lapa.
Eu sou Aninha.
Eu sou aquela mulher
que ficou velha,
esquecida,
nos teus larguinhos e nos teus becos tristes,
contando estórias,
fazendo adivinhação.
Cantando teu passado.
Cantando teu futuro.
Eu vivo nas tuas igrejas
e sobrados
e telhados
e paredes.
Eu sou aquele teu velho muro
verde de avencas
onde se debruça
um antigo jasmineiro,
cheiroso
na ruinha pobre e suja.
Eu sou estas casas
encostadas
cochichando umas com as outras.
Eu sou a ramada
dessas árvores,
sem nome e sem valia,
sem flores e sem frutos,
de que gostam
a gente cansada e os pássaros vadios.
Eu sou o caule
dessas trepadeiras sem classe,
nascidas na frincha das pedras:
Bravias.
Renitentes.
Indomáveis.
Cortadas.
Maltratadas.
Pisadas.
E renascendo.
Eu sou a dureza desses morros,
revestidos,
enflorados,
lascados a machado,
lanhados, lacerados.
Queimados pelo fogo.
Pastados.
Calcinados
e renascidos.
Minha vida,
meus sentidos,
minha estética,
todas as vibrações
de minha sensibilidade de mulher,
têm, aqui, suas raízes.
Eu sou a menina feia
da ponte da Lapa.
Eu sou Aninha.
Ana
Lins dos Guimarães Peixoto Bretas ou Cora
Coralina,
(Cidade de Goiás, 20 de agosto de 1889 — Goiânia, 10 de abril de 1985) foi
poeta e contista brasileira. Produziu uma obra poética rica em motivos do
cotidiano do interior brasileiro, em particular dos becos e ruas históricas de
Goiás. Começou a escrever poemas aos 14 anos, porém, Publicou seu primeiro
livro em 1965, aos 76 anos.
A COR DO MENINO
Milton Primo/ Herculano Neto
Se é negro, branco ou índio
O que importa a cor do menino?
Se é mulato ou se é pardo
O que importa se for misturado?
Se é verde, amarelo ou vermelho
O que importa o que diz o espelho?
Se é ruivo ou se é loiro
O que importa a cor do seu olho?
Se ele é branco ou não
Se ele é negro ou não
O importante é o seu coração
(O importante é que ele é meu amigo).
Canção infantil que faz
parte do disco/livro PAPOS D’VERSOS
Esse poema
retratara fielmente o povo brasileiro, esse povo bonito, cheio de misturas, cores, essa
diversidade gostosa de se ver !
O homem; as viagens
O homem, bicho da
terra tão pequeno
Chateia-se na terra
Lugar de muita
miséria e pouca diversão,
Faz um foguete, uma
cápsula, um módulo
Toca para a lua
Desce cauteloso na
lua
Pisa na lua
Planta bandeirola na
lua
Experimenta a lua
Coloniza a lua
Civiliza a lua
Humaniza a lua.
Lua humanizada: tão
igual à terra.
O homem chateia-se na
lua.
Vamos para marte -
ordena a suas máquinas.
Elas obedecem, o
homem desce em marte
Pisa em marte
Experimenta
Coloniza
Civiliza
Humaniza marte com
engenho e arte.
Marte humanizado, que
lugar quadrado.
Vamos a outra parte?
Claro - diz o engenho
Sofisticado e dócil.
Vamos a vênus.
O homem põe o pé em
vênus,
Vê o visto - é isto?
Idem
Idem
Idem.
O homem funde a cuca
se não for a júpiter
Proclamar justiça
junto com injustiça
Repetir a fossa
Repetir o inquieto
Repetitório.
Outros planetas
restam para outras colônias.
O espaço todo vira
terra-a-terra.
O homem chega ao sol
ou dá uma volta
Só para te ver?
Não-vê que ele
inventa
Roupa insiderável de
viver no sol.
Põe o pé e:
Mas que chato é o
sol, falso touro
Espanhol domado.
Restam outros
sistemas fora
Do solar a colonizar.
Ao acabarem todos
Só resta ao homem
(estará equipado?)
A dificílima
dangerosíssima viagem
De si a si mesmo:
Pôr o pé no chão
Do seu coração
Experimentar
Colonizar
Civilizar
Humanizar
O homem
Descobrindo em suas
próprias inexploradas entranhas
A perene,
insuspeitada alegria
De conviver.
5 – Para ler um texto, não basta identificar letras, sílabas e palavras; é
preciso buscar o sentido, compreender, interpretar, relacionar e reter o que
for mais relevante, ou seja, o mais importante. Quando lemos algo, temos sempre
um objetivo: buscar informação, ampliar o conhecimento, meditar, entreter-nos. Após a leitura destes
poemas respondam:
a) Gostaram destes poemas?
b)
Qual
é o tema de cada poema?
c)
Entre
estes poemas qual lhe agradou mais? Por quê?
d)
A que leitor e/ou ouvinte estes textos se destinam?
e)
Ouvir esses poemas nos faz lembrar de coisas alegres ou tristes?
f)
Vocês sentiram o ritmo, a musicalidade, a intenção do eu poético
em cada um deles? Explique.
Oficina 5 – Toda
rima combina?
Objetivos
·
Reconhecer rimas em
poemas.
·
Conhecer as
diferentes combinações de rimas.
·
Produzir poemas com
rimas.
Material
·
Coletânea de poemas
·
CD-ROM de poemas
·
Aparelho de som
·
Datashow
·
Dicionário de Língua Portuguesa
Desenvolvimento:
1 – Projetar no Datashow e propor aos alunos
(reunidos em grupos) a leitura das quadrinhas abaixo.
O
cravo brigou com a rosa,
Debaixo de uma sacada.
O cravo saiu ferido,
E a rosa despedaçada.
Debaixo de uma sacada.
O cravo saiu ferido,
E a rosa despedaçada.
Sete
e sete são catorze,
Com mais sete, vinte e um.
Tenho sete namorados
E não gosto de nenhum.
Com mais sete, vinte e um.
Tenho sete namorados
E não gosto de nenhum.
A roseira quando nasce,
Toma conta do jardim.
Eu também ando buscando
Quem tome conta de mim.
Toma conta do jardim.
Eu também ando buscando
Quem tome conta de mim.
Menina
dos olhos pretos,
Sobrancelhas de retrós,
Dá um pulo na cozinha,
Vá coar café prá nós.
Sobrancelhas de retrós,
Dá um pulo na cozinha,
Vá coar café prá nós.
Menina bonita
Do laço de fita
Me diz o que faz
pra ficar tão bonita
Do laço de fita
Me diz o que faz
pra ficar tão bonita
Quem não conhecia estas quadrinhas?
De
que outras quadrinhas vocês se lembram?
Em
que situação as pessoas costumam falar, cantar, ouvir quadrinhas como estas?
Esta
forma poética é constituída de quantos
versos (linhas)?
As
rimas estão em que versos?
O
que você entende por quadras populares?
2 – Sistematizar as informações.
A quadra popular é a forma lírica mais comum entre o povo; foi também utilizada por poetas de renome, um exemplo Fernando Pessoa. É composta por quatro versos de sete sílabas (redondilha maior), a rima surge geralmente no 2.º e 4.º versos, sendo os outros dois versos brancos (sem rima). E pode ser composta por uma única estrofe ou por várias.
3 - Completar a
quadra.
Leia a
quadra abaixo e responda as questões.
Lá no fundo do quintal
Tem um tacho de melado
Quem não sabe
cantar verso
É melhor fica ______________
a) Esta quadra está completa?
b) O que está faltando nesta quadra?
c) Faça uma lista de palavras que rimam com melado e
complete o último verso.
d) Veja a quadrinha de Ricardo Azevedo: " Lá no
fundo do quintal / Tem um tacho de melado / Quem não sabe cantar verso / É
melhor ficar calado”. Entre os termos que o grupo utilizou para completar o
último verso e o empregado pelo autor, indique o que preenche plenamente (ritmo
e sentido) a quadrinha. Por quê?
e) Indique os versos brancos desta quadrinha?
5 – Em grupo, completar e comparar mais quadrinhas. Usar o dicionário se
necessário.
Eu pedi
um copo d´água,
Me trouxeram na caneca.
Isso mesmo que eu queria
________________________.
Me trouxeram na caneca.
Isso mesmo que eu queria
________________________.
Papagaio
come milho,
Periquito
leva a fama.
Coitadinha
da macaca
________________________.
Se
os Santos hoje pudessem
Na Internet _________________
Uma conta no Facebook
_____________________________.
Na Internet _________________
Uma conta no Facebook
_____________________________.
a) Cada grupo deve ler as quadrinhas verificando se
as rimas dadas estão de acordo, se garante o ritmo e sentido de cada quadrinha.
b) Uma pessoa de cada grupo deve ler em voz alta.
Todos os grupos devem observar como cada
quadrinha foi completada, se houve semelhanças e diferenças entre os grupos e se os termos empregados dão ritmo e sentido.
c) Compare as quadrinhas que vocês completaram com
as originais.
Eu pedi
um copo d´água
me trouxeram na caneca
isso mesmo que eu queria
cinturinha de boneca.
me trouxeram na caneca
isso mesmo que eu queria
cinturinha de boneca.
Autor desconhecido
Papagaio
come milho,
Periquito
leva a fama.
Coitadinha
da macaca
Não
come senão banana.
Autor desconhecido
Se os Santos hoje pudessem
Na Internet navegar
Uma conta no Facebook
Iam de certo arranjar.
Francisco
Guimaro Ribeiro.
- Alguém
acertou o termo empregado pelo autor?
- Outros termos utilizado por vocês também deram
ritmo e sentido ao verso? Explique.
6 - Indique o que há nestas quadras:
( ) Rimas no 1º e
3º verso.
( ) Rimas no 2º e
4º verso.
( ) Versos
regulares.
( ) Versos
brancos.
( ) Versos
soltos.
( ) Ritmo.
( )
Estrofe formada por quatro versos.
7 - Ler em voz alta e se encantar com a sonoridade
do poema.
Canção do Exílio
Gonçalves Dias
Minha terra tem palmeiras
Onde canta o sabiá
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.
Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o sabiá.
Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá
Em cismar – sozinho, à noite –
Mais prazer encontro eu lá
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o sabiá.
Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá
Sem qu’inda aviste as palmeiras,
Onde canta o sabiá.
1 - O que é
exílio?
_________________________________
2 - Em que
versos estão as rimas?
___________________________________
3- Este poema tem versos soltos?
____________________________________
4 - Caracterize o eu lírico do poema.
____________________________________
5 - No poema, o eu lírico compara a terra natal com
a terra onde está exilado. Que elementos são utilizados nessa comparação?
(A) sociais
(B) naturais
(C) econômicos
(D) políticos
- A distância da terra natal provoca no eu lírico:
(A) Tristeza
(B) Desespero
(C) Angústia
(D) Saudade
7 - Ao se referir à terra natal, o eu lírico
apresenta uma imagem:
Realista
Racional
Idealizada
Imparcial
8 - Nos
versos “Em cismar, sozinho à noite/ Mais prazer encontro eu lá”, destaca-se a
característica romântica:
exaltação da natureza
valorização da cultura popular
escapismo
crítica social
9 - Apresenta um apelo o verso:
(A) “Minha terra tem palmeiras”
(B) “Que tais não encontro eu cá”
(C) “Nosso céu tem mais estrelas”
(D) “Não permita Deus que eu morra”
10 - Revela-se no poema um tom de:
(A) lamento.
(B) humor.
(C)
ironia.
(D)
rancor.
Alguns dados sobre o poeta
Gonçalves Dias
(Caxias MA 1823 - Baixo dos Atins MA 1864) estudou Direito em Coimbra,
Portugal, entre 1840 e 1844; lá ocorreu sua estreia literária, em 1841, com
poema dedicado à coroação do Imperador D. Pedro II no Brasil. Em 1843,
escreveria o famoso poema Canção do Exílio. De volta ao Brasil, foi nomeado
Professor de Latim e secretário do Liceu de Niterói, e iniciou atividades no
Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. Nos anos seguintes, aliou a
intensa produção literária com o trabalho como colaborador de vários
periódicos, professor do Colégio Pedro II e pesquisador do IHGB (Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro)
, que o levou a fazer várias viagens pelo interior do Brasil e para
a Europa. Em 1846, a publicação de Primeiros Cantos o consagraria como poeta;
pouco depois publicaria Segundos Cantos e Sextilhas de Frei Antão (1848) e
Últimos Cantos (1851). Suas Poesias Completas seriam publicadas em 1944.
Considerado o principal poeta da primeira geração do Romantismo brasileiro,
Gonçalves Dias ajudou a formar, com José de Alencar, uma literatura de feição
nacional, principalmente com seus poemas de temática indigenista e patriótica.
11 – Relembrar e sistematizar rimas e versos.
A rima é a coincidência de sons ao final
dos versos e é um recurso que ajuda bastante na sonoridade destes, dando-lhe
ritmo.
O verso:
cada uma das linhas do poema, que pode ter sentido completo ou não.
No poema não é só a rima que dá beleza ou emoção, mas o todo. É muito
importante o conteúdo e que se siga uma linha de pensamento para que ele faça
sentido.
O ritmo do poema é a sucessão de
sons fortes (sílabas tônicas) e sons fracos (sílabas átonas), repetidas com
intervalos regulares ou variados que dão musicalidade (melodia) ao poema. Neste
gênero textual (poema) as pausas existem não necessariamente através de sinais
de pontuação, mas as palavras provocam a melodia e, o ritmo é determinado por
elas e pela sequência de sons.
Versos
regulares são os que apresentam ritmo regular e rimas.
Versos
brancos
são versos que possuem métrica, mas não utilizam rimas.
Verso solto é o verso que não rima com
os demais do poema.
Onde estão as rimas?
1
- Ler e analisar as duas quadras encontradas na página 11 da
Coletânea de poemas, identificando a diferença
entre a forma como as rimas se
apresentam em cada uma.
Não sei se vá ou se fique
Não sei se fique ou se vá
Ficando aqui não vou lá
E ainda perco o meu pique.
Silvio Romeiro
Ó seu moço inteligente
Faça o favor de dizer
Em cima daquele morro
Quanto capim pode ter?
Ricardo Azevedo
Agora complete corretamente.
a) Os versos podem
rimar de diferentes formas. Na primeira quadra, escrita por Sílvio Romero, o
primeiro verso rima com o_________ e o segundo verso rima com o
__________________.
b) Já Ricardo
Azevedo rima o segundo verso com o _______verso. O primeiro verso e o
terceiro são versos _______________
c) Conclui-se que os versos podem ________ de
diferentes formas.
2
– Fazer a leitura das quadras da página
4 da Coletânea de poemas. Em seguida colocar o CD e ouvir a leitura das mesmas.
Quadras a gosto popular
Eu tenho um colar de pérolas
Enfiado para te dar:
As pérolas são os meus beijos,
O fio é o meu pensar.
..............................
A caixa que não tem tampa
Fica sempre destampada
Dá-me um sorriso dos teus
Por que não quero mais nada.
...................................
No baile em que dançam todos
Alguém fica sem dançar.
Melhor é não ir ao baile
Do que estar lá sem estar.
................................
Vale a pena ser discreto?
Não sei bem se vale a pena.
O melhor é estar quieto
E ter a cara serena.
...........................
Não digas mal de ninguém,
Que é de ti que dizes mal.
Quando dizes mal de alguém
Tudo no mundo é igual.
PESSOA, Fernando.
Obra poética. Rio de Janeiro, Aguilar, 1969, p. 645-665.
a)
Identifique as palavras que rimam e
qual o esquema de rima usado por Fernando Pessoa.
b)
Indique a quadra que mais lhe agradou
e justifique sua escolha.
c)
Sua leitura foi igual à feita no CD?
Justifique.
d)
Quem é o autor desta quadrinhas? Ele usou um pseudônimo ou o seu verdadeiro nome?
Aproveitar
o momento e explicar:
Pseudônimo
é um nome fictício usado por um
indivíduo como alternativa ao seu nome legal. Normalmente é um nome inventado
por um escritor, um poeta, um jornalista ou artistas que não queira ou
não possa assinar suas próprias obras.
Nem sempre o pseudônimo é uma mudança total do nome, às vezes pode consistir na
mudança de uma letra ou outra, frequentemente porque o portador acha seu nome
de batismo "difícil". Sob o aspecto jurídico, o pseudônimo é
tutelado pela lei quando tenha
adquirido a mesma importância no nome oficial,
nas mesmas modalidades que defendem o direito ao nome.
Os heterônimos constituem várias
pessoas que habitam um único poeta. Cada um deles tem a sua própria biografia,
sua temática poética singular e seu estilo específico. É como se eus
fragmentados e múltiplos explodissem dentro do artista, produzindo poemas totalmente diversos.
3 – Apresentar o texto informativo no
Datashow e solicitar a leitura e o registro no caderno dos pontos considerados
relevantes.
Fernando António Nogueira Pessoa (Lisboa, 13 de Junho de 1888 — Lisboa, 30 de novembro de 1935), mais conhecido como Fernando
Pessoa, foi um poeta, filósofo e escritor português.
É considerado um dos maiores poetas da Língua
Portuguesa,
e da Literatura Universal, muitas vezes comparado com Luís
de Camões.
O crítico literário Harold
Bloom
considerou a sua obra um "legado da língua portuguesa ao mundo".
Este escritor usou em suas obras
diversas autorias. Usou seu próprio nome (ortônimo) para assinar várias obras e
pseudônimos (heterônimos) para assinar outras. Ele concebia seus heterônimos não apenas como vozes
poéticas, mas como indivíduos completos, com hábitos, fisionomias, tipos físicos
e psicológicos específicos e com características literárias diferenciadas. Os mais conhecidos:
Álvaro de Campos: Era um engenheiro português de educação
inglesa. Influenciado pelo simbolismo e futurismo, apresentava um
certo niilismo em suas obras.
Ricardo Reis: Era um médico que escrevia suas obras com
simetria e harmonia. O bucolismo estava presente em suas poesias. Era um
defensor da monarquia e demonstrava grande interesse pela cultura latina.
Alberto Caeiro: Com uma formação educacional simples
(apenas o primário), este heterônimo fazia poesias de forma simples, direta e
concreta. Suas obras estão reunidas em Poemas Completos de Alberto Caeiro.
6 - Produção: Produzir uma (s)
quadra (s).
Observação:
> Ser criativo (a).
> Evitar
palavras no aumentativo ou diminutivo.
> Fazer primeiro o rascunho no caderno, ler e
corrigir o que for necessário.
> Passar a
limpo na folha de linguagem ou papel almaço e fazer a ilustração.
> Expor no mural da sala.
Qual o papel das rimas?
1 – Propor a produção de um texto coletivo.
Passos:
> Colocar na lousa o título “Duas
dúzias de coisinhas-à-toa que deixam a gente feliz’’
> Solicitar aos alunos
que falem das “coisinhas à toa” que os deixam felizes.
> “Dividir” a lousa ao
meio. De um lado, escrever as coisas simples sugeridas pelos alunos, do outro,
as grandes e importantes.
> Estruturar bem o
texto, deixando-o com sentido, ritmo e
sonoridade.
> Solicitar o registro
no caderno.
2 – Ouvir a
leitura no CD de “Duas dúzias de coisinhas-à-toa que deixam a gente
feliz “ (Otávio Roth)
Duas dúzias de coisinhas-à-toa que deixam a gente feliz
Passarinho na janela, pijama de flanela, brigadeiro na panela.
Gato andando no telhado, cheirinho de mato molhado, disco antigo sem chiado.
Pão quentinho de manhã, dropes de hortelã, grito do Tarzan.
Tirar a sorte no osso, jogar pedrinha no poço, um cachecol no pescoço.
Papagaio que conversa, pisar em tapete persa, eu te amo e vice-versa.
Vaga-lume aceso na mão, dias quentes de verão, descer pelo corrimão.
Almoço de domingo, revoada de flamingo, herói que fuma cachimbo.
Anãozinho de jardim, lacinho de cetim, terminar o livro assim.
Otávio Roth. Duas dúzias de coisinhas-à-toa que deixam a gente feliz . São Paulo: Ática,1994.
a) Que sensações e sentimentos este texto desperta?
d) Quais
os sons no final das palavras? E os que se repetem no texto?
e) Como os
versos estão organizados?
f) Que
sinais de pontuação aparecem nos versos?
f) Quais as palavras que rimam? Assinale – as.
g) O que você observou a respeito das rimas?
h) Quais os nomes
(substantivos) que aparecem?
Classifique – os.
i) Há sonoridade neste texto?
i) Pode-se
chamar este texto de uma lista poética? Por quê?
3 – Analisar a produção coletiva (Duas dúzias de coisinhas-à-toa que deixam a gente
feliz).
a) Este
texto apresenta a mesma estrutura do
texto de Otávio Roth? Ele também pode
ser considerado uma lista poética? O que justifica sua resposta?
Rimas externas e internas
Rimas externas : são aquelas das palavras posicionadas no
fim dos versos. Exemplo:
“Não digas
mal de ninguém,
Que é de ti que dizes mal.
Quando dizes mal de alguém
Tudo no mundo é igual”.
Rimas internas: são as de
palavras que se localizam no interior dos versos. Exemplo:
- Anãozinho de jardim, lacinho
de cetim, terminar
o livro assim.
- Passarinho na janela,
pijama de flanela, brigadeiro na panela.
- Gato andando no telhado, cheirinho de mato molhado, disco antigo sem chiado.
- Gato andando no telhado, cheirinho de mato molhado, disco antigo sem chiado.
1 – Solicitar que
os alunos abram a Coletânea de poemas na página 7 e façam a leitura de “Duas
dúzias de coisinhas-à-toa que deixam a gente feliz” sublinhando as rimas externas e internas.
2 – Reler o texto
coletivo “Duas dúzias de coisinhas-à-toa que deixam a gente
feliz” registrado no caderno e pintar as rimas externas de uma cor, e as internas de outra.
3 – Compor (individual) um poema utilizando os
recursos parecidos ao do poema estudado.
O texto deve ter as seguintes características:
> Semelhante
a uma lista: de meia dúzia, de uma dúzia, duas
ou três dúzias de coisinhas que sejam importantes para você.
> Composto
de cinco ou mais versos, que apresentem rimas internas e externas.
Lembrete
A sonoridade, as rimas, a combinação de
palavras, organização sintática contribuem para o sentido do texto e para
garantir sua unidade, sua composição harmônica e coerente.
Oficina 6 – Sentido próprio e figurado
Objetivos
·
Apresentar o conceito de denotação e conotação
·
Delimitar o texto poético
Material
·
Coletânea de poemas
·
CD-ROM de poemas
·
Aparelho de som
·
Dicionário de Língua Portuguesa
·
Caderno para registro
·
Lápis preto, ou caneta
SENTIDO PRÓPRIO E FIGURADO
(Sentido
próprio, ou denotação e sentido figurado, ou conotação)
Desenvolvimento:
1 –
Fazer uma sondagem inicial com os
alunos, explicando o que for necessário:
a)
A
linguagem de uma reportagem, notícia, receitas, bulas de remédio é diferente da
linguagem de um poema? Por quê?
b)
O
que você entende por sentido próprio? E sentido figurado?
c)
O
que é linguagem subjetiva e linguagem objetiva?
2 – Passar as definições.
De maneira geral,
usamos as palavras com dois diferentes sentidos: o sentido literal e o sentido
figurado.
Sentido próprio (literal) ou denotativo: O sentido da palavra é exato, direto,
simples, não deixa dúvida. Ele aparece nos textos jornalísticos, científicos, receitas,
bulas de remédio, instruções de jogo, manuais de funcionamento e de uso de
aparelhos domésticos e de máquinas, prospectos de concursos, manuais do
consumidor, guias de cidades, folhetos explicativos sobre prevenção de doenças
e epidemias, etc. Nestes gêneros textuais as palavras aparecem com um único
sentido, aquele que aparece nos dicionários, ou seja, a linguagem é clara e objetiva.
Sentido figurado ou conotativo:
Quando
o sentido da palavra aparece com um sentido ampliado ou alterado no contexto,
sugerindo ideias diferentes do sentido literal. Na criação de trabalhos
literários, os autores não utilizam apenas a linguagem convencional, padrão,
mas tentam recriá-la, alterando os sentidos, enfatizando aspectos sonoros,
lançando mão, enfim, da linguagem figurada.
A linguagem conotativa (subjetiva) não é exclusiva da literatura, ela é
empregada em letras de música, anúncios publicitários, conversas do dia-a-dia,
etc
3 – Ler
cada uma das frases em voz alta.
=> Sou forte
como um touro.
=> Hoje vim
voando para escola.
=> Gabriel anda
como uma tartaruga.
=> Vou em um pé
e volto no outro.
=> Esta semana
fiquei morta de cansada.
=> Minha vida é
um mar de rosas.
=> Minha boca é
um túmulo.
=> Daniel fala
como um papagaio.
=> Vitória é
bonita como uma flor.
=> O sorriso de
Ana é doce como o mel.
a) Vocês compreenderam o que cada uma das frases significa?
b) Estas frases estão no sentido figurado? Justifique.
4
– Escrever o que significa cada expressão abaixo.
a)
Ter o rei na barriga: _____________________
b)
Saltar de banda: ________________________
c)
Pôr minhocas na cabeça: _________________
d)
Dar um sorriso amarelo: __________________
e)
Tudo azul: ______________________________
5 - Escrever qual é a diferença entre sentido
próprio e sentido figurado.
Sentido próprio: __________________________________
Sentido figurado: _________________________________
6
– Ler o
poema “Livros
e flores”, Coletânea de poemas, página 2. Em seguida,
ouvi-lo no CD.
Livros e flores
Teus
olhos são meus livros.
Que
livro há aí
melhor,
Em
que melhor se leia
A
página do amor?
Flores
me são teus
lábios.
Onde há mais bela flor,
Em que melhor se beba
O bálsamo do amor?
ASSIS, de Machado . Obra completa III. Rio de Janeiro: Aguilar, 1962.
Onde há mais bela flor,
Em que melhor se beba
O bálsamo do amor?
ASSIS, de Machado . Obra completa III. Rio de Janeiro: Aguilar, 1962.
a)
Você, em alguns momentos de sua vida, já se sentiu tão emocionado
que escolheu expressar seus sentimentos escrevendo alguns versos?
b)
Quem escreveu este poema?
c)
Neste
poema o
eu-lírico tem o amor de sua amada?
d) Liste os termos que
aparecem no sentido figurado.
e) Procure no dicionário
o sentido próprio do termo bálsamo.
f)
As rimas estão em que versos? Elas são
internas, ou externas?
g)
Complete:
Este poema foi escrito em duas
_________ de quatro ______, ou duas
________.
h)
O vocabulário usado no poema revela que tipo de linguagem?
i)
“Teus olhos são meus livros”. Como se pode
compreender este verso?
j)
Escrever do que trata os versos:
“
Que livro há aí
melhor,
Em que melhor se leia
A página do amor?”
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
k)
Na
última estrofe são aproximados os “lábios” e “flor”. Seria possível “beber” nos lábios da pessoa amada o bálsamo do amor?
l)
O que seria o remédio para a dor de amor do poeta?
k) Releia os versos do poema e indique
as categorias gramaticais que aparecem.
Teus olhos são meus livros.
________. ________, ________.
Que livro há aí melhor,
_________, _______, ________.
Em que melhor se
leia ________,
__________.
A página do amor?
_________, __________.
Flores me são teus lábios. _______, ________, ________.
Onde há mais bela flor, ________, ________, _________.
Em que melhor se
beba __________, ___________.
O bálsamo do amor?
_________, ___________.
Observação:
Concluir que:
Neste poema o eu-lírico tem o amor de sua amada. Na
primeira estrofe, ao dizer que os olhos da sua amada são seus livros, ele demonstra
poder ver nestes olhos o amor da amada, para ele não há melhor livro para se
ler a página do amor.
Na
segunda estrofe, ele compara os lábios da sua amada às flores. Diz não existir
melhor lugar para se beber o bálsamo do amor do que nos lábios da amada.
O vocabulário usado no poema revela uma
linguagem culta, uma vez que o poeta utiliza a 2ª pessoa do singular, ao se
referir ao ser amado. Ex: “Teus ollhos”, “teus lábios”.
Também se constata o uso da linguagem culta através de palavras pouco
utilizadas no discurso coloquial. Ex: bálsamo.
As categorias gramaticais empregada foram verbos, substantivos, adjetivos e advérbios. O tempo verbal predominante no poema é o
presente do modo indicativo, o qual
exprime fatos certos, proximidade e realidade. Nos versos 3 e 7, o tempo verbal é o presente do modo subjuntivo,
o qual exprime fatos possíveis, duvidosos
ou até hipotéticos. O poeta
utiliza a mesma quantidade de verbos de ação, indicativos de dinamismo, e verbos de estaticidade.
Verbos de ação: ler, beber. Verbos de estaticidade:
ser, haver. Os substantivos concretos
são mais numerosos que os substantivos abstratos, e são referentes ao eu-lírico e à sua amada. Ex.: olhos, livros,
flores.
O sentido próprio termo bálsamo sm. 1. Líquido aromático e
espesso que flui de muitas plantas, espontaneamente ou por ferimento
intencional. 2. Perfume, aroma.
7
– Leia com atenção o texto abaixo.
Sobre o autor
Joaquim Maria Machado de Assis, escreveu
em praticamente todos os gêneros literários, sendo poeta, cronista, dramaturgo,
contista, folhetinista, jornalista e crítico literário. Ele nasceu na cidade do
Rio de Janeiro em 21 de junho de 1839. Filho de um operário mestiço de
negro e português, Francisco José de Assis, e de D. Maria Leopoldina Machado de
Assis. Publicou seu primeiro poema intitulado Ela, na revista Marmota Fluminense.
Foi um dos fundadores da Academia Brasileira de letras e seu primeiro
presidente. Testemunhou a mudança política no país quando a República
substituiu o Império e foi um grande comentador, e relator dos eventos
político-sociais de sua época.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Machado_de_Assis
http://pt.wikipedia.org/wiki/Machado_de_Assis
a)
Você
encontrou palavras no sentido conotativo neste texto? O que justifica sua
resposta?
b)
O
autor usou um estilo de escrita simples e eficiente
que permite o leitor entender facilmente o que está escrito. Qual é a
denominação dada a este estilo de escrita?
Qual o sentido?
1 – Ler os versos abaixo e indicar quais das palavras destacadas estão no sentido denotativo, ou conotativo.
Rosas me são teus lábios
Espinhos são minha dor
Nada melhor que um beijo
E uma virada na folha do amor
Sentido
denotativo: ______________________
Sentido conotativo: Lábios
Sentido denotativo: ______________________
Sentido conotativo:______________________
Sentido conotativo: Lábios
Sentido denotativo: ______________________
Sentido conotativo:______________________
Sentido denotativo: _____________________
Sentido conotativo: _____________________
2 - Indicar o sentido próprio (denotativo) e o sentido figurado (conotativo) dos termos sublinhados:
a) Só que
bola, papagaio, pião
de tanto brincar
se gastam.
As palavras não:
quanto mais se brinca
com elas
mais novas ficam
______________________________________
______________________________________
b) A poesia
tem tudo a ver
com [...]
a veloz acrobacia dos peixes.
_____________________________________
b) A poesia
tem tudo a ver
com [...]
a veloz acrobacia dos peixes.
_____________________________________
_____________________________________
c) A poesia
tem tudo a ver / com [...]
a explosão em verde, em flores e frutos.
c) A poesia
tem tudo a ver / com [...]
a explosão em verde, em flores e frutos.
____________________________________
____________________________________
c)
Eu
tenho um colar de pérolas
Enfiado para te dar:
As pér’las são os meus beijos,
O fio é o meu penar.
__________________________________
___________________________________
3
- Observe o exemplo e crie frases com as palavras indicadas, empregando-as nos
dois sentidos. Para facilitar, faça uso do dicionário.
-
Espelho => Meu pai é meu espelho. (sentido conotativo)
Quebrei o espelho do
banheiro. (sentido denotativo)
-
Ouro => _________________________________
-
Livro =>__________________________________
-
Joia => ___________________________________
-
Doce => _________________________________
-
Gato => __________________________________
Agora
organize estas frases de forma que resulte em um poema. Se for necessário, acrescente outras palavras.
4 – Procure em revistas e jornais frases conotativas, cole-as em seu caderno, interpretando o sentido das mesmas.
Definições poéticas
1 – Iniciar falando aos alunos
que, dada a possibilidade
de jogar com
o sentido das
palavras, há escritores
que criam “definições poéticas”
para algumas palavras de modo criativo e bem humorado e são consideradas texto literário.
2 – Projetar no datashow algumas definições poéticas de Mario Quintana e abrir um debate, em grupo, dos possíveis significados das mesmas. Um aluno de cada grupo expõe para os demais as conclusões a que chegaram, com direito a complementações pelo professor.
Modéstia: é a vaidade escondida atrás da porta.
Reticências: são os três primeiros passos do pensamento que continua por conta própria o seu caminho...
Recordação: é uma cadeira de balanço embalando sozinha.
Diabético: é quem não consegue ser doce.
Anão: é quem não sabe
deixar o amor crescer.
Sorriso: enriquece os recebedores sem empobrecer os
doadores.
Silêncio: é um espião.
Mario Quintana. Sapo amarelo. São Paulo: Global, 2006.
Mario Quintana. Sapo amarelo. São Paulo: Global, 2006.
3
– Solicitar que consulte no dicionário o significado literal de cada palavra.
Modéstia:
______________________________________
Reticências: ____________________________________
Recordação: ____________________________________
Diabético: ______________________________________
Anão: __________________________________________
Sorriso:
_________________________________________
Silêncio:
________________________________________
a)
A definição dada por Quintana a essas palavras é a mesma do
dicionário? Escreva a diferença.
___________________________________________
Observação:
Se necessário, esclarecer as diferenças existentes entre as definições
de palavras dadas por alguns escritores e as encontradas no dicionário da
Língua Portuguesa. Dizer que, nas definições poéticas os autores brincam com as
palavras, dando a elas significados novos, extraordinários, no dicionário os
“verbetes” possuem uma função informativa e procura definir literalmente as
palavras.
4 – Mostrar outras
definições:
Relâmpago: é um barulho rabiscando o céu.
Palhaço: é um homem todo pintado de piadas.
Felicidade: é uma palavra que tem música.
Vento: é ar com muita pressa.
Esperança: é um pedaço da gente que sabe que vai dar certo.
Alegria: é um palhacinho no coração da gente.
Paciência: é uma coisa que
mamãe perde sempre.
Fonte: "Dicionário de Humor Infantil", coletânea de definições espontâneas e achados poéticos de crianças entre 3 e 11 anos de idade, compilada por Pedro Bloch.
Fonte: "Dicionário de Humor Infantil", coletânea de definições espontâneas e achados poéticos de crianças entre 3 e 11 anos de idade, compilada por Pedro Bloch.
a)
O autor também brincou com as palavras? Por quê?
b)
Estas definições apresentam humor? Justifique.
c)
Destas definições,
quais as que você achou mais engraçadas? Por quê?
5 – Propor, individualmente, a
produção de “definições poéticas”. Cada
aluno deve escolher um objeto, um animal, uma pessoa, um sentimento, um lugar
etc., e criar suas próprias “definições poéticas”,
Observação:
Dizer
aos alunos que suas produções devem ser entregue à professora para que a mesma possa analisa-las
e depois devolve-las para devidas correções.
E o produto final será um
dicionário de definições poéticas
da turma.
6 – Em casa, pesquisar na internet outras
“definições poéticas” para juntar com as que foram vistas na aula e coloca-las
no mural da sala.
Oficina 7 - Comparação,
metáfora, personificação
Objetivo
·
Identificar e usar as figuras de linguagem
Material
·
Coletânea de poemas
·
CD da canção infantil “ O leão” de Vinícius de Morais
/ Cópias da letra
·
Dicionário de Língua Portuguesa
·
Cópia dos poemas “O auto-retrato”, de
Mário Quintana, e “Gavetas”, de Roseana Murray
1 – Iniciar lembrando que uma das mais marcantes características da linguagem poética é a
utilização da linguagem figurada (conotativa). As figuras de linguagem É um
recurso linguístico para expressar experiências comuns de formas diferentes,
conferindo originalidade, emotividade ou poeticidade ao discurso. Dizer que há vários tipos de figuras
de linguagem, mas que no momento, vão identificar,
aprender e empregar
as três mais importantes: comparação, metáfora e
personificação.
2 – Distribuir uma cópia da letra da canção
infantil “ O leão” de Vinícius de Morais para cada aluno para que seja efetuada
a leitura.
O Leão
(Vinícius de Moraes
Leão! Leão! Leão!
Rugindo como um
trovão
Deu um pulo, e era
uma vez
Um cabritinho montês
Leão! Leão! Leão
És o rei da
criação
Tua goela é uma
fornalha
Teu salto, uma
labareda
Tua garra, uma
navalha
Cortando a presa
na queda
Leão longe, leão
perto
Nas areias do
deserto
Leão alto,
sobranceiro
Junto do
despenhadeiro
Leão! Leão! Leão!
És o rei da
criação
Leão na caça
diurna
Saindo a correr da
furna
Leão! Leão! Leão!
Foi Deus quem te
fez ou não
Leão! Leão! Leão!
És o rei da
criação
O salto do tigre é
rápido
Como raio, mas não
há
Tigre no mundo que
escape
Do salto que o
leão dá
Não conheço quem
defronte
O feroz
rinoceronte
Pois bem, se ele
vê o leão
Foge como um
furacão
Leão! Leão! Leão
És o rei da
criação
Leão! Leão! Leão!
Foi Deus quem te
fez ou não
Leão se
esgueirando à espera
Da passagem de
outra fera
Vem um tigre, como
um dardo
Cai-lhe em cima o
leopardo
E enquanto brigam,
tranquilo
O leão fica
olhando aquilo
Quando se cansam,
o leão
Mata um com cada
mão
A Arca de Noé: poemas infantis. São Paulo /
Companhia das Letras, 1991.
Comparação
1-
Reler a primeira estrofe e responda a questão:
a) Qual terá
sido o motivo de o poeta ter aproximado o rugido do leão ao trovão?
2 - No verso “Rugindo como um trovão” – A palavra como
é um comparativo de
-
( A ) inferioridade
( B ) superioridade
( C ) igualdade
( D ) imparcialidade
3 – Substituindo a palavra como por qualquer um dos seguintes termos: qual, feito, que nem,
parece, pode-se afirmar que
continua sendo comparativos de:
( A ) inferioridade
( B ) superioridade
( C ) igualdade
( D ) imparcialidade
Conclusão: Comparação é a aproximação
de dois termos ou expressões através de uma conjunção ou
locução subordinativa comparativa (como, assim como, bem como, etc.) ou de um
verbo com função semelhante (parecer, lembrar, sugerir, assemelhar-se, sugerir,
etc.).
4 - Colocar o CD da canção citada (“ O leão”, Vinícius de Morais) para que os alunos ouçam e
cantem juntos.
Metáfora
1 – Releia os versos abaixo
“Tua goela é uma
fornalha
Teu salto, uma labareda
Tua garra, uma navalha
Cortando a presa na queda”
a)
O que o poeta quis dizer com “tua goela é uma fornalha”? E com Tua garra, uma navalha?
b)
Como se chama esse tipo de recurso usado pelo poeta?
c)
O poeta usou algum termo de comparação (como, qual,
feito, etc.)nesta estrofe?
Conclusão
Observa-se que o poeta não usou nenhum termo de comparação (como, qual,
feito etc.). A transição rápida de “goela” para “fornalha” trás várias
sugestões: a visão da boca enorme do leão; o bafo quente que exala da boca do
leão, assim como o imaginário de seu crepitar. O mesmo acontece às outras duas
metáforas: “labareda” e “navalha”, esta última com a indicação imaginária de
ferimento, corte, sangue, etc. Quando
isso ocorre, temos outra figura de linguagem, a metáfora. Portanto, a metáfora é uma figura que
consiste na substituição de um termo por outro, com o qual apresenta
semelhanças. É uma espécie de comparação abreviada pela omissão, ou do primeiro
termo e da partícula comparativa, ou apenas da partícula comparativa. A metáfora produz efeitos de sentido que ampliam a significação do texto
e as possibilidades de interpretação.
Personificação
1 – Propor a leitura do poema de Cassimiro de Abreu na “Coletânea de
poemas”, página 13.
Meus oito anos
Oh! Que saudades que tenho
Da aurora da minha vida
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!
Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
À sombra das bananeiras,
Debaixo dos laranjais!
Como são belos os dias
De despontar da existência!
- Respira a alma inocência
Como perfume a flor;
O mar é – lago sereno,
O céu – um manto azulado,
O mundo – um sonho dourado,
A vida – um hino d’amor!
Que auroras, que sol, que vida,
Que noites de melodia
Naquela doce alegria,
Naquele ingênuo folgar!
O céu bordado
d’estrelas,
A terra de aromas cheia,
As ondas beijando a
areia
E a lua beijando o
mar!
Oh! dias de minha infância!
Oh! meu céu de primavera!
Que doce a vida na era
Nessa risonha manhã!
Em vez das mágoas de agora,
Eu tinha nessas delícias
De minha mãe as carícias
E beijos de minha irmã!
Livre filho das montanhas,
Eu ia satisfeito,
Da camisa aberto o peito,
- Pés descalços, braços nus –
Correndo pelas campinas
À roda das cachoeiras,
Atrás das asas ligeiras
Das borboletas azuis!
Naqueles tempos ditosos
Ia colher as pitangas,
Trepava a tirar mangas,
Brincava à beira do mar;
Rezava às Ave-Marias,
Achava o céu sempre lindo,
Adormecia sorrindo
E despertava a cantar!
Oh! que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!
- Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
À sombra das bananeiras,
Debaixo dos laranjais!
Lisboa, 1857. Enciclopédia Itaú Cultural – Literatura Brasileira.
Disponível em <www.itaucultural.org.br>
a)
Além da infância, que saudade o eu-lírico expressa no poema “Meus oito anos”?____________________________________
b)
Retire um verso do poema que confirme essa saudade.
________________________________________
4 –
Releia os versos.
O
céu bordado d'estrelas,
A
terra de aromas cheia,
As
ondas beijando a areia
E
a lua beijando o mar!
a) Imagine um céu bordado d”estrelas. Como seria?
b) Qual é o sentido dos versos “ondas beijando a
areia” e “a lua beijando o mar”?
c) Ondas e lua dão beijos?
d) Que figura de linguagem foi empregada?
d) Conceitue esta figura de linguagem.
5 – Comentar as expressões em
destaque.
Observa-se que o primeiro verso é uma
metáfora. O modo como as estrelas enfeitam o céu se assemelha a um bordado.
Isso é dito sem emprego de termo comparativo. Nos dois versos finais aparece outro tipo de
figura: personificação, pois atribui-se
comportamento humano a elementos da natureza. Ondas e luas dão beijos?
Conclusão
Personificação é uma
figura de estilo que consiste em atribuir, a seres irracionais ou inanimados,
sentimentos e ações próprios de pessoas.
As figuras deixam os versos mais significativos. Se o poeta dissesse
apenas que “havia muitas estrelas no céu”, “as ondas se aproxima da areia” e “a
lua refletia sua luz no mar”, os versos não seriam tão sugestivos e poéticos.
Do modo como foi construída a estrofe, a natureza é valorizada pelas figuras de
linguagem que indicam dinamismo, vida, contato entre os elementos.
Mais exercícios
1 – Completar as
lacunas fazendo as comparações.
O rio é
_________________ como ___________________
O rio tem cheiro
de ________________________________
A cor do rio
parece ________________________________
A minha rua tem um
brilho como ______________________
Minha cidade até
parece ____________________________
2 – Complete
empregando metáforas.
O rio
____________________________________________
Minha rua
________________________________________
O céu
___________________________________________
Minha cidade
_____________________________________
3
- Identifique
as figuras de linguagens (metáfora, comparação e personificação) nas expressões que se seguem:
a) A guerra é um monstro devorador. (____________)
a) A guerra é um monstro devorador. (____________)
b) A paixão é como um fogo. (_____________)
c) O mar é a mais larga estrada…(____________)
d) Hoje o vento levantou-se zangado. (____________)
e) A formiga recusou atender ao pedido da cigarra. (_________)
f) Os seus cabelos pareciam fios de ouro…(__________)
g) Tem o coração duro como uma rocha. (____________)
h) Os frutos desta árvore são doces como o mel. (_________)
i) Os teus olhos são duas pérolas. (____________)
c) O mar é a mais larga estrada…(____________)
d) Hoje o vento levantou-se zangado. (____________)
e) A formiga recusou atender ao pedido da cigarra. (_________)
f) Os seus cabelos pareciam fios de ouro…(__________)
g) Tem o coração duro como uma rocha. (____________)
h) Os frutos desta árvore são doces como o mel. (_________)
i) Os teus olhos são duas pérolas. (____________)
j) As rãs do charco tagarelavam umas com as outras.
(_________)
4 – Distribuir
uma cópia dos poemas “O auto-retrato”, de Mário Quintana, e “Gavetas”, de
Roseana Murray para cada aluno para leitura e o desvendamento de algumas
metáforas.
Texto
A
O
auto-retrato
No
retrato que me faço
- traço a traço -
às vezes me pinto nuvem,
às vezes me pinto árvore...
- traço a traço -
às vezes me pinto nuvem,
às vezes me pinto árvore...
às
vezes me pinto coisas
de que nem há mais lembrança...
ou coisas que não existem
mas que um dia existirão...
de que nem há mais lembrança...
ou coisas que não existem
mas que um dia existirão...
e,
desta lida, em que busco
-pouco a pouco-
minha eterna semelhança,
-pouco a pouco-
minha eterna semelhança,
no
final, que restará?
Um desenho de criança...
Corrigido por um louco!
Um desenho de criança...
Corrigido por um louco!
a) Nesse poema de Mário Quintana percebemos que o eu-lírico tenta expressar sentimentos e emoções. Nesse momento, o poeta tem o olhar voltado para :
( ) dentro de si mesmo, buscando, nesse ato, se construir enquanto ser humano.
( ) fora de si, admirando a natureza e o mundo que o cerca.
b)
Explique a resposta que você deu para a questão anterior.
c) Agora, explique as metáforas criadas pelo poeta.
"às vezes me pinto nuvem"
"às vezes me pinto árvore"
___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Texto
B
Gaveta
Roseana Murray
Roseana Murray
Com
delicadeza
abrir as gavetas
que guardam
as palavras de seda.
abrir as gavetas
que guardam
as palavras de seda.
Deixá-las
sempre
ao alcance
de um sopro,
prontas para o voo,
para o ouvido,
para a boca.
ao alcance
de um sopro,
prontas para o voo,
para o ouvido,
para a boca.
Palavras
de seda
são como borboletas
douradas
quando pousam
no coração do outro.
são como borboletas
douradas
quando pousam
no coração do outro.
a) Explique as seguintes metáforas:
- abrir as gavetas => ______________________________
- palavras de seda => ______________________________
- ao alcance de um sopro => _________________________
- prontas para o voo => ______________________________
b) procure no dicionário o sentido literal das
palavras:
gaveta: __________________________________________
seda: ____________________________________________
sopro: ___________________________________________
voo: _____________________________________________
5 – Ler as
expressões sublinhando
as palavras que constituem metáfora.
a) Pesa sobre aquela
nação uma sombria ameaça.
b) Ela sentou-se no
banco, o olhar distante, o pensamento submerso no passado.
c) Uma a uma as
badaladas se dissolvem na noite."
(José Conde)
d) "Deitado na
areia, meu pensamento vadio era uma borboleta serena que não pousava em
nada." (Bernardo Élis)
7 – Personificação
é a figura pela qual
fazemos os seres inanimados ou irracionais agirem e sentirem como pessoas
humanas. Portanto, analise as expressões que se seguem e indique a intrusa.
( )
"Lá fora, no jardim que o luar
acaricia, um repuxo apunhala a alma da solidão." (Olegário Mariano)
( ) "Os sinos chamam para o amor."
(Mario Quintana)
( ) "O rio tinha entrado em agonia, após anos de devastação em suas margens."
(Inácio De Loyola Brandão)
( ) “O
povo estourava de riso.” (Monteiro Lobato
( )
“O sol belisca a pele azul do lago.” (Raul Bopp)
Estabelecer comparações para contar sobre o lugar
onde vive
1 – Fazer uma lista de características: qualidades e problemas do lugar onde vive ( a casa onde mora, a rua, o bairro a cidade ou o país) .
2 - Completar as lacunas com comparações e metáforas para contar sobre esse lugar.
Minha (meu) _________ é ________ como _________.
A natureza aqui é ___________ como ______________.
As nossas belezas naturais ______ como _____________.
A minha rua tem um ______ como_________ .
Minha cidade se apresenta _________. Tal qual ___________.
Aquele (a) __________ (prédio, praça, clube, parque, campo esportivo, estação rodoviária etc.) é _________ como____________ .
Esse lugar é _________ como ____________.
As pessoas daqui são __________ que nem ____________...
Agora propor a
socialização das frases e a escolha das mais sugestivas para serem transcritas na lousa para todos
copiarem no caderno.
Transformar comparações em metáforas
Observações:
Não confundir a
metáfora com a comparação. Nesta, os dois termos vem expressos e unidos por
nexos comparativos (como, tal, qual, assim como, etc.). Exemplificando:
Nero
foi cruel como um monstro. (comparação)
Nero
foi um monstro. (metáfora)
1
- Transforme as comparações em metáforas.
a) A aeronave era como um grande pássaro
metálico devorando a distância. (comparação)
_____________________________________.(Metáfora)
b) Faminto como ele
estava, um pedaço de pão seria delicioso como um maná. (comparação)
______________________________________.(Metáfora)
c) Cuidado com esse tal
de Abelardo! Ele é astucioso como uma raposa. (comparação)
_____________________________________.(
Metáfora)
d) Assim como uma
serpente, o rio da minha cidade é sinuoso e ágil. (comparação)
_____________________________________.(
Metáfora)
e) Minha cidade até
parece uma colmeia agitada. (comparação)
_____________________________________.(Metáfora)
Oficina
8 – Sonoridade na poesia
Objetivos
·
Investigar
as relações entre som e sentido na poesia
·
Observar
a expressividade das repetições de palavras ou das mesmas consoantes
·
Escrever
textos com repetições
Material
·
Coletânea
de poemas
·
CD-ROM
de poemas
·
Aparelho
de som
·
Datashow
·
Dicionário
da Língua Portuguesa
·
Computador
Desenvolvimento:
1 – Iniciar dizendo que há outras formas de brincar com as
palavras. Uma bem interessante é a usada, por exemplo, pelos autores dos poemas “Pássaro livre” ( Sidônio Muralha) e “Haicai” ( Ângela Leite de
Souza.), a aliteração. A aliteração é a figura de linguagem
que consiste em repetir sons consonantais idênticos ou semelhantes em uma
frase, verso ou poema, reforçando o
ritmo.
2
– Propor a leitura com bastante atenção
dos poemas de Sidônio Muralha e de Ângela Leiter, na Coletânea de poemas,
página 14.
Pássaro livre
Pássaro livre
Gaiola aberta.
Aberta a janela.
O pássaro desperta,
A vida é bela.
A vida é bela
A vida é boa.
Voa, pássaro, voa.
Sidônio Muralha. A dança dos pica-paus. Rio de Janeiro: Nórdica, 1985.
Haicai
Que cheiro cheiroso
de terra molhada quando
a chuva chuvisca!...
Ângela Leite de Souza. Três gotas de poesia. São Paulo: Moderna, 2002.
Agora responda as questões.
a)
Em que versos estão as rimas?
b)
O que mais vocês perceberam nestes poemas?
c)
Vocês observaram ritmo e eco sonoro nestes poemas?
d)
Qual é o som que se repete ao longo de cada um
deles?
e)
Quais palavras estão repetidas?
f)
Há repetição de versos?
g) Por que o ritmo é
um elemento importante no poema?
Observação:
É
relevante reforçar que:
=> No primeiro
poema:
> Ocorrem
aliterações das consoantes: “b”: aberta, bela, boa e de
“v: vida, voa.
> Repetem-se os
termos “pássaro”, “vida”, “bela” e os versos quatro e cinco “a vida é bela”.
> Aparecem três
rimas: aberta/desperta;
janela/bela;
boa/voa; a vogal “e” está presente em duas rimas,
prolongando o eco sonoro e propondo associar o sentido das palavras em que está
presente.
Estes recursos criam elos entre as partes do
poema, associando o voo e a abertura de portas e janelas, isto é, a liberdade
de voar – seja por meio de asas, seja por meio do pensamento e da imaginação.
=> No segundo poema:
> Ocorre aliteração das consoantes “ch” (dígrafo):
cheiro, cheiroso,
chuva, chuvisca.
Associa-se desse modo, o sentido de “chuva” às outras palavras em que o som
aparece, com a imagem positiva da água que molha a terra e as plantas.
3 – Projetar no
Datashow os versos abaixo e fazer a leitura em voz alta valorizando os sons
e ritmo.
“Vozes veladas, veludosas vozes,
Volúpias dos violões, vozes veladas,
Vagam nos velhos vórtices velozes
Dos ventos, vivas, vãs, vulcanizadas.”
Volúpias dos violões, vozes veladas,
Vagam nos velhos vórtices velozes
Dos ventos, vivas, vãs, vulcanizadas.”
(SOUSA, 1993,
p. 23-26)
a) Para produzir a sonoridade dos versos
o poeta usa a repetição de sons. Estes sons são representados pelo
fonema: _________.
b) A repetição de fonemas consonantais denomina
– se: ___________
Após a leitura dos versos informar que
eles pertencem ao poema “Violões que choram” do livro Faróis. Há uma
grande repetição da letra “v” que acontece principalmente no início das
palavras o que significa que o autor teve a intenção de provocar no leitor a
sensação de que haviam muitos sons sendo propagados ao mesmo tempo. É bem
provável que através desta profusão de sons o poeta tenha tentado expressar
toda a tensão que havia em si mesmo.
4 - Acessar ao vídeo VIOLÕES QUE CHORAM (basta clicar no título) e apreciar as figuras sonoras e o ritmo.
5 – Mostrar também
uma outra figura de estilo de nível fônico denominada assonância. Explicar que
a assonância é um recurso sonoro onde o poeta busca a repetição de
mesma vogal ao longo do verso ou poema. São as vogais que fazem a melodia do
poema. Essa repetição pode ajudar a dar sentido no poema, a sugerir imagens e a
provocar sensações no leitor. Exemplos:
A
"Sou
Ana, da cama
da
cana, fulana, bacana
Sou
Ana de Amsterdam”
Chico
Buarque
B
"Sou
um mulato nato no sentido
lato
mulato democrático do litoral.”
mulato democrático do litoral.”
Caetano Veloso
C
Ana e o Pernilongo
Havia um pernilongo
chamado Lino
quer tocava violino.
Mas era tão pequenino
o Lino
e tocava tão fino
o seu violino,
que nunca ouvi o Lino
nem vi o Lino.
José Paulo Paes. In: Olha o bicho. São Paulo: Ática, 1989
Havia um pernilongo
chamado Lino
quer tocava violino.
Mas era tão pequenino
o Lino
e tocava tão fino
o seu violino,
que nunca ouvi o Lino
nem vi o Lino.
José Paulo Paes. In: Olha o bicho. São Paulo: Ática, 1989
a) Perceberam a
melodia destes poemas?
b) Onde está a
assonância de cada poema?
c) Qual é a função da assonância, a repetição da mesma vogal
no poema?
6
– Após a análise dos poemas e a explicação da professora, conceituar:
a)
Aliteração:
____________________________
____________________________________
b)
Assonância:
___________________________
_____________________________________
Produção
1
– Em dupla
ou individualmente, escrever um poema em que a aliteração seja uma das figuras
de linguagem predominantes.
2 –
Socializar a produção.
3 –
Guardar a produção para digitar no Documento
do Microsoft Word e salvar na pasta da
classe.
Ritmo irregular
1 – Iniciar falando que:
O ritmo no poema é a sucessão cadenciada de sons fortes
(sílabas tônicas) e sons fracos (sílabas átonas), repetidos com intervalos
regulares ou variados, determinando a musicalidade do poema.
Temos dois sistemas
rítmicos: o sistema regular
e o irregular
ou livre.
No sistema regular
as sílabas mais fortes do verso, ocorrem sempre no mesmo lugar em todos os
versos. O ritmo é mantido com o rigor da igualdade em toda a estrofe ou
poema.
No sistema irregular,
assim como o tamanho dos versos, ora longos, ora curtos, o ritmo não é mantido com o rigor da igualdade em
toda a estrofe ou poema.
Entretanto,
quando cantados ou declamados, o cantador ou declamador experiente, faz
ligeiras adaptações à tonicidade das palavras que compõem o verso a fim de não
perder a toada que determina o ritmo do gênero. O conjunto de imagens, o clima,
as vivências e emoções contribuem diretamente para a harmonia desenvolvida ao
longo do poema.
2
– Propor a leitura compartilhada (cada aluno lê uma estrofe) dos poemas que se seguem,
observando as irregularidades. Também listar no caderno as palavras
desconhecidas e procurar no dicionário o significado.
Pátria Minha
Vinicius de Moraes
A minha pátria é como se não fosse, é íntima
Doçura e vontade de chorar; uma criança dormindo
É minha pátria. Por isso, no exílio
Assistindo dormir meu filho
Choro de saudades de minha pátria.
Se me perguntarem o que é a minha pátria direi:
Não sei. De fato, não sei
Como, por que e quando a minha pátria
Mas sei que a minha pátria é a luz, o sal e a água
Que elaboram e liquefazem a minha mágoa
Em longas lágrimas amargas.
Vontade de beijar os olhos de minha pátria
De niná-la, de passar-lhe a mão pelos cabelos...
Vontade de mudar as cores do vestido (auriverde!) tão feias
De minha pátria, de minha pátria sem sapatos
E sem meias pátria minha
Tão pobrinha!
Porque te amo tanto, pátria minha, eu que não tenho
Pátria, eu semente que nasci do vento
Eu que não vou e não venho, eu que permaneço
Em contato com a dor do tempo, eu elemento
De ligação entre a ação o pensamento
Eu fio invisível no espaço de todo adeus
Eu, o sem Deus!
Tenho-te no entanto em mim como um gemido
De flor; tenho-te como um amor morrido
A quem se jurou; tenho-te como uma fé
Sem dogma; tenho-te em tudo em que não me sinto a jeito
Nesta sala estrangeira com lareira
E sem pé-direito.
Ah, pátria minha, lembra-me uma noite no Maine, Nova Inglaterra
Quando tudo passou a ser infinito e nada terra
E eu vi alfa e beta de Centauro escalarem o monte até o céu
Muitos me surpreenderam parado no campo sem luz
À espera de ver surgir a Cruz do Sul
Que eu sabia, mas amanheceu...
Fonte de mel, bicho triste, pátria minha
Amada, idolatrada, salve, salve!
Que mais doce esperança acorrentada
O não poder dizer-te: aguarda...
Não tardo!
Quero rever-te, pátria minha, e para
Rever-te me esqueci de tudo
Fui cego, estropiado, surdo, mudo
Vi minha humilde morte cara a cara
Rasguei poemas, mulheres, horizontes
Fiquei simples, sem fontes.
Pátria minha... A minha pátria não é florão, nem ostenta
Lábaro não; a minha pátria é desolação
De caminhos, a minha pátria é terra sedenta
E praia branca; a minha pátria é o grande rio secular
Que bebe nuvem, come terra
E urina mar.
Mais do que a mais garrida a minha pátria tem
Uma quentura, um querer bem, um bem
Um libertas quae sera tamem
Que um dia traduzi num exame escrito:
"Liberta que serás também"
E repito!
Ponho no vento o ouvido e escuto a brisa
Que brinca em teus cabelos e te alisa
Pátria minha, e perfuma o teu chão...
Que vontade de adormecer-me
Entre teus doces montes, pátria minha
Atento à fome em tuas entranhas
E ao batuque em teu coração.
Não te direi o nome, pátria minha
Teu nome é pátria amada, é patriazinha
Não rima com mãe gentil
Vives em mim como uma filha, que és
Uma ilha de ternura: a Ilha
Brasil, talvez.
Agora chamarei a amiga cotovia
E pedirei que peça ao rouxinol do dia
Que peça ao sabiá
Para levar-te presto este avigrama:
"Pátria minha, saudades de quem te ama...
Vinicius de Moraes."
Texto extraído do livro "Vinicius de Moraes - Poesia Completa e Prosa", Editora Nova Aguilar - Rio de Janeiro, 1998, pág. 383.
3
– Propor que os alunos ouçam o poema declamado no vídeo: Vinícius de Moraes - Pátria Minha – YouTube, localizado
no site:
http://www.youtube.com/watch?v=t-ADA-FZKVg e
observem a
harmonia desenvolvida ao longo do poema.
Coisas do reino da minha cidade
Olho e vejo por cima dos telhados patinados pelo tempo
copadas mangueiras de quintais vizinhos.
altaneiras, enfolhadas, encharcados seus caules,
troncos e raízes de longas chuvas de verão passado.
paramentadas em verde, celebram a liturgia da próxima florada.
antecipam a primavera no revestimento de brotação bronzeada,
onde esvoaçam borboletas amarelas.
as mangueiras estão convidando todos os turistas,
para a festa das suas frutas maduras, nos reinos da minha cidade.
Minha mesa está florida e perfumada
de entrada a minha casa, um aroma suave
incensando a casa.
um bule de asa quebrada, um vidro de boca larga,
um vaso esguio servem ao conjunto floral.
rosas brancas a lembrar grinalda das meninas
de branco que acompanhavam antigas procissões,
de onde vieram carregando seus perfumes?...
tão fácil. Por cima do muro da vizinha
a roseira, trepadeira, se debruça
numa oferta floral de boa vizinhança.
Canto e descanto meus vizinhos.
contei sempre com eles e nunca me faltaram.
beleza simbólica maior: o Dia do Vizinho.
O vizinho é a luz da rua. Quando o vizinho viaja e fecha a casa,
é como se apagasse a luz da rua...
indagamos sempre: quando volta?
e quando o vizinho volta, abre portas e janelas
e é como se acendessem todas as luzes da rua
e nós todos nos sentimos em segurança
estas coisas nos reinos de Goiás.
Cora Coralina p. 183-184
a) O que cada autor descreve em seu poema?]
b) Estes poemas apresentam rimas?
c) Estes poemas apresentam ritmo regular? Justifique sua resposta.
d) Os versos tem o mesmo tamanho?
e)
Aparecem figuras de linguagem? Quais?
Trava-línguas
1 – Iniciar falando rapidamente o trava
língua: “Três pratos de trigo para três tigres tristes.”
2 – Falar que um
exemplo bem conhecido de aliteração são os trava-línguas. É
uma expressão
ou frase difícil de pronunciar quando falada rapidamente, devido a aliteração
ou a repetição de sons semelhantes. Se forem ditos muito
depressa, é quase impossível pronunciá-los sem tropeçar. Alguns dos
trava-línguas tradicionais não têm outro significado senão o da dificuldade da
articulação ou da repetição da mesma letra.
3 – Propor aos
alunos que digam para a classe um trava-língua conhecido.
4 – Colocar na
lousa os trava-línguas que os alunos disseram, solicitando o registro no
caderno..
5 – Projetar no
Datashow a lista de trava- línguas, propondo que os alunos decorem para
apresentar para a turma no dia combinado.
Trava- línguas
Corrupaco papaco, a
mulher do macaco, ela pita, ela fuma, ela toma tabaco debaixo do sovaco.
Porco crespo, toco
preto.
Um tigre, dois
tigres, três tigres.
A pinga pinga, o
pinto pia, quanto mais o pinto pia, mais a pinga pinga.
Olha o sapo dentro
do saco, o saco com o sapo dentro, o sapo batendo papo e o papo soltando vento.
Não tem truque,
troque o trinco, traga o troco e tire o trapo do prato.
Tire o trinco, não
tem truque, troque o troco e traga o trapo do prato.
a)
Estes trava-linguas apresentam rimas?
b)
Apresentam
ritmo regular ou irregular? Por
quê?
c)
Pinte
onde se encontram as aliterações.
Desafio.
1 -
Produzir um ou dois trava-línguas, aplicando o conhecimento adquirido. Usar
palavras que tenham encontros consonantais br, bl, cr, cl, dr, dl, fr, fl, gr,
gl, pr, pl, tr, tl, vr, vl ou palavras cujos sons sejam parecidos (cedo, passe,
próximo, chave, xarope, etc).
2 – Passar a limpo em uma folha de linguagem,
ilustra-los e colocar no mural.
3 – Na aula no laboratório de informática,
digitar esses trava-línguas no Documento
do Microsoft Word e salvar na pasta da
classe.
Travatrovas
1 – Propor a leitura das travatrovas na
Coletânea de poemas, página 3.
O
pedreiro Pedro Alfredo
O pedreiro Pedro Alfredo,
o Pedro Alfredo Pereira,
tramou tretas intrigantes,
transou truques, pregou petas,
pois Pedro Alfredo Pereira
é um tremendo tratante!
Se um
dia me der na telha
Se um dia me der na telha
eu frito a fruta na grelha
eu ponho a fralda na velha
eu como a crista do frango
eu cruzo zebu com abelha
eu fujo junto com a Amélia
se um dia me der na telha.
Chegou
“seu” Chico Sousa
Só sei que “seu” Chico Sousa
chegou e trouxe da China
a seda xadrez da Célia
o xale roxo da Sônia
o xale cinza da Sheila
e a saia chique da Selma.
Ciça. Travatrovas. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1993
2 – Escolher três alunos para fazer a litura
em voz alta.
3 - Ouvir as mesmas travatrovas no CD-ROM de
poemas apreciando os sons.
4 – Propor as questões:
a)
Estas travatrovas apresentam a
mesma quantidade de versos?
b) Elas apresentam rimas?
b) Localize as aliterações destas
travatrovas.
d)
As
travatrovas apresentam ritmo regular ou
irregular? Por quê?
5 – Sugerir aos alunos que façam a leitura de
outras travatrovas da autora já citada e da Eva Funari. Trovadinhas. São Paulo:
Moderna, 1994.
Desafio
1
- Produzir uma ou mais
travatrovas, aplicando o conhecimento adquirido.
Este outro exemplo é para encorajá-los.
O TRATO
DO TATU
O tatu fez um trato
com a Tereza tratadeira
mas o trato deu em trote
ele foi pra trituradeira.
O tatu fez um trato
com a Tereza tratadeira
mas o trato deu em trote
ele foi pra trituradeira.
2 – Passar a limpo em uma folha de linguagem,
ilustra-las e colocar no mural.
3 – Na aula no laboratório de informática,
digitar essas travatrovas no Documento
do Microsoft Word e salvar na pasta da
classe.
Verificando a aprendizagem
Ler
atentamente:
O veleiro e o vento
Vaga, vagando, vadio
O veleiro a deslizar...
E o vento, vagabundo
Sopra a vela devagar...
E o veleiro vai e vem,
Velejando, a se embalar...
E o vento, levemente,
Leva a vela sobre o mar...
Voga o veleiro, entre as vagas,
Vaga-vagando, a vagar...
E o vento leve, vadio,
Vem vestido de luar!
Leva a vela o vento leve,
Em suave a velejar...
Veleja o veleiro verde
Nas águas do verde mar
1- Nos dois primeiros versos do poema o poeta fala sobre o veleiro. De acordo com o que ele escreve o veleiro:
(A) desliza
(B) navega
(C) veleja
(D) nada
2- Para produzir a sonoridade do poema o poeta usa a repetição de sons. Estes sons são representados pelo fonema:
(A) a
(B) v
(C) c
(D) b
3 - De acordo com o poema o vento é caracterizado como:
(A) vagabundo, veleja, desliza
(B) suave, veleja, velejando
(C) vagabundo, leve, vadio.
(D) águas, verde, mar
4- Ainda de acordo com o texto o texto as características do veleiro são
(A) vagabundo, veleja, desliza
(B) águas, verde, mar
(C) vagabundo, leve, vadio.
(D) vaga, vadio, verde
5 - Aliteração é a repetição de consoante dentro de um poema, e assonância a repetição de vogal. No poema O veleiro e o vento qual predomina:
(A) aliteração e assonância simultaneamente
(B) aliteração somente
(C) assonância somente
(D) nem aliteração nem assonância
OFICINA 9 -
Poetas do povo
Objetivos
·
Trabalhar
com poemas popular
·
Perceber
a importância do ritmo no poema
·
Escrever
versos observando rima e ritmo
Material
·
Coletânea
de poemas
·
CD-ROM
de poemas
·
Aparelho
de som
·
Datashow
·
Dicionário
da Língua Portuguesa
·
Computador
O varal de cordel
1 – Iniciar perguntando:
a) Vocês sabem o
que é cordel?
b) Quem conhece um
folheto de cordel?
c) Vocês já
ouviram ou leram cordel? Em casos afirmativos, conte o assunto do poema.
d) Quais autores
de cordel vocês conhecem?
2 - No laboratório de informática, acessar os
endereços eletrônicos e assistir aos filmes:
=> o que é literatura de cordel: http://www.youtube.com/watch?v=c0WZsU647Fw
=>
O que é o cordel (documentário TV Globo): http://www.youtube.com/watch?v=Kx6PZOC2WtQ&feature=related
Os alunos deverão anotar no caderno as características da
poesia de cordel citadas nos vídeos
exibidos. Por exemplo:
·
características
estruturais - métrica, versos;
·
narrativa
em versos;
·
temáticas
fantásticas e regionalistas;
·
metáforas,
humor e rimas;
·
xilogravuras;
·
origem
do nome cordel.
2
– Solicitar a leitura compartilhada (cada aluno solicitado lê uma estrofe) do
cordel “Emigração e as consequências”, de Patativa do Assaré.
Emigração e as Consequências
Neste
estilo popular
Nos
meus singelos versinhos,
O
leitor vai encontrar
Em
vez de rosas espinhos
Na
minha penosa lida
Conheço
do mar da vida
As
temerosas tormentas
Eu sou
o poeta da roça
Tenho
mão calosa e grossa
Do
cabo das ferramentas
Por
força da natureza
Sou
poeta nordestino
Porém
só conto a pobreza
Do
meu mundo pequenino
Eu
não sei contar as glórias
Nem
também conto as vitórias
Do
herói com seu brasão
Nem
o mar com suas águas
Só
sei contar as minhas mágoas
E as
mágoas do meu irmão
De contar a
desventura
Tenho sobrada
razão
Pois vivo de
agricultura
Sou camponês do
sertão
Sou um caboclo
roceiro
Eu trabalho o dia
inteiro
Exposto ao frio e
ao calor
Sofrendo a lida pesada
Puxando o cabo da
enxada
Sem arado e sem
trator
Nesta batalha
danada,
Correndo pra lá e
pra cá
Tenho a pele
bronzeada
Do sol do meu
Ceará
Mas o grande
sofrimento
Que abala o meu
sentimento
Que a providência
me deu
É saber que há
desgraçados
Por esse mundo
jogados
Sofrendo mais do
que eu
É saber que há
muita gente
Padecendo privação
Vagando
constantemente
Sem roupa, sem
lar, sem pão
É saber que há
inocentes
Infelizes
indigentes
Que por esse mundo
vão
Seguindo errados
caminhos
Sem ter da mãe os carinhos
Nem do pai a
proteção
Leitor a verdade
assino
É sacrifício de
morte
O pobre nordestino
Desprotegido da
sorte
Como bardo popular
No meu modo de
falar
Nesta referência
séria
Muito desgostoso
fico
Por ver num país
tão rico
Campear tanta
miséria
Quando há inverno
abundante
No meu Nordeste
querido
Fica o pobre em um
instante
Do sofrimento
esquecido
Tudo é graça, paz
e riso
Reina um verde
paraíso
Por vale, serra e
sertão
Porém não havendo
inverno
Reina um
verdadeiro inferno
De dor e de
confusão
Fica tudo
transformado
Sofre o velho e
sofre o novo
Falta pasto para o
gado
E alimento para o
povo
É um drama de
tristeza
Parece que a
natureza
Trata a tudo com
rigor
Com esta situação
O desumano patrão
Despede o seu
morador
Vendo o flagelo
horroroso
Vendo o grande
desacato
Infiel e impiedoso
Aquele patrão
ingrato
Como quem declara
guerra
Expulsa da sua
terra
Seu morador
camponês
O coitado
flagelado
Seu inditoso
agregado
Que tanto favor
lhe fez
Sem a virtude da
chuva
O povo fica a
vagar
Como a formiga
saúva
Sem folha para
cortar
E com dor que o consome
Obrigado pela fome
E a situação
mesquinha
Vai um grupo
flagelado
Para atacar o mercado
Da cidade mais
vizinha
Com grande
necessidade
Sem rancor e sem
malícia
Entra a turma na
cidade
E sem temer a
polícia
Vai falar com o
prefeito
E se este não der
um jeito
Agora o jeito que
tem,
É os coitados
famintos
Invadirem os
recintos
Da feira e do
armazém
A fome é o maior
martírio
Que pode haver
neste mundo,
Ela provoca
delírio
E sofrimento
profundo
Tira o prazer e a
razão
Quem quiser ver a
feição
Da cara da mãe da
peste
Na pobreza
permaneça,
Seja agregado e
padeça
Uma seca no
Nordeste
Por causa desta
inclemência
Viajam pelas
estradas
Na mais cruel
indigência
Famílias
abandonadas
Deixando o céu
lindo e azul
Algumas vão para o
Sul
E outras para o
Maranhão
Cada qual com sua
cruz
Se valendo de
Jesus
E do padre Cícero
Romão
Nestes medonhos
consternos
Sem meios para a
viagem
Muitas vezes os
governos
Para o Sul dão a
passagem
E a faminta legião
Deixando o caro
torrão,
Entre suspiros e
ais,
O martírio inda
mais cresce
Porque quem fica
padece
E quem parte sofre
mais
O carro corre
apressado
E lá no Sul faz
“despejo”
Deixando
desabrigado
O flagelado
cortejo,
Que procurando
socorro
Uns vão viver pelo
morro
Um padecer sem
desconto
Outros pobres
infelizes
Se abrigam pelas
marquises
Outros debaixo da
ponte
Rompendo mil
empecilhos
Nisto tudo que é
pior
É que o pai tem
oito filhos
E cada qual o
menor
Aquele homem sem
sossego
Mesmo arranjando
um emprego
Nada pode resolver
Sempre na penúria
está
Pois o seu ganho
não dá
Para a família
viver
Assim mesmo, neste
estado
O bom nordestino
quer
Estar sempre
rodeado
Por seus filhos e
a mulher
Quando mais
aumenta a dor
Também cresce o
seu amor
Por sua prole
adorada
Da qual é grande
cativo
Pois é ela o
lenitivo
De sua vida
cansada
A pobre esposa
chorosa
Naquele estranho
ambiente
Recorda muito
saudosa
Sua terra e sua
gente
Relembra o tempo
de outrora,
Lamenta, suspira e
chora
Com a alma
dolorida
Além da
necessidade
Padece a roxa
saudade
De sua terra
querida
Para um pequeno
barraco
Já saíram da
marquise
Mas cada qual o
mais fraco
Padecendo a mesma
crise,
Porque o pequeno
salário
Da sua manutenção
E além disso falta
roupa
E sobre sacos de
estopa
Todos dormindo no
chão
Naquele ambiente
estranho
Continua a
indigência
Rigor de todo o
tamanho
Sem ninguém dar
assistência
Aquela família
triste
Ninguém vê,
ninguém assiste
Com alimento e com
veste,
Que além da
situação
Padece a
recordação
Das coisas do seu
Nordeste
Meu leitor, não
tenha enfado
Vamos ver mais
adiante
Quando é triste o
resultado
Do nordestino
emigrante
Quero provar-lhe a
carência
O desgosto e a
inclemência
Que sofre o pobre
infeliz
Que deixa a terra
onde mora
E vai procurar
melhora
Lá pelo Sul do
país
O pobre no seu
emprego
Seguindo penosos
trilhos
Seu prazer é o
aconchego
De suas esposas e
seus filhos
Naquele triste
penar
Vai outro emprego
arranjar
Na fábrica ou no
armazém
A procura da
melhora
Até que a sua
senhora
Tem um emprego
também
Se por um lado
melhora
Aumentando mais o
pão
Por outro lado
piora
A triste situação
Pois os garotos
ficando
E a vida
continuando
Sem os cuidados do
pais
Sozinhos naquele
abrigo
Se expõem ao
grande perigo
Da vida dos
marginais
Eles ficam
sozinhos
Logo fazem amizade
Em outros grandes
bairros vizinhos
Com garotos da
cidade
Infelizes
criaturas
Que procuram
aventuras
No mais triste
padecer
Crianças
abandonadas
Que vagam
desesperadas
Atrás de
sobreviver
Esses pobres
delinqüentes
Os infelizes
meninos,
Atraem os
inocentes
Flagelados
nordestinos
E estes com as relações
Vão recebendo
instruções
Com aqueles
aprendendo
E assim, mal
acompanhados
Em breve aqueles
coitados
Vão algum furto
fazendo
São crianças
desvalidas
Que os pais não
lhe dão sustento,
As mães
desaparecidas
Talvez no mesmo
tormento
Não há quem conheça
o dono
Desses filhos do
abandono
Que sem temerem
perigos
Vão esmolando,
furtando
E às vezes até
tomando
O dinheiro dos
mendigos
Os pais voltam dos
trabalhos
Cansados mas
destemidos
E encontram os
seus pirralhos
No barraco
recolhidos,
O pai dizendo
gracejo
Dá em cada qual um
beijo
Com amorosos
acenos;
Cedo do barraco
sai
Não sabe como é
que vai
A vida de seus
pequenos
No dia seguinte os
filhos
Fazem a mesma
viagem
Nos seus
costumeiros trilhos
Na mesma
camaradagem
Com os mesmos
companheiros
Aqueles aventureiros
Que na maior
anarquia
Sem terem o que
comer
Vão rapinagem
fazer
Para o pão de cada
dia
Sem já ter feito o
seu teste
Em um inditoso dia
Um garoto do
Nordeste
Entra em uma
padaria
E já com água na
boca
E necessidade
louca
Se encostando no
balcão,
Faz mesmo sem ter
coragem
A primeira
traquinagem
Dali carregando um
pão
Volta bastante
apressado
O pobre
inexperiente
Olhando
desconfiado
Para traz e para
frente
Mas naquele mesmo
instante
Vai apanhado em
flagrante
Na porta da
padaria
Indo o pequeno indigente
Logo rigorosamente
Levado à delegacia
É aquela a vez
primeira
Que o garoto preso
vai
Faz a maior
berradeira
Grita por mãe e
por pai
Mas outros garotos
presos
Que já não ficam
surpresos
Com história de
prisão
Consolam o
pequenino
Dando instrução ao
menino
Da marginalização
Depois que aquela
criança
Da prisão tem
liberdade;
Na mesma vida se
lança
Pelas ruas da
cidade
E assim vai
continuando
Aliada ao mesmo
bando
Forçados pela
indigência
Pra criança
abandonada
Prisão não resolve
nada
O remédio é assistência
Quem examina
descobre
Que é sorte muito
infeliz
A do nordestino
pobre
Lá pelo Sul do
país
A sua filha
querida
Às vezes vai
iludida
Pelo monstro
sedutor
E devido a
ingenuidade
Finda fazendo a
vontade
Do monstro
devorador
Foge do rancho dos
pais
E vai vagar pelo
mundo
Padecendo muito
mais
Nas garras do
vagabundo
O pobre pai,
revoltado
Fica desmoralizado
Com a alma
dolorida
Para o homem
nordestino
O brio é um dom
divino
A honra é a
própria vida
Aquele pai fica
cheio
De revolta e de
rancor
Mas não pode achar
um meio
De encontrar o
malfeitor
Porém se
casualmente
Encontrar o
insolente
Lhe dará fatal
destino
Pois foi sempre
esse papel
E a justiça mais
fiel
Do caboclo
nordestino
Leitor, veja o
grande azar
Do nordestino
emigrante
Que anda atrás de melhorar
Da sua terra
distante
Nos centros
desconhecidos
Depressa vê
corrompidos
Os seus filhos
inocentes
Na populosa cidade
De tanta
imoralidade
E costumes
diferentes
A sua filha
querida
Vai pra uma
iludição
Padecer
prostituída
Na vala da
perdição
E além da grande
desgraça
Das privações que
ela passa
Que lhe atrasa e
lhe inflama
Saber que é preso
em flagrante
Por coisa
insignificante
Seu filho a quem
tanto ama
Para que maior
prisão
Do que um pobre
sofrer
Privação e
humilhação
Sem ter com que se
manter?
Para que prisão
maior
Do que derramar
suor
Em um estado
precário
Na mais penosa
atitude
Minando a própria
saúde
Por um pequeno
salário?
Será que o açoite,
as algemas
E um quarto da
detenção
Vão resolver o
problema
Da triste
situação?
Não há prisão mais
incrível
Mais feia, triste
e horrível
Mais dura e
humilhante
Do que a de um
desgraçado
Pelo mundo
desprezado
E do seu berço
distante?
O garoto tem
barriga,
Também precisa
comer
E a cruel fome lhe
obriga
A rapinagem fazer
Se ninguém a ela
ajuda
O itinerário não
muda
Os miseráveis
infantes
Que vivem
abandonados
Terão tristes
resultados
Serão homens
assaltantes
Meu divino
redentor
Que pregou na
Palestina
Harmonia, paz e
amor
Na vossa santa
doutrina
Pela vossa mãe
querida
Que é sempre
compadecida
Carinhosa, terna e
boa
Olhai para os
pequeninos
Para os pobres
nordestinos
Que vivem no mundo
à toa
Meu
bom Jesus Nazareno
Pela
vossa majestade
Fazei
que cada pequeno
Que
vaga pela cidade
Tenha
boa proteção,
Tenha
em vez de uma prisão,
Aquele
medonho inferno
Que
revolta e desconsola,
Bom
consolo e boa escola
Um
lápis e um caderno.
Patativa do Assaré. Uma voz do Nordeste. São Paulo: Hedra, 2000. Poema
3 – Colocar o CD para que os alunos possam
ouvir a gravação desse poema e o
ritmo cadenciado.
Trabalhando a compreensão
1 - Identifique no
poema as palavras cujo significado você desconhece. Essas palavras são
específicas de que região do Brasil?
Do que fala
Patativa do Assaré?
Observação:
Após a discussão sistematizar:
Patativa do Assoré em
seus versos fala da seca no Nordeste e do sofrimento do povo, das injustiças
sociais, da migração para o sul. Fala da luta do povo nordestino, do trabalho e
do risco da entrada dos jovens na marginalidade.
3 - Como o poeta
se apresenta?
4 - Que tipo de
vocabulário o poeta usou?
5 - Quais os
recursos de ritmo observados?
6 - Há presença de
comparações e metáforas? Justifique.
7 - As rimas estão
em todos os versos? Qual o esquema de rima?
8 - Destaque as
rimas e escreva as respectivas classes gramaticais.
9 - Quantos versos
tem cada estrofe?
10 – Este poema de
cordel apresenta:
( ) quintilha ( estrofe com cinco versos).
(
) sextilha (estrofe com seis
versos).
( )
setilha (estrofe com sete versos).
( )
quadrão (estrofe com oito versos).
( )
décima ou martelo (estrofe com dez versos).
11 - Neste poema
Patativa descreve sua própria pessoa. Que verso apresenta essa descrição?
12 - Na última
estrofe observa-se um desejo do autor. Qual é?
13 - Leia a
primeira estrofe do poema. O ritmo é obtido por meio da regularidade das rimas
e da métrica. Quantas sílabas há em cada verso dessa estrofe?
14 – Propor o registro no caderno das
informações que se seguem.
=> Métrica - Trata-se da contagem das
sílabas de um verso. Segundo as regras de contagem de sílabas métricas – metro
–, estas contam-se pelo que efetivamente se ouve até à última sílaba acentuada.
Pôr em evidência e contar as sílabas métricas é escandir um verso. Exemplo:
O lei TOR vai
em com TRAR
1 2
3 4 5
6 7
Em
vez de RO
sas es PI- (nhos)
1 2 3 4 5 6
7
=> O verso de sete sílabas, heptassílabo
ou redondilha maior, é o mais simples do ponto de vista das leis métricas.
Basta que a última sílaba seja acentuada, os demais acentos podem cair em
qualquer outra sílaba. Talvez por isso ele seja o verso predominante nas
quadrinhas e canções populares.
=> Os versos que não possuem uma
regularidade métrica (fixa) são denominados versos livres. No verso livre
a sonoridade rítmica obedece a um padrão próprio, não sendo governado por
regras externas derivadas da alternação uniforme de sílabas tônicas ou de
metrificação e rima, a essa modalidade dá-se o nome de Arritmia.
=> De acordo com o número de versos que
apresentam, as estrofes recebem as seguintes denominações: dístico (2 versos);
terceto (3); quadra ou quarteto (4); quintinha (5); sexteto ou sextilha (6);
sétima ou septilha (7); oitava (8); nona (9); décima (10).
=> As rimas podem ser classificadas,
também, por sua posição no verso:
- Cruzada ou alternada: O primeiro verso
rima com o terceiro, e o segundo com o quarto (abab).
- Interpolada ou
intercalada:
O primeiro verso rima com o quarto, e o segundo com o terceiro (abba).
- Emparelhada: O primeiro verso
rima com o segundo, e o terceiro com o quarto (aabb).
- Encadeada ou internas: Quando rimam
palavras que estão no fim do verso e no interior do verso seguinte:
- Misturadas: Não tem ordem
determinada entre as rimas.
=> Ritmo
- Considerado por muitos como sendo a mística da palavra, o
ritmo é uma alternação uniforme de sílabas tônicas e não tônicas em cada verso
de uma composição poética. O ritmo de um poema ainda tem muito a ver com a
metrificação e a correspondência sonora provocada pela rima. Todo esse conjunto
de elementos determina o ritmo da obra.
=> Quanto à estrutura, o cordel pode ser
dividido em quintilha (cinco versos), sextilha (seis versos), setilha (sete
versos), quadrão (oito versos) e décima ou martelo (dez versos).
=> Uma forte
característica dos folhetos de cordel é sem dúvida suas xilogravuras. Xilo vem do grego e significa madeira. Xilogravura, é a arte de gravar
em madeira. Primeiro o artista esculpe na madeira o que deseja desenhar,
depois ele imprime no papel o desenho
feito.
http://www.spectrumgothic.com.br/literatura/elementos.htm
14 - Pesquisar na internet (em casa) a biografia de
Patativa do Assaré e outros cordéis, para na próxima aula, ler para o colegas e
colocar no mural.
Produção
um folheto de cordel
1 - Produzir,
individualmente, um texto literário que se enquadre nas características
cordelistas (regionalismo, narrativa com rimas, humor e metáforas).
Materiais:
Algumas folhas de papel reciclado tamanho A4
(ou coloridas)
1 bandeja de isopor (usada para colocar
frutas ou frios)
Tinta guache preta
1 palito de churrasco
Tesoura
1 rolinho de espuma
1 pincel largo
1 grampo de pendurar roupa em varal.
Desenvolvimento:
1 – Leia estes versos:
CORDEL: HISTÓRIA DE
CIDADE DE SÃO PAULO
Vou
contar no meu cordel
De uma forma tão bacana
Vou rimar cada palavra
Como quem brinca gincana
Pra mostrar como nasceu
Nossa terra paulistana.
(...)
De uma forma tão bacana
Vou rimar cada palavra
Como quem brinca gincana
Pra mostrar como nasceu
Nossa terra paulistana.
(...)
Tem
mineiro e tem baiano
Tem quem veio de Natal
Tem quem é do interior
Tem quem é do litoral
Todos foram e são bem vindos
Nesta linda capital.
Tem quem veio de Natal
Tem quem é do interior
Tem quem é do litoral
Todos foram e são bem vindos
Nesta linda capital.
2 - Escolha um tema (pode ser “O lugar onde
vivo).
3 - Liste algumas informações a seu respeito tema
escolhido.
4 - Faça uma
lista de palavras que rimam.
5 – Empregue a comparação e metáfora.
6 - Faça estrofes em forma de sextilhas
falando sobre o assunto.
7 - Escolha um título para seu cordel.
8 - Dobre uma folha de papel em 4.
9 - Recorte as partes (de cima ou de baixo)
para liberar as folhas do cordel.
10 - Tire as bordas da bandeja de isopor e deixe-a
do tamanho de seu cordel.
11 - Faça sua capa no isopor desenhando com
caneta e colocando acima o título e abaixo seu nome e a data; ATENÇÃO! Para
imprimir, você precisará escrever ao contrário!
12 - Com o palito de churrasco, cubra o
desenho e a escrita. Você precisa afundar bem o palito para fixar o que deseja
imprimir.
13 - Espalhe a guache por toda a placa de
isopor com a ajuda do rolinho de espuma.
14 - Depois de ter preenchido a bandeja
inteirinha, pegue uma folha e a pressione, passando uma régua sobre toda a
região da placa pintada.
15 - Devagar, puxe a folha e veja como a
impressão sai perfeita, como se fosse mesmo uma xilo.
16 - Escreva seu poema, já corrigido, nas páginas restantes.
17 - Grampeie as folhas... Pronto, seu cordel
está terminado!
Quadrinhas divertidas
Trabalhar
com a noção de ritmo, criando quadras com base no poema “O buraco do tatu”, de
Sérgio Caparelli.
1
– Formar grupos de três ou mais alunos, propondo que façam a leitura em voz
alta do poema (Coletânea de poemas, página 6).
O buraco do tatu
O tatu cava um
buraco
À procura de uma
lebre,
Quando sai pra se
coçar,
Já está em Porto Alegre.
O tatu cava um
buraco,
E fura a terra com
gana,
Quando sai pra
respirar,
Já está em
Copacabana.
O tatu cava um
buraco
E retira a terra
aos montes,
Quando sai pra
beber água,
Já está em Belo
Horizonte.
O tatu cava um
buraco,
Dia e noite, noite
e dia,
Quando sai pra
descansar,
Já está lá na
Bahia.
O tatu cava um buraco,
Tira terra, muita terra,
Quando sai por falta de ar,
Já está na Inglaterra.
O tatu cava um buraco
E some dentro do chão,
Quando sai pra respirar,
Já está lá no Japão.
O tatu cava um buraco,
Um buraco muito fundo,
Quando sai pra descansar,
Já está no fim do mundo.
O tatu cava um buraco,
Perde o fôlego, geme, sua.
Quando quer voltar atrás
Leva um susto. Está na Lua.
Sérgio Caparelli 111 poemas para crianças.
Porto Alegre: L& PM, 2008.
2
– Retomar os conhecimentos que os alunos já dominam a respeito do gênero e e
observar com eles:
=>
a regularidade das estrofes (quartetos ou quadras);
=>
o tamanho dos versos (7 sílabas poéticas);
=>
as rimas (entre segundo e quarto versos de cada estrofe);
=>
a repetição de versos, de palavras, de expressões.
3 – Propor mais questões.
a)
Escreva
as figuras de linguagem que o autor empregou neste poema.
____________________________________
___________________________________
___________________________________
b)
Onde
o autor empregou as rimas.
_________________________________
_________________________________
__________________________________
c)
Cite
a diferença de agrupamento dos versos entre os dois poemas (“Emigração e as
consequências” / “O buraco do tatu”).
____________________________________
____________________________________
____________________________________
d)
Que
nome recebe essas formas de agrupamentos dos
versos?
____________________________________
____________________________________
____________________________________
4 - Observada a regularidade do poema “ O buraco do
tatu”, quanto ao número de versos nas
estrofes, dizemos que ele é composto de
( A ) sextetos ou sextilhas
( B ) ternos ou tercetos
( C ) duetos ou dobros
( D ) quartetos ou quadras
5 – Neste poema, “ O buraco do tatu”, as rimas se
encontram
( A ) entre o segundo e o quarto verso de cada
estrofe.
( B ) entre o primeiro e o terceiro verso de cada
estrofe.
( C ) entre o primeiro e o último verso de cada
estrofe.
( D ) entre o terceiro e o quarto verso de cada
estrofe.
6 - Qual é o verso que se repete em todas as
estrofes?
_____________________________________
_____________________________________
_____________________________________
6
– Transcreva do texto, a sequência de ações do tatu
após cavar um buraco.
_____________________________________
_____________________________________
____________________________________
9 - Relacione as localidades citadas no poema.
(a) Porto
alegre ( ) país da Ásia
(b)
Copacabana (
) satélite natural da Terra
(c) Belo
Horizonte (
) Minas Gerais
(d) Bahia ( ) estado do Brasil
(e)
Inglaterra ( ) Rio Grande do Sul
(f) Japão ( ) bairro do Rio de Janeiro
(g) Lua ( ) país da Europa
Observando
dificuldade dos alunos, é relevante lembrar:
> Porto
Alegre
é uma cidade, capital do Rio Grande do Sul, no Brasil.
> Copacabana é um bairro da
cidade do Rio de Janeiro, Brasil.
> Bahia é um estado
pertencente à região nordeste do Brasil.
> Inglaterra é um país que fica
no continente europeu.
> Japão é outro país que fica
no continente asiático.
> Pólo
Norte
é a região que se localiza no extremo Norte do planeta.
> A
lua
é o único satélite natural da Terra.
É importante utilizar
um atlas nesta atividade.
10
- Ler a paródia do poema “ O buraco do tatu” feita por aluno de uma escola.
O tatu cava um buraco O tatu cava um buraco
A procura de um ninho A procura de uma pá
Quando sai pra se coçar Quando sai pra descansar
Já está em Rio Negrinho Já está no Paraná
Mayara
Lopes Viviane Telma
O tatu cava um buraco O tatu cava um buraco
A procura de comida A procura de um kiwi
Quando sai pra se coçar Quando sai pra se coçar
Já está em Curitiba Já está no Piauí
O tatu cava um buraco O tatu cava um buraco
A procura de comida A procura de um kiwi
Quando sai pra se coçar Quando sai pra se coçar
Já está em Curitiba Já está no Piauí
Marília
Ferraz Franciele Linzmeyer
11 – Propor a produção de uma paródia.
a) Agora
é sua vez. Faça também uma paródia do poema de Sérgio Caparelli. Inclua a
cidade natal e outro lugar que você goste ou que já tenha visitado no roteiro
do tatu.
Lembre-se:
>
primeiro: rascunho;
>
segundo: leitura do rascunho e a correção necessária;
>
terceiro: passar o texto a limpo com capricho
b)
Socialize sua produção.
c)
Na aula no laboratório de informática, digitar
sua produção no Documento do
Microsoft Word e salvar na pasta da
classe.
OFICINA
10 - O lugar onde vivo
Objetivos
Objetivos
·
Estudar
poemas de diferentes autores sobre a terra natal
·
Resgatar
informações, conhecimentos e sentimentos dos alunos sobre o lugar onde vive
Material
·
Imagens
da cidade do Rio de Janeiro
·
Imagens
de uma cidade pequenina, com a torre da igreja bem visível
·
Coletânea
de poemas
·
CD-ROM
de poemas
·
Aparelho
de som
·
Datashow
·
Dicionário
de Língua Portuguesa
·
Computador
O lugar onde o poeta
vive
Desenvolvimento:
1 –
Promover uma conversa inicial.
a) Vocês
conhecem o Rio de Janeiro?
b) Já
viram fotos ou imagens na televisão deste estado brasileiro?
c) Já
viram fotos ou imagens do Cristo Redentor, no Corcovado?
d) O que
vocês conhecem mais dessa cidade?
e) O que mais os impressiona nesse lugar?
3 – Efetuar
a leitura em voz alta do poema “Milagre no Corcovado”,
Coletânea de poemas, página 8.
Milagre no Corcovado
Todas
as
noites
de
céu nublado
no
Corcovado
faz
seu milagre
o
Redentor:
fica
pousado
no
algodão-doce
iluminado
como
se fosse
de
isopor.
Mas
todos sabem
que
bem de perto
esse
Jesus
é
um gigante
de
mais de mil
e
cem toneladas...
Suba
de trem,
vá
pela estrada,
quem
chega lá,
ao
pé do Cristo,
vira
mosquito.
E
olhando em volta
para
a cidade
de
ponta a ponta
maravilhosa
a
gente sente
um
arrepio:
o
milagre
é
o próprio Rio!
Ângela Leite de Souza. Meus Rios. Belo Horizonte: Formato, 2000.
a) Qual é o tema deste
poema?
b) Do que fala a autora?
c) O que a poetisa quis
nos mostrar?
d) Há rima? Onde se
encontram?
e) Os versos tem o mesmo
tamanho?
f) O ritmo deste poema é
marcado ou não?
g) Ocorre repetições de
palavras, de versos, de letras?
h) O poema fala de dois
milagres. Em que versos localizam-se?
i) Qual o sentido da
expressão “algodão doce”? Trata-se de linguagem própria ou figurada?
j) A segunda estrofe começa
com a palavra “mas” que indica oposição, assim, a primeira estrofe se opõe à
segunda. Mostre essa oposição, justificando.
k) “... a gente sente / um arrepio: / o milagre /
é o próprio Rio!” Qual seria a causa do “arrepio”?
Uma análise
aprimorada
Rimas
consoantes - São aquelas que apresentam correspondência sonora tantp das vogais
quanto das consoantes. Na primeira estrofe: nublado
/ Corcovado; redentor
/ isopor. Segunda estrofe: tonelada / estrada; arrepio / rio.
Os versos, na maioria, são curtos; a sonoridade e o ritmo do poema são marcados. Repete-se a palavra “milagre” duas vezes: uma, na primeira estrofe; outra, na segunda, além de ela figurar no título do poema. O primeiro “milagre”, no texto, está apresentado por meio de uma metáfora: “o Redentor: / fica pousado / no algodão-doce”.
Ela se complementa por uma comparação, com o termo comparativo expresso: iluminado / como se fosse / de isopor. Tanto “nuvem” quanto “isopor” indicam figuradamente a imagem vista pelos habitantes da cidade: a bruma que envolve a estátua, em tons de cinza-claro; e a própria estátua, branca, pairando acima delas.
O termo “mas”, indicador de oposição, separa as duas primeiras estrofes pelo seguinte motivo: o “milagre” da primeira é um efeito visual da noite nublada, uma espécie de ilusão de ótica, isto é, o olhar pensa ver o que o verso descreve, mas quem olha sabe que, na verdade, se trata de uma estátua acima das nuvens; o “milagre” da segunda é a vista real que se tem do alto do Corcovado: a paisagem da cidade maravilhosa, tão impressionante, que causa “arrepio” em quem a contempla.
Cidadezinha
Cidadezinha
cheia de graça...
Tão
pequenina que até causa dó!
Com
seus burricos a pastar na praça...
Sua
igrejinha de uma torre só...
Nuvens
que venham, nuvens e asas,
Não
param nunca nem um segundo...
E
fica a torre, sobre as velhas casas,
Fica
cismando como é vasto o mundo!...
Eu
que de longe venho perdido,
Sem
pouso fixo (a triste sina!)
Ah,
quem me dera ter lá nascido!
Lá
toda a vida poder morar!
Cidadezinha...
Tão pequenina
Que
toda cabe num só olhar...
Mario Quintana. Prosa
e verso. 9ª- ed. São Paulo: Globo, 2005. © by Elena Quintana
1- O tema do poema tem como
finalidade:
( A )
fazer um retrato da cidade.
( B )
falar da igrejinha de uma torre só.
( C )
incentivar o poeta a se mudar para a cidadezinha.
( D )
comparar a cidadezinha com o vasto mundo.
2 - O poema tem o tom sonoro:
( A )
alegre
( B ) feliz
( C ) melancólico
( D ) agitado
( B ) feliz
( C ) melancólico
( D ) agitado
3 -
Releia o texto e reescreva no caderno, a
descrição da cidade, do poema de Mário Quintana.
4 - A
Cidade do texto e a cidade em que você mora são parecidas ou diferentes?
Justifique sua resposta.
5 - O poema é composto de:
( A )
quatro estrofes.
( B )
quatro estrofes desiguais.
( C )
quatorze estrofes iguais.
( D )
quatorze estrofes desiguais.
6 - As estrofes do poema são formadas de:
( A ) um
quarteto e três tercetos.
( B ) um
terceto e três quartetos
( C )
dois quartetos e dois tercetos
( D )
dois quartetos e um terceto
7 - As rimas dos quartetos se encontram
( A ) nos
versos
pares.
( B ) nos
versos ímpares.
(C) em
todos os versos.
(D) nos
versos pares e impares.
8 - Nos tercetos, as rimas aparecem
( A ) nos
versos 1 e 3.
( B ) nos versos 1 e 2.
( C ) nos versos 2 e 3.
( B ) nos versos 1 e 2.
( C ) nos versos 2 e 3.
(D) nos
versos 1, 2 e 3.
9 - Podemos afirmar que o ritmo do poema é:
( A )
irregular e sem cadência.
( B )
regular e cadenciado.
( C )
atravessado e irregular.
( D ) sem
ritmo e desarmônico.
10 - “Nuvens que venham, nuvens e
asas. Não param nunca, nem um segundo...” – Estes versos sugerem:
( A )
estagnação.
( B )
paralisação.
( C )
movimento.
( D )
grandeza.
11 - Qual
elemento do poema sugere a imagem de altura?
12 - Quem
é que fica “cismando”?
(A)
A cidadezinha.
(B)
A praça.
(C) A igrejinha.
(D)A torre.
13 - Qual
é a figura de linguagem empregada neste caso?
(A) Comparação.
(B) Metáfora.
(C)
Personificação.
(D) Não
há figura de linguagem.
14 - “Tão
pequenina que cabe num só olhar”. – A que distância o poeta contemplou a cidade
e como você descobriu isso?
Temas semelhantes, recursos
parecidos
1 – Reler os dois
poemas e fazer a comparação.
a) Qual é o
tema dois poemas (“Milagre no Corcovado” e “Cidadezinha”?
b) Sobre o que
fala os autores?
c) Fechando os
olhos, vocês conseguem imaginar o que a poetisa quis nos mostrar em seu poema “Milagre no Corcovado”?
d) Vocês conseguem
imaginar a “Cidadezinha” que Quintana descreve em seu poema? Como é essa
cidade? É parecida ou muito diferente da nossa cidade?
e) Por que eles
tratam do mesmo assunto e ainda assim têm títulos diferentes?
f) O que os
títulos dizem para quem vai ler os poemas?
g) Que recurso
poético Quintana usou em seu poema? Será que ele só se preocupou em encontrar
as rimas ou também conseguiu mostrar como era a cidadezinha?
h) E no poema
“Milagre no Corcovado”, a autora empregou
rimas? Que outros recursos poéticos ela usou?
2 - O que esses dois poemas lidos têm em
comum?
( )
Os dois poemas são compostos em versos com rimas, agrupados em estrofes.
( ) Os dois poemas não apresentam nenhuma
figura de linguagem.
( ) Apresentam rimas, ritmo marcado e repetições.
( ) Ambos empregam figuras de linguagem.
( ) Os dois poetas falam afetuosamente da cidade que descrevem.
( ) Apresentam rimas, ritmo marcado e repetições.
( ) Ambos empregam figuras de linguagem.
( ) Os dois poetas falam afetuosamente da cidade que descrevem.
( ) Os títulos são iguais.
( ) Observa-se nos dois poemas: visão a
distância; descrição de um monumento alto; presença de nuvens que sugerem sonho
e tom de cinza claro, dando cor e movimento ao quadro descrito.
( ) O modo como os autores falam da cidade,
indicando que gostam muito dela.
3 – Diferenças observadas.
3 – Diferenças observadas.
( ) No
primeiro poema o autor observa-se um tom
de entusiasmo, no segundo, melancólico.
( ) O primeiro poema tem três estrofes
desiguais: 1 oitava (estrofe com 8 versos), 1 décima (estrofe com dez versos), 1 irregular
( estrofe mais de dez versos
recebem a denominação de irregulares;
e o segundo, quatro estrofes desiguais: 2 quartetos (estrofe de 4 versos), seguidos de 2 tercetos (estrofes com 3
versos).
(
) O primeiro poema tem versos
curtos e o segundo, veros longos.
( ) No poema “Milagre do Corcovado”, há
metáfora e comparação, no “Cidadezinha”, personificação e diminutivos.
( ) Não há diferenças.
4 – Indique qual dos dois poemas lhe agradou
mais. Justifique sua resposta.
Produção
1 – Devolver para os alunos a escrita do ensaio
do primeiro poema (oficina 3), solicitando uma nova olhada e restruturação. Não
devem esquecer que o tema do poema (“O lugar onde vivo”) não pode ser usado
como título,
Para casa
1 – Pesquisar fotos, cartões postais, imagens e
outras informações na internet, jornais revista do lugar onde vive e trazer
para a próxima aula.
2 – Enviar as autorizações para os pais ou responsáveis assinarem referente
ao passeio pelos arredores da escola, que será realizado na próxima aula.
OFICINA 11 -
Um novo olhar
Objetivos
·
Possibilitar
um olhar novo e original sobre o lugar onde os alunos vivem
Material
·
Imagem
do lugar onde vivem os alunos
·
Coletânea
de poemas
·
Canetas
hidrográficas coloridas
·
Datashow
Desenvolvimento:
1 – Fazer um passeio (primeira atividade do
cronograma do período) pelos arredores da escola, observando detalhes num olhar diferente daquele do dia a dia.
Explicar que, para
escrevermos sobre o lugar onde vivemos, é preciso antes de tudo saber como
olhar pra esse lugar. Tem de ser um olhar minucioso, como nos explica Alberto
Caeiro:
Não basta abrir a janela
Para ver os campos e rios.
Não é bastante não ser cego
Para ver as árvores e flores.
O que o poeta quis dizer com esses versos?
Para ver os campos e rios.
Não é bastante não ser cego
Para ver as árvores e flores.
O que o poeta quis dizer com esses versos?
Conclui-se que devemos ter uma forma diferente e renovada de olhar o lugar onde vivemos. Não olharmos as coisas com pressa ou de maneira superficial. É preciso observar tudo, até as coisas mínimas que podem estar ocultas ou não ser percebidas e enxergar a poesia que há em tudo.
Lembrete:
Cada
aluno deve ter em mãos a autorização dos pais ou responsáveis para este
passeio.
2 – Já de volta do passeio, propor as questões:
a) Quais os espaços
interessantes que os impressionam? O que vocês viram?
b) Que cores predominam na paisagem
observada?
c) Quais os ruídos desse lugar?
d) O sol, as nuvens, o calor, o
frio...que sensações despertam?
e) Que aspectos
vocês destacariam desse lugar?
f) Se tivessem que descrever esse
lugar para pessoas que não o conhecem, como o fariam?
3 – Falar que alguns poetas cantam lugares que visitam ou onde residiram por um tempo.
Manuel Bandeira, por exemplo, tem na sua infância um dos seus temas preferidos;
como ele a passou no Recife-PE, essa cidade está muito presente em seus poemas.
Da mesma forma, a vivência interiorana e a paisagem de Minas Gerais marcam a
obra de Carlos Drummond de Andrade. Já na obra de Mário de Andrade, figura
emblemática do modernismo brasileiro, a paisagem frequente é a cidade de São
Paulo.
4 – Ler os dois poemas, escritos por poetas que retratam o lugar onde viveram. Encontram-se na Coletânea de poemas, página 15.
Confidência do itabirano
Alguns anos vivi em Itabira.
Principalmente nasci em Itabira.
Por isso sou triste, orgulhoso: de ferro.
Noventa por cento de ferro nas calçadas.
Oitenta por cento de ferro nas almas...
Carlos Drummond de Andrade. Sentimento do mundo. Rio de Janeiro: Record, 2001.
Alma cabocla
E, na doçura que encerra
Esta simpleza daqui,
Viver de novo, na serra,
Entre as gentes desta terra,
A vida que eu já vivi...
Paulo Setúbal. Obras completas. São Paulo: Saraiva, 1958.
E, na doçura que encerra
Esta simpleza daqui,
Viver de novo, na serra,
Entre as gentes desta terra,
A vida que eu já vivi...
Paulo Setúbal. Obras completas. São Paulo: Saraiva, 1958.
a) O que estes poetas retratam em seus poemas?
b) Vocês conhecem ou já ouviram falar destes
ligares?
c) Que sentimento demonstra o eu poético de cada
poema sobre a terra natal?
Comentar
que Itabira fica numa região rica em ferro e a maioria
dos moradores dessa cidade, na infância do poeta Carlos Drummond de Andrade,
trabalhava na mineração.
Paulo Setúbal nasceu em 01 de
janeiro de 1893, na cidade de Tatuí/SP formou-se, em 1914, bacharel
em Direito, em São Paulo. Na época já havia tido poema publicado na primeira
página do jornal A Tarde.
Em 1920 ocorreu a publicação de seu livro de poesia Alma Cabloca, cuja edição, de três mil
exemplares, esgotou-se em um mês. Entre 1925 e 1935 publicou vários romances
históricos, entre eles A
Marquesa de Santos, O
Príncipe de Nassau e A
Bandeira de Fernão Dias. Em 1926, trabalhou como colaborador do
jornal O Estado de S. Paulo.
Nos anos de 1928 e 1930 foi deputado estadual, mas renunciou ao
mandato por ter agravada sua tuberculose.
5 - Fazer levantamento do material pedido na
pesquisa feita em casa ( fotos, cartões postais, imagens e outras informações do
lugar onde vive).
6 – Projetar no Datashow imagens de pontos
importantes da cidade e promover uma discussão a respeito.
7 – Resgatar, em grupo, o que viram no passeio
pelos arredores da escola. Escrever no caderno palavras ou frases sobre o que
viram e observaram, retratando assim, as impressões, sensações e sentimentos
que tiveram.
8 – Montar com os alunos um painel, na lousa ou em
uma parede da sala de aula, utilizando cartolina ou papel pardo e explicar que
esse espaço representa o lugar onde eles vivem. Podem usar o material pedido na
pesquisa feita em casa, dados,
sentimentos obtidos com as imagens projetadas (questão 6), as palavras e
frases elaboradas na questão 7, lápis,
tinta, até sucata. O produto final deve mostrar como a cidade é vista por cada
um deles.
9 – Observar atentamente o resultado e conversar sobre o painel.
a)
Todas as propostas foram incorporadas?
b)
Esquecemos alguma?
c)
O que mais podemos falar a respeito do lugar em que
vivemos?
d)
Vamos acrescentar mais elementos? Quais?
OFICINA 12 -
Nosso poema
Objetivo
·
Produzir
um texto coletivo sobre o local onde vivem os alunos
Material
·
Mural
de poemas da oficina 11
·
Coletânea
de poemas
·
Dicionário
de Língua Portuguesa
Um
passeio pelas oficinas
Desenvolvimento:
1 – Propor a observação do mural de poemas e um
relato do que aprenderam até aqui.
2 – Fazer um quadro resumo (na lousa) do que foi realizado e aprendido ao o longo das oficinas. Em seguida cada aluno deve registrar no caderno.
2 – Fazer um quadro resumo (na lousa) do que foi realizado e aprendido ao o longo das oficinas. Em seguida cada aluno deve registrar no caderno.
=>
Audição e leitura de vários poemas.
=> Aprendizagem do significado de várias
palavras: poema, poesia, poeta, verso, estrofe, estilo, tema, título, figuras,
denotação, conotação, aliteração.
=> Descoberta de que o poema pode falar dos mais
diversos assuntos, um deles é a cidade em
que se vive.
=> A escolha do
assunto é apenas o primeiro passo. É importante que, ao produzir o poema, o
autor se lembre das características desse gênero e as empregue no texto.
=> Aprendizagem da ocupação, pelo poema,
do espaço da folha de papel; ritmo regular ou irregular; repetições de palavras
e de versos; paralelismo ou repetição da mesma construção sintática.
=> O poeta usa linguagem de maneira diferente da que
empregamos no dia a dia. Ele faz uso dos recursos poéticos, como rima,
aliteração, repetições, comparação, metáfora e personificação.
=> Os recursos poéticos contribuem para o
sentido do poema – um passo fundamental para compreender e interpretar o texto.
=> O eu poético é quando o poeta expressa sentimentos que
não sentiu necessariamente, ou sentiu com uma outra intensidade da realidade,
tratando-se então de não ser seu “eu” real, mas de um “eu” poético, ou lírico.
O poema coletivo
1 – Voltar ao painel montado na oficina 11 para decidir do que o poema vai falar, e selecionar o que entrará no texto.
1 – Voltar ao painel montado na oficina 11 para decidir do que o poema vai falar, e selecionar o que entrará no texto.
2
– Copiar na lousa os aspectos selecionados
3
– Fazer uma análise dos itens escolhidos para saber se são suficientes. Para isso
lançar as questões:
a)
O
lugar onde vivemos é realmente assim?
b)
Será
que não estamos nos esquecendo de coisas importantes?
c)
Não
estamos falando de um número excessivo de aspectos?
d)
O
assunto está bem delimitado?
4 – Um aluno, escolhido pela turma, escreve
na lousa os versos criados em conjunto, utilizando os aspectos selecionados no
painel da oficina 11 e acrescentado outros novos.
5 – Efetuar a releitura (aluno ou professor)
a cada verso, estrofe, seguida da
reescrita dos mesmos, se for necessário. Utilizar a coletânea de poemas, o
dicionário para alguma boa sugestão.
6 – Escolher um título para o poema. Para
isso, propor a escrita na lousa de uma lista de sugestão de títulos. Em seguida fazer a votação do melhor
título.
7 – Composto o poema, promover (professor)
uma reflexão, observando se os conteúdos
aprendidos nas oficinas foram refletidos e alguns utilizados com conhecimento.
a) O título do poema é criativo? Ele motiva
os leitores a conhecerem o poema?
b) O texto tratou do tema “O lugar onde vivo?”
c)
Foi destacado um local ou um aspecto específico da cidade?
d) Os autores conseguiram mostrar como é o lugar
onde vivem? Seria possível apresentar sugestão para aperfeiçoar o retrato
apresentado no poema?
e) O poema tem um ritmo harmonioso?
f) O poema possui organização em versos e
estrofes; ocupação da página pelo texto, com margens à direita e à esquerda?
g) O poema apresenta efeitos sonoros (ritmo
marcado e rimas)?
h) Que figura de linguagem foi empregada no
poema?
8 – Solicitar que cada um dos alunos copie o
poema no seu caderno.
9) Tirar uma cópia deste poema e colocar no
mural da sala para que possa inspirar a produção final.
Observação:
Digitar este poema no Documento do Microsoft Word e salvar na pasta da classe.
Digitar este poema no Documento do Microsoft Word e salvar na pasta da classe.
OFICINA 13 - Virando poeta
Objetivo
Objetivo
·
Escrever
um poema individualmente sobre o tema “O lugar onde vivo”
Material
·
Coletânea
de poemas
·
Datashow
·
Dicionário
de Língua Portuguesa
Desenvolvimento:
1 – Iniciar falando que nesta oficina cada um
vai escrever o seu poema sobre o lugar onde vive de forma a despertar o
interesse dos leitores e a vontade de conhecer o local retratado. Cada autor
(aluno) deve exprimir no texto sua visão
pessoal e original desse lugar. Um dos textos produzidos será escolhido
para concorrer a uma premiação na Olimpíada;
e também a produção de cada um fará parte do livro da turma.
2 – Projetar no Datashow o poema de
Carla Marinho Xavier, vencedora da categoria “Poesia” da terceira edição do
Prêmio Escrevendo o Futuro, em 2006, para leitura e analise dos recursos
utilizados pela autora.
O mundo dentro da represa do Frade
A represa é presa
Presa com água
E feita de pedra, pesada
Com mil toneladas de água
Lá embaixo os peixes:
Cascudo, cará, carapeba
Brincam de esconde-esconde
Se entocando nas pedras.
Desce a correnteza, correndo
Descansa na represa
E cai pelo caidor
Fazendo cócegas nas pedras
A água de baixo
Temendo a água de cima
Faz onda para escapar
Fugindo para outro lugar
Sobre a estreita ponte
O danado do vento
Vem assustar a gente
Com seu sopro violento
As árvores nas beiras
Se seguram na areia
Temerosas
Não querem ser levadas
Pela força da correnteza
Da minha janela vejo esse
mundo:
Um mundo dentro do outro
Preso nas maravilhas da represa.
Análise dos recursos que Carla usou para fugir do lugar comum e mostrar
um olhar único sobre sua terra
=> Título: O mundo dentro da represa do Frade - é sugestivo - instiga o
leitor e, ao mesmo tempo, antecipa o conteúdo do poema.
=> 1ª estrofe: revela de forma muito original os elementos da represa.
=> Na 2ª, 3ª e 4ª estrofe:
Observa-se personificação de peixes e elementos da natureza: os peixes
“brincam”; a água de cima teme a de baixo; a água também faz cócegas; o vento
assusta as pessoas e as árvores tem medo.
=> Na 5ª estrofe: O texto encanta o leitor, ao ultrapassar o lugar
comum, brincando com o sentido das palavras.
=> Na 6ª estrofe: Observa-se aliterações. Por exemplo: o som “s”.
=> Na 7ª estrofe: A autora conclui o poema reafirmando seu olhar único
e pessoal sobre o lugar onde vive, com uma metáfora, nos dois versos finais:
“Um mundo dentro do outro / Preso nas maravilhas da represa.”
=> rimas: Há rimas ocasionais.
=> A sonoridade: é conseguida com repetição de palavras, sílabas ou
letras ao longo dos versos. Por exemplo: represa / presa; presa / pedra; pesada / peixes; água/ água;
água / água; cascudo / cará; carapeba / cai / caidor / cócegas / escapar / correnteza; esconde
/ esconde; desce / descansa; faz / fugindo / força; vento / vem / violento; mundo /
mundo; minha / mundo / muralha; represa
(inicio) / represa (final).
A produção
1 – Pensar no tema “ O lugar onde
vivo” e escolher qual aspecto da cidade vai tratar.
2 – Tomar algumas decisões levando em
conta as características do poema:
·
O poema terá rimas ou não? Regulares ou irregulares?
·
O poema será composto em quadras ou em outro tipo de estrofe?
·
Que tipo de repetições o poema terá? Aliterações, repetições de palavras
ou versos? Todas elas? Algumas delas?
·
Como fazer para que o poema tenha um ritmo harmônico e cadenciado? Ou
ele terá versos irregulares, longos, ressaltando num ritmo solto, diferenciado
em cada um dos versos?
·
É preciso empregar comparações ou criar metáforas e personificações?
3 – Com as decisões tomadas, escrever
a versão final do poema sobre o lugar onde vive de forma a:
·
exprimir, no texto, a visão pessoal e original desse lugar;
· despertar
o interesse dos leitores e a vontade de conhecer o local retratado;
·
usar os recursos poéticos
estudados ao longo das oficinas.
Se quiser, pode
utilizar o primeiro ensaio (texto produzido na oficina 3)
aprimorando-o.
Lembrete:
·
Evitar rimas comuns ou “fáceis”, como o diminutivo e o aumentativo
(“inho” / “ão”). Rimas ricas são formadas com palavras de categorias
gramaticais diferentes, por exemplo:
adjetivos com substantivos; substantivos
com verbos. Este tipo de rima é um recurso que deve ser lembrado.
Oficina 14 –
Retoque final
Objetivo
● Aprimorar
os poemas produzidos
Material
·
Poemas produzidos pelos alunos
·
Caderno, lápis ou caneta
·
Dicionário de Língua Portuguesa
Desenvolvimento:
1 – Iniciar
falando que, para chegar à forma final
dos poemas, mesmo os poetas consagrados costumam reescrevê-los várias vezes, em
busca da palavra exata, da forma mais expressiva, do verso mais sonoro e
sugestivo. É o que todos vão fazer: reescrever o seu poema, fazendo as devidas
correções, de forma a produzir um texto original e criativo que possa seduzir o
leitor.
2 - Copiar na
lousa exemplos de estrofes que devem ser melhoradas, solicitando o registro no
caderno.
O lugar onde vivo
Minha cidade é bela
É
mesmo especial
Eu
gosto muito dela
É
tudo muito legal
Lá
tem muita coisa legal
Alegria
e felicidade
Outra
não tem igual
Assim
é minha cidade.
a) O que acham do
título? Por meio dele é possível imaginar como é esse lugar?
b) O título do
poema repete o tema proposto: “O lugar onde vivo”. Se o autor procurasse um
título mais sugestivo, o poema ganharia mais qualidade?
c) O autor
consegue mostrar como é o lugar onde vive? Seria possível apresentar sugestão
para aperfeiçoar o retrato apresentado no poema?
d) O autor usa
duas vezes a palavra “legal”. Esse pode ser considerado um exemplo de repetição
criativa? Por quê?
Concluir que:
Neste poema, o autor não consegue mostrar ao leitor o lugar onde vive.
Seria preciso transformar os versos, mostrando como é esse lugar. Informações
mais detalhadas poderiam revelar o olhar e as impressões do autor sobre
o lugar de que fala.
A repetição pode ser recurso que dá ritmo ao poema. Mas, nesse caso,
parece que a palavra “legal” foi repetida porque o autor não procurou
alternativa. Ele deveria ter buscado outras palavras. Do modo como está, a
descrição fica incompleta, o leitor não consegue imaginar como é a cidade nem
fica com vontade de conhecê-la.
3 – Copiar na
lousa uma outra estrofe para os alunos
verificar se há algum termo que pode ser
eliminado, aperfeiçoando o ritmo e deixando mais elegante o estilo.
A
escola onde eu estudo
É
Imaculada Conceição
Que
muito tem se empenhado
Em
cumprir sua missão.
a) Que termos
devem ser eliminados, sem comprometer o sentido dos versos, para
aperfeiçoar o ritmo e deixar mais elegante o estilo?
Concluir que, para obter o ritmo
cadenciado e deixar mais elegante o estilo é possível eliminar: “que” e “é”, ficando
assim:
A
escola onde estudo
Imaculada
Conceição
Muito
tem se empenhado
Em
cumprir sua missão.
Passando a limpo
1 – Propor que
cada aluno analise a sua produção com
base nos itens abaixo.
● O
título do poema é criativo?
● O
texto tratou do tema “O lugar onde vivo”
mostrando características e peculiaridades do local?
·
É preciso fazer um recorte, uma delimitação do
assunto, destacando um local ou um aspecto específico da cidade?
● O
poema tem um ritmo harmonioso?
·
O poema apresenta alguns dos recursos estudados nas
oficinas, ou seja, possui organização em versos e estrofes; ocupação da página
pelo texto, com margens à direita e à esquerda; presença de efeitos sonoros:
ritmo marcado e rimas; repetição de letras, de palavras ou de expressões;
repetição da mesma construção (paralelismo sintático); emprego de figuras:
comparação, metáfora e personificação?
Observação:
O dicionário também é um recurso que pode ser usado para encontrar
sugestões de palavras.
2 - Depois da
reescrita aperfeiçoando o poema, passar a limpo o texto, com
letra legível, em uma filha de papel
almaço e entregar à professora.
3 - Na aula no
laboratório de informática, digitar
estes poemas no Documento do
Microsoft Word e salvar na pasta da classe, pois será
montado um livro com eles.
Pensando na exposição ao público
1 – Dizer aos alunos
que a fim de divulgar a leitura de
poemas e suas produções, eles vão
organizar um sarau na escola. Sarau é um evento cultural
onde as pessoas se encontram para se expressarem artisticamente. Consiste em
uma reunião festiva com manifestações da dança, poemas, literatura, música,
teatro e também outras formas de arte como pintura e escultura.
Portanto, na
organização do sarau da classe é preciso pensar:
·
Em
que momento seria o mais oportuno? Como seria?
·
Que
lugar da escola seria mais apropriado?
·
Que
tipo de material seria utilizado para o sarau?
·
Que
nome seria mais criativo para este sarau?
·
Como
seria a decoração?
·
Que
poemas seriam apresentados?
·
Quem
os apresentaria?
·
Que
tipo de música (de fundo) tocaria?
2 – Escolher o
nome do sarau através de uma votação.
3 - Propor que
cada aluno escolha dois textos: o dele e um de outro autor, da Coletânea ou não
e começar a ensaiar.
4 - Conversar com os
alunos sobre a importância de se ler um poema com expressividade, com ritmo e
entonação adequados, observando a sonoridade das palavras, as ideias contidas
nele e que tipo de emoção pode provocar no interlocutor.
5 – Como reforço, colocar o CD-ROM (Poetas da
escola) para que os alunos ouçam os poemas contidos, observando a entonação, as
pausas, a expressividade utilizadas pelo
locutor.
6 – Para casa: Ensaiar
a leitura dos poemas escolhidos, cuidando da entonação de voz, fluência, ritmo
e dos sentimentos que o texto quer transmitir.
7 – Imprimir cópias das produções (quadras,
trava-língua, travatrovas, etc.) que foram digitadas no Documento do Microsoft Word e salvas na pasta da classe. Usar uma cópia
de cada de cada poema para montar uma
coletânea. As cópias restantes (em fonte
maior) utilizar em painéis que farão parte da decoração do ambiente escolhido
para o sarau.
8 – Produzir
convite, convidando os pais ,
responsáveis a comunidade escolar para apresentação de poemas escritos pelos
alunos e outros que serão declamados de autores conhecidos, consagrados.
Lembrete:
O convite pode ser feito de maneira artesanal
ou digitado no laboratório de informática.
Nos convites, devem constar informações
importantes, tais como:
Nome do evento
Lugar de realização do evento
Horário
9 - Confeccionar painéis expondo os poemas
lidos na primeira aula, as fotos dos alunos e outros registros realizados ao
longo das oficinas.
7 – Iniciar a organização e a decoração do
espaço onde ocorrerá o evento (sarau).
É
relevante lembrar que a decoração do ambiente para o sarau deve dar vida ao tema proposto,
ter alguns elementos que estimulem a criatividade como por exemplo obras
literárias, trechos de poemas de poetas famosos, desenhos ou pinturas: das mais abstratas às
mais concretas e até desenhos com o mínimo valor artístico. Dessa forma, é
possível que todos os presentes sintam o estímulo de produzir, independente das
suas habilidades técnicas.
Oficina 15 –
exposição ao público
Objetivo
● Organizar
um sarau para apresentação dos poemas
. Selecionar três poemas que serão enviados para a
Comissão Julgadora da escola
Material
·
Poemas produzidos pelos alunos e de autores
consagrados
·
Microfone e caixa de som
·
Outros materiais de acordo com a necessidade
Desenvolvimento:
1 – Efetuar os
retoques finais, junto com os alunos, da organização e decoração do ambiente (a
quadra da escola) para o sarau.
2 – Realizar o SARAU
MANHÃ POÉTICA (nome escolhido pelos alunos através de votação). Ocorrerá apresentação de poemas escritos pelos alunos e outros que serão
declamados de autores conhecidos, consagrados.
Essa é a hora de celebrar a conquista de todos. A vinda das famílias para a escola
prestigiar os alunos em suas produções e apresentações os faz sentirem
valorizados pelo trabalho feito, pela parte dos desafios vencidos...
3 – Após o sarau escolher junto com a classe os
três melhores poemas produzidos por eles, os quais serão enviados para a
Comissão Julgadora da escola.
4 – Reunir todos
os poemas escritos pelos alunos sobre o tema
“O lugar onde vivo” e enviar à
gráfica da cidade para impressão de livros.
5 – Após o
recebimento dos livros impressos promover uma Noite de Autógrafos, onde cada aluno autografará o livro.
Será mais um momento onde a comunidade, a família irá à escola prestigiar
os alunos.
W3
Interessantíssimo seu trabalho. Demonstra uma professora dedicada, que gosta do que faz e que não mede esforços para que as crianças aprendam. Parabéns. Abrs Mardilê
ResponderExcluiramei esse trabalho! Muito bem eleborado!PARABENS!
ResponderExcluirParabéns pelo seu excelente trabalho professora!!!
ResponderExcluirParabéns professora, muito boa a sugestão!
ResponderExcluirExcelente!!
ResponderExcluirMUITO BOM ESSE MATERIAL
ResponderExcluirDe excelência!Muito bom mesmo!👏👏👏👏👍
ResponderExcluirObrigada!!! Excelente trabalho. Vou usar com os meus alunos.
ResponderExcluirMaravilhoso trabalho! Parabéns prof! POde ser trabalhado em todo FII
ResponderExcluir