sábado, 1 de outubro de 2011

Navegando pela Wikipedia

         Navegando pela Wikipedia  encontrei  o texto  Dislexia”. Li  e achei interessante.  Dada  a  importância de seu conhecimento  aos professores  para a aplicação de ações eficazes que auxiliam  na  interação com o aluno disléxico  e  direcionam a  um melhor desempenho do mesmo publiquei no meu  blog, para socializá-lo.

Dislexia


         Dislexia (do grego Δυσλεξία, δυσ ["difícil"] e λέξις ["palavra"]) caracteriza-se por uma dificuldade na área da leitura, escrita e soletração. A dislexia costuma ser identificada nas salas de aula durante a alfabetização, sendo comum provocar uma defasagem inicial de aprendizado.

Introdução

         A dislexia é mais frequentemente caracterizada por dificuldade na aprendizagem da decodificação das palavras. Pessoas disléxicas apresentam dificuldades na associação do som à letra (o princípio do alfabeto); também costumam trocar letras, por exemplo, b com d, ou mesmo escrevê-las na ordem inversa, por exemplo, "ovóv" para vovó. A dislexia, contudo, é um problema visual, envolvendo o processamento da escrita no cérebro, sendo comum também confundir a direita com a esquerda no sentido espacial.   Esses sintomas podem coexistir ou mesmo confundir-se com características de vários outros factores de dificuldade de aprendizagem, tais como o déficit de atenção/hiperatividade, dispraxia, discalculia, e/ou disgrafia. Contudo a dislexia e as desordens do déficit de atenção e hiperatividade não estão correlacionados com problemas de desenvolvimento.

História

         Identificada pela primeira vez por BERKLAN em 1881, o termo 'dislexia' foi criado em 1887 por Rudolf Berlin, um oftalmologista de Stuttgart, Alemanha.   Ele usou o termo para se referir a um jovem que apresentava grande dificuldade no aprendizado da leitura e escrita ao mesmo tempo em que apresentava habilidades intelectuais normais em todos os outros aspectos.
         Em 1896, W. Pringle Morgan, um físico britânico de Seaford, Inglaterra publicou uma descrição de uma desordem específica de aprendizado na leitura no British Medical Journal, intitulado "Congenital Word Blindness". O artigo descreve o caso de um menino de 14 anos de idade que não havia aprendido a ler, demonstrando, contudo, inteligência normal e que realizava todas as atividades comuns de uma criança dessa idade.   Durante as décadas de 1890 e início de 1900, James Hinshelwood, oftalmologista escocês, publicou uma série de artigos nos jornais médicos descrevendo casos similares.
         Um dos primeiros pesquisadores principais a estudar a dislexia foi Samuel T. Orton, um neurologista que trabalhou inicialmente em vítimas de traumatismos. Em 1925 Orton conheceu o caso de um menino que não conseguia ler e que apresentava sintomas parecidos aos de algumas vítimas de traumatismo. Orton estudou as dificuldades de leitura e concluiu que havia uma síndrome não correlacionada a traumatismos neurológicos que provocava a dificuldade no aprendizado da leitura. Orton chamou essa condição por strephosymbolia (com o significado de 'símbolos trocados') para descrever sua teoria a respeito de indivíduos com dislexia.  Orton observou também que a dificuldade em leitura da dislexia aparentemente não estava correlacionada com dificuldades estritamente visuais.   Ele acreditava que essa condição era causada por uma falha na laterização do cérebro.   A hipótese referente à especialização dos hemisférios cerebrais de Orton foi alvo de novos estudos póstumos na década de 1980 e 1990, estabelecendo que o lado esquerdo do planum temporale,uma região cerebral associada ao processamento da linguagem é fisicamente maior que a região direita nos cérebros de pessoas não disléxicas; nas pessoas disléxicas, contudo, essas regiões são simétricas ou mesmo ligeiramente maior no lado direito do cérebro.
Pesquisadores estão atualmente buscando uma correlação neurológica e genética para a dificuldade em leitura.

Causas físicas

         Apesar de não haver um consenso dos cientistas sobre as causas da dislexia, pesquisas recentes apontam fortes evidências neurológicas para a dislexia. Vários pesquisadores sugerem uma origem genética para a dislexia.   Outro fator que vem sendo estudado é a exposição do feto a doses exageradas de testosterona, hormônio masculino, durante a sua formação in-útero no ramo de estudos da teratologia; nesse caso a maior incidência da dislexia em pessoas do sexo masculino seria explicada por abortos naturais de fetos do sexo feminino durante a gestação. Segundo essas teorias, a dislexia pode ser explicada por causas físico-químicas (genéticas ou hormonais) durante a concepção e a gestação,   dando uma explicação sobre os motivos de haver, aproximadamente, 4 pessoas disléxicas do sexo masculino para 1 do sexo feminino. Segundo essa abordagem da dislexia, ela é uma condição que manifesta-se por toda a vida não havendo cura. Em alguns casos remédios e estratégias de compensação auxiliam os disléxicos a conviver e superar suas dificuldades com a linguagem escrita.

Causas de má-formação congênita

         Nessa teoria as causas da dislexia têm origem numa má-formação congênita que devem ser corrigidas por meio de cirurgia e tratamentos medicinais. Seguindo essa teoria:
         Muitas dessas causas têm a ver com alterações do sistema craniossacral que precisam ser detectadas e corrigidas.
         Muitas outras causas se referem ao sistema proprioceptivo, um sistema que tem sido descurado pela medicina até muito recentemente.
         Muitas outras causas têm a ver com o sistema fascial (fáscia), que é um sistema ainda não muito falado mundialmente.

Fatores que Influenciam a Dislexia

         Os padrões de movimentos oculares são fundamentais para a leitura eficiente.
         São as fixações nos movimentos oculares que garantem que o leitor possa extrair informações visuais do texto. No entanto, algumas palavras são fixadas por um tempo maior que outras.
         Por que isso ocorre? Existiriam assim fatores que influenciam ou determinam ou afetam a facilidade ou dificuldade do reconhecimento de palavras, a saber:
  • familiaridade,
  • freqüência,
  • idade da aquisição,
  • repetição,
  • significado e contexto,
  • Regularidade de correspondência entre ortografia-som ou grafema-fonema, e
  • Interações.

A Dislexia como Fracasso Inesperado

         A dislexia é uma síndrome estudada no âmbito da Dislexiologia, um dos ramos da Psicolingüística Educacional. A Dislexiologia, definida como ciência da dislexia, é um termo criado pelo professor Vicente Martins (UVA), referindo-se aos estudos e pesquisas, no campo da Psicolingüística, que tratam das dificuldades de aprendizagem relacionadas com a linguagem escrita (dislexia, disgrafia e disortografia).
         A dislexia, segundo Jean Dubois et al. (1993, p.197), é um defeito de aprendizagem da leitura caracterizado por dificuldades na correspondência entre símbolos gráficos, às vezes mal reconhecidos, e fonemas, muitas vezes, mal identificados.
         A dislexia, segundo o lingüista, interessa de modo preponderante tanto à discriminação fonética quanto ao reconhecimento dos signos gráficos ou à transformação dos signos escritos em signos verbais.
         A dislexia, para a Lingüística, assim, não é uma doença, mas um fracasso inesperado (defeito) na aprendizagem da leitura, sendo, pois, uma síndrome de origem lingüística.
         As causas ou a etiologia da síndrome disléxica são várias e dependem do enfoque ou da análise do investigador. Aqui, tendemos a nos apoiar em aportes da análise lingüística e cognitiva ou simplesmente da Psicolingüística.
         Muitas das causas da dislexia resultam de estudos comparativos entre disléxicos e bons leitores. Podemos indicar as seguintes:
  • a) Hipótese de déficit perceptivo;
  • b) Hipótese de déficit fonológico, e
  • c) Hipótese de déficit na memória.
         Atualmente, os investigadores na área de Psicolingüística aplicada à educação escolar apresentam a hipótese de déficit fonológico como a que justificaria, por exemplo, o aparecimento de disléxicos com confusão espacial e articulatória.
         Desse modo, são considerados sintomas da dislexia relativos à leitura e escrita os seguintes erros:
  • erros por confusões na proximidade especial:
  • confusões por proximidade articulatória e seqüelas de distúrbios de fala:
    • a) confusões por proximidade articulatória;
    • b) omissões de grafemas, e
    • c) omissões de sílabas.
         As características lingüísticas, envolvendo as habilidades de leitura e escrita, mais marcantes das crianças disléxicas, são:
  • a acumulação e persistência de seus erros de soletração ao ler e de ortografia ao escrever;
  • confusão entre letras, sílabas ou palavras com diferenças sutis de grafia: a-o; c-o; e-c; f-t; h-n; i-j; m-n; v-u; etc;
  • confusão entre letras, sílabas ou palavras com grafia similar, mas com diferente orientação no espaço: b-d; b-p; d-b; d-p; d-q; n-u; w-m; a-e;
  • confusão entre letras que possuem um ponto de articulação comum, e, cujos sons são acusticamente próximos: d-t; j-x;c-g;m-b-p; v-f;
  • inversões parciais ou totais de sílabas ou palavras: me-em; sol-los; som-mos; sal-las; pal-pla.
         Segundo Mabel Condemarín (1987, p.23), outras perturbações da aprendizagem podem acompanhar os disléxicos,:
  • Alterações na memória
  • Alterações na memória de séries e seqüências
  • Orientação direita-esquerda
  • Linguagem escrita
  • Dificuldades em matemática
  • Confusão com relação às tarefas escolares
  • Pobreza de vocabulário
  • Escassez de conhecimentos prévios (memória de longo prazo)
         Agora, uma pergunta pode advir: Quais as causas ou fatores de ordem pedagógico-lingüística que favorecem a aparição das dislexias?
         De modo geral, indicaremos as causas de ordem pedagógica, a começar por:
         Atuação de docente não qualificado para o ensino da língua materna (por exemplo, um professor ou professora sem formação superior na área de magistério escolar ou sem formação pedagógica, em nível médio, que desconheça a fonologia aplicada à alfabetização ou conhecimentos lingüísticos e metalingüísticos aplicados aos processos de leitura e escrita).
  • Crianças com tendência à inversão
  • Crianças com deficiência de memória de curto prazo
  • Crianças com dificuldades na discriminação de fonemas (vogais e consoantes)
  • Vocabulário pobre
  • Alterações na relação figura-fundo
  • Conflitos emocionais
  • O meio social
  • As crianças com dislalia
  • Crianças com lesão cerebral
         No caso da criança em idade escolar, a Psicolingüística define a dislexia como um fracasso inesperado na aprendizagem da leitura (dislexia), da escrita (disgrafia) e da ortografia (disortografia) na idade prevista em que essas habilidades já devem ser automatizadas. É o que se denomina de dislexia de desenvolvimento.
         No caso de adulto, tais dificuldades quando ocorrem depois de um acidente vascular cerebral (AVC) ou traumatismo cerebral, dizemos que se trata de dislexia adquirida.

As Escolas

         Em Portugal, a maioria das escolas tem aulas especiais de apoio para crianças com dislexia, embora haja, muitas vezes, dificuldade em identificar a doença. No Brasil, a maioria das escolas não dá suporte a crianças e adolecentes com dislexia, algumas nem ao menos têm conhecimento do problema - tais alunos são tratados como os normais, e o possível baixo rendimento não é associado à consequência da doença.
         A dislexia, como dificuldade de aprendizagem, verificada na educação escolar, é um distúrbio de leitura e de escrita que ocorre na educação infantil e no ensino fundamental. Em geral, a criança tem dificuldade em aprender a ler e escrever e, especialmente, em escrever corretamente sem erros de ortografia, mesmo tendo o Quociente de Inteligência (QI) acima da média.
         Além do QI acima da média, o psicólogo Jesus Nicasio García, assinala que devem ser excluídas do diagnóstico do transtorno da leitura as crianças com deficiência mental, com escolarização escassa ou inadequada e com déficits auditivos ou visuais (1998, p. 144).
         Tomando por base a proposta de Mabel Condemarín (l989, p. 55), a dificuldade de aprendizagem relacionada com a linguagem (leitura, escrita e ortografia), pode ser inicial e informalmente (um diagnóstico mais preciso deve ser feito e confirmado por neurolingüista) diagnosticada pelo professor da língua materna, com formação na área de Letras e com habilitação em Pedagogia, que pode vir a realizar uma medição da velocidade da leitura da criança, utilizando, para tanto, a seguinte ficha de observação, com as seguintes questões a serem prontamente respondidas:
  • A criança movimenta os lábios ou murmura ao ler?
  • A criança movimenta a cabeça ao longo da linha?
  • Sua leitura silenciosa é mais rápida que a oral ou mantém o mesmo ritmo de velocidade?
  • A criança segue a linha com o dedo?
  • A criança faz excessivas fixações do olho ao longo da linha impressa?
  • A criança demonstra excessiva tensão ao ler?
  • A criança efetua excessivos retrocessos da vista ao ler?
Para o exame dos dois últimos pontos, é recomendável que o professor coloque um espelho do lado posto da página que a criança lê. O professor coloca-se atrás e nessa posição pode olhar no espelho os movimentos dos olhos da criança.
O cloze, que consiste em pedir à criança para completar certas palavras omitidas no texto, pode ser importante aliado para o professor de língua materna determinar o nível de compreensibilidade do material de leitura (ALLIENDE: 1987, p.144)

Intervenção

Segundo Alessandra Gotuzo Seabra Capovilla, Psicóloga, doutora e pós-doutorada em Psicologia Experimental pela Universidade de São Paulo, a intervenção na dislexia tem sido feita principalmente por meio de dois métodos de alfabetização, o multissensorial e o fônico. Enquanto o método multissensorial é mais indicado para crianças mais velhas, que já possuem histórico de fracasso escolar, o método fônico é indicado para crianças mais jovens e deve ser introduzido logo no início da alfabetização.
Fontes:
  • MARTINS, Vicente. A dislexia em sala de aula . In PINTO, Maria Alice Leite. (Org.). Psicopedagogia: diversas faces, múltiplos olhares. São Paulo: Olho d"áGUA, 2003.
  • CAPOVILLA, A. G. S.; CAPOVILLA, F. C. Alfabetização: método fônico. São Paulo: Memnon, 2004.
  • CAPOVILLA, A. G. S. Compreendendo a dislexia: definição, avaliação e intervenção. Cadernos de Psicopedagogia, v. 1, n. 2, p. 36-59, 2002.

Disléxicos famosos

 Bibliografia

ALLIENDE, Felipe, CONDEMARÍN, Mabel. (1987). Leitura: teoria, avaliação e desenvolvimento. Tradução de José Cláudio de Almeida Abreu. Porto Alegre: Artes Médicas.
CONDEMARÍN, Mabel, BLOMQUIST, Marlys. (1989). Dislexia; manual de leitura corretiva. 3ª ed. Tradução de Ana Maria Netto Machado. Porto Alegre: Artes Médicas.
DUBOIS, Jean et alii. (1993). Dicionário de lingüística. SP: Cultrix.


A atitudes que podem facilitar a interação com o disléxico em sala de aula :
· Dividir a aula em espaços de exposição, seguido de uma “discussão” e síntese ou jogo pedagógico;
· Dar “dicas” e orientar o aluno como organizar-se e realizar as atividades na carteira;
· Valorizar os acertos;
· Estar atento na hora da execução de uma tarefa que seja realizada por escrito, pois, seu ritmo pode ser mais lento, por apresentar dificuldade quanto à orientação e mapeamento espacial, entre outras razões;
· Observar como ele faz as anotações da lousa e auxiliá-lo a se organizar;
· Desenvolver hábitos que estimulem o aluno a fazer uso consciente de uma agenda, para recados e lembretes;
· Na hora de dar uma explicação usar uma linguagem direta, clara e objetiva e verificar se ele entendeu;
· Permitir nas séries iniciais o uso de tabuadas, material dourado, ábaco, e para alunos que estão em séries mais avançadas, o uso de fórmulas, calculadora, gravador e outros recursos, sempre que
necessário;
É equivocado insistir em exercícios de “fixação“: repetitivos e numerosos, isto não diminui sua dificuldade.


Procedimentos Básicos

· Trate o aluno disléxico com naturalidade. Ele é um aluno como qualquer outro; apenas,  disléxico. A última coisa para a qual o diagnóstico deveria contribuir seria para (aumentar) a sua
discriminação,

· Use a linguagem direta, clara e objetiva quando falar com ele. Muitos disléxicos têm  dificuldade para compreender uma linguagem (muito) simbólica, sofisticada e metafórica. Seja simples, utilize frases curtas e concisas ao passar instruções.

· Fale olhando direto para ele. Isso ajuda e muito. Enriquece e favorece a comunicação.

· Traga-o para perto da lousa e da mesa do professor. Tê-lo próximo à lousa ou à mesa de  trabalho do professor, pode favorecer o diálogo, facilitar o acompanhamento, facilitar a orientação, criar e fortalecer novos vínculos.

· Verifique sempre e discretamente se ele demonstra estar entendendo a sua exposição. Ele  tem dúvidas a respeito do que está sendo objeto da sua aula? Ele com segue entender o fundamento, a essência, do conhecimento que está sendo tratado? Ele está acompanhando o raciocínio, a explicação, os fatos? Repita sempre que preciso e apresente exemplos, se for  necessário.

· Certifique-se de que as instruções para determinadas tarefas foram compreendidas. O que, quando, onde, como, com o quê, com quem, em que horário, etc. Não economize tempo para constatar se ficou realmente claro para o aluno o que se espera dele.

· Observe discretamente se ele fez as anotações da lousa e de maneira correta antes de  apagá-la. O disléxico tem um ritmo diferente dos não-disléxicos, portanto, evite submetê-lo a pressões de tempo ou competição com os colegas.

· Observe se ele está se integrando com os colegas. Geralmente o disléxico angaria simpatias  entre os companheiros. Suas qualidades e habilidades são valorizadas, o que lhes favorece o
relacionamento. Entretanto, sua inaptidão para certas atividades escolares (provas em dupla,  trabalhos em grupo, etc.) pode levar os colegas a rejeitá-lo nessas ocasiões. O professor deve evitar situações que evidenciem esse fato. Com a devida distância, discreta e respeitosamente,  deve contribuir para a inserção do disléxico no grupo-classe.

· Estimule-o, incentive-o, faça-o acreditar em si, a sentir-se forte, capaz e seguro. O disléxico  tem sempre uma história de frustrações, sofrimentos, humilhações e sentimentos de menos valia, para a qual a escola deu uma significativa contribuição. Cabe, portanto, a essa mesma escola,  ajudá-lo a resgatar sua dignidade, a fortalecer seu ego, a (ri) construir sua auto-estima.

· Sugira-lhe “dicas”, “atalhos”, “jeitos de fazer”, “associações”... que o ajudem a lembrar-se  de, a executar atividades ou a resolver problemas.

· Não lhe peça para fazer coisas na frente dos colegas, que o deixem na berlinda: principalmente ler em voz alta.

· Atenção: em geral, o disléxico tende a lidar melhor com as partes do que com o todo. Abordagens e métodos globais e dedutivos são de difícil compreensão para ele. Apresente-lhe o conhecimento em partes, de maneira dedutiva.

· Permita, sugira e estimule o uso de gravador, tabuada, máquina de calcular, recursos da  informática...

· Permita, sugira e estimule o uso de outras linguagens.


O disléxico tem dificuldade para ler e entender o que lê. Assim
Sendo:

· Avaliações que contenham exclusivamente textos, sobretudo textos longos, não devem ser  aplicadas a tais alunos.
· Utilize uma única fonte, simples, em toda a prova  (preferencialmente “Arial 11” ou “Times New Roman 12”), evitando-se misturar fontes e de tamanhos, sobretudo às manuscritas (itálicas e  rebuscadas).

· Para avaliações ofereça uma folha de prova limpa, sem rasuras, sem riscos ou sinais que  possam confundir o leitor.

· Leia a prova em voz alta e, antes de iniciá-la, verifique se os alunos entenderam o que foi  perguntado, se compreenderam o que se espera que seja feito (o que e como).

· Destaque claramente o texto de sua(s) respectiva(s) questão(ões).

· Recorra a símbolos, sinais, gráficos, desenhos, modelos, esquemas e assemelhados, que  possam fazer referência aos conceitos trabalhados.

· Não utilize textos científicos ou literários (mormente os poéticos), que sejam densos,  carregados de terminologia específica, de simbolismos, de eufemismos, de vocábulos com  múltiplas conotações... para que o aluno os interprete exclusivamente a partir da leitura.  Nesses casos, recorra à oralidade.

· Evite estímulos visuais “estranhos” ao tema em questão.

· Se utilizar figuras, fotos, ícones ou imagens, cuidar para que haja exata correspondência entre   o texto escrito e a imagem.

· Dê preferência às avaliações orais, através das quais, em tom de conversa, o aluno tenha a  oportunidade de dizer o que sabe sobre o(s) assunto(s) em questão.

 · Não indique livros apenas para leituras paralelas. Dê preferência a outras experiências que  possam contribuir para o alcance dos objetivos previstos: assistir a um filme, a um  documentário, a uma peça de teatro, visitar um museu, um laboratório, uma instituição,
empresa ou assemelhado, recorrer a versões em quadrinhos, em animações, em programas de  informática.

· Ao empregar questões de falso-verdadeiro:
1. Construa um bom número de afirmações verdadeiras e em seguida reescreva a  metade, tornando-as falsas;
2. Evite o uso da negativa e também de expressões absolutas;
3. Construa as afirmações com bastante clareza e, aproximadamente com a mesma  extensão;
4. Inclua somente uma idéia em cada afirmação;
5. Evite formular questões negativas.

· Ao empregar questões de associações:
1. Trate de um só assunto em cada questão;
2. Redija cuidadosamente os itens para que o aluno não se atrapalhe com os mesmos.

· Ao empregar questões de lacuna:
1. Use somente um claro, no máximo dois, em cada sentença;
2. Faça com que a lacuna corresponda à palavra ou expressão significativas, que  envolvam conceitos e conhecimentos básicos e essenciais – também chamados de “ferramentas”, e não a detalhes secundários;
3. Conserve a terminologia presente no livro adotado ou no registro feito em aula.

                                                                   http://www.deleste3.com.br/oficina/arquivos/d002.pdf
.







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