SOCIALIZANDO
Estou socializando atividades que desenvolvi com o 5º ano na EMEF. “Armelinda Espúrio da Silva”.
Trabalhei com um gênero discursivo já conhecido: a fábula. É um tipo de narrativa que faz a gente pensar, nos provoca por a “boca no mundo” e nos permite ao debate. Também inclui alguns exercícios gramaticais, pois contribuem no desenvolvimento da linguagem linguística.
Portanto, é um trabalho pedagógico que pode contribuir na formação do cidadão que conquista saberes novos a cada dia, que tem opiniões inteligentes sobre os mais diversos assuntos, que é capaz de expressar-se usando diferentes linguagens, diferentes gêneros textuais.
RELEMBRANDO E RECONHECENDO O GÊNERO FÁBULA
Identificando o gênero fábula
1) Com certeza você já leu e ouviu muitas fábulas. Em grupos, tentem lembrar – se, agora, de uma delas, registrando o que pede abaixo:
PERSONAGENS | ENREDO (RESUMO) |
2) Narre a fábula relembrada para a turma. Conversem sobre elas: são realmente fábulas? Por quê? O que as fazem pertencer a esse tipo de texto?
______________________________________________________
3) Tente definir, com as informações discutidas pela sala, o gênero FÁBULA.
_____________________________________________________
4) Você já percebeu que uma fábula não é uma narrativa qualquer. Ela tem um jeito bem próprio de ser escrita. A seguir, você terá trechos de textos diversos. Procure localizar os que são de fábulas, marcando-os com X.
( ) Um roubo espetacular. Nenhum vidro quebrado, trancas e cadeados inviolados, silêncio absoluto na madrugada.
( ) Olá! Meu nome é Carolina, tenho 10 anos e sou fã n° 1 dos REBELDES...
( ) Um corvo, tendo roubado um pedaço de carne, pousou sobre uma árvore. Uma raposa o viu e...
( ) O ataque de um cão pit Bull quase matou um menino de seis anos em Campinas ontem...
( ) Um camundongo tinha medo de um gato que o espreitava todos os dias. Sábio e prudente foi consultar o rato vizinho.
( ) Foi comemorado o casamento do príncipe e da princesa com muito luxo e alegria e eles viveram juntos felizes para sempre.
5) Conheça, agora, alguns textos reproduzidos por crianças mais ou menos da mesma idade que você, da 4ª série. Depois, responda as questões:
TEXTO 1
Negócios no trânsito
Eu e meu pai fomos a Maringá. Quando estávamos quase chegando, paramos em um semáforo, um moleque se aproximou do carro e perguntou para mim:
__Quer comprar bala? Jogue o dinheiro e eu dou!
Eu, querendo me dar bem, disse:
__Jogue a bala primeiro!
Ele jogou. O sinal deu verde. Meu pai, que prestava atenção no trânsito, acelerou e saiu. Fui embora, sem pagar, dando boas risadas.
Porém, na volta, o sinal fechou no mesmo lugar. O menino estava lá, esperando de mim uma atitude. Senti o olhar reprovador de meu pai, quando soube do caso. Sem graça, fui tratando de quitar minha dívida.
Moral da história: Quem tudo quer, tudo perde.
TEXTO 2
O tigre e a raposa
Em um dia de chuva, um tigre corria à procura de abrigo, quando encontrou uma raposa que estava toda folgada em sua toca. O tigre perguntou:
__Dona raposa, será que eu poderia ficar aí com a senhora?
A raposa foi abrindo a porta, pois o tigre realmente estava todo molhado, mas pensou melhor e disse, esnobando-se:
__Rá, rá, rá!!! É claro que não sou estúpida! De onde você tirou essa idéia?
Ela ria tanto do estado do tigre que ele ficou uma fera, ou melhor, já era uma... O animal então, muito bravo, falou:
__Não me obrigue a ficar violento!
Nesse instante, a toca que estava cai, não cai, foi ao chão.
A raposa ficou numa situação de dar dó. Sem proteção e com um tigre ali por perto, o melhor era dar o fora rapidinho...
Moral da história: Quem ri por último, ri melhor.
TEXTO 3
O leão e a raposa
Uma raposa faminta, estando à procura de comida, se deparou azaradamente com um leão. Sentiu água na boca ao vê-lo, acontecendo o mesmo com o felino que, imaginando-a um prato apetitoso, arranjava um jeito de, sem demora, almoçá-la.
Os dois começaram a pensar num plano.
__Essa raposa vai ser minha ou não me chamo Rei das Selvas _ pensava o leão.
__Vou pegar esse leão num piscar de olhos! Afinal sou a esperteza em pessoa! _ falava para si mesma a raposa.
A fera, parecendo derrotada, ficou de longe observando a outra fazer uma armadilha, então disse:
__Raposa, desisto, jamais vou te pegar!
Ela, achando que o leão já não era mais o mesmo, chegou bem perto dele para concluir seu plano, porém, quando menos esperava... NHOC! virou comida de leão.
Moral da história: Contra esperteza, esperteza e meia.
a) As três histórias lidas são fábulas? Assinale, se houver, o texto ou textos que não se enquadram nesse gênero em estudo.
( ) Texto 1.
( ) Texto 2.
( ) Texto 3.
b) Nas fábulas, algumas características aparecem repetidas frequentemente determinando uma organização e um estilo próprios para esse gênero. Circule a letra que corresponda às características desse tipo de texto:
(A) Inicia-se sempre com era uma vez.
(B) São pequenas histórias em que predominam os animais como personagens.
(C) Propõe a solução de enigmas, crimes ou mistérios.
(D) Os animais agem como se fossem pessoas: falam, cometem erros, são sábios ou tolos, bons ou maus.
(E) Iniciam-se com um local, data e vocativo. Finalizam-se com saudação de despedida.
(F) O herói ou heroína sempre se sai bem no final.
(G) É comum aparecer diálogos entre animais.
(H) Presença de seres ou objetos mágicos.
(I) Essas histórias terminam com uma moral, um ensinamento.
(J) São oferecidas pistas que podem ajudar a solucionar um enigma.
(K) Há uma comparação nas fábulas entre animais e qualidades ou defeitos próprios dos seres humanos. Exemplo: raposa/esperteza, formiga/trabalho,leão/sabedoria.
(L) As histórias se passam em castelos, com príncipes, bruxas e fadas.
(M) São narrativas curtas que tratam de certas atitudes humanas como a disputa entre fortes e fracos, a esperteza e a lerdeza, a ganância e a bondade, a gratidão e a avareza.
(N) Podem ser vistas como um excelente exercício de reflexão do comportamento humano e não com formas de passar “verdades” imutáveis.
c) Com base nas características levantadas acima sobre o gênero fábula, justifique sua escolha como não sendo fábula o texto ou textos assinalado(s) no exercício 5.1.
Resposta:____________________________________________________________________________________________________
6) Acredito que nesse primeiro exercício você já tenha aprendido ou relembrado uma lista de itens sobre a fábula. Dessa forma, redija no quadro a seguir, características desse gênero de texto em estudo.
O QUE EU JÁ SEI SOBRE FÁBULA?
7) Transcreva as palavras abaixo em ordem alfabética.
Pai - semáforo - dinheiro - menino - risadas - tigre - raposa - animal - chão - proteção - leão - raposa - prato - plano - rei - selva - esperteza - fábulas - água - jeito - boca - chegou |
8) Relembrando encontro vocálico – é o encontro de de duas ou mais vogais que aparecem juntas numa mesma palavra.
Volte para a lista de palavras da questão 6 e complete o quadro destacando os encontros vocálicos e separando as sílabas.
Palavras com encontros vocálicos | Separação de sílabas |
9) Escolha um dos textos apresentados e faça a ilustração.
10) Socialização das ilustrações.
AMPLIANDO O CONHECIMENTO SOBRE O CONTEXTO DE PRODUÇÃO DA FÁBULA
VOCÊ SABE DE ONDE VÊM AS FÁBULAS?
☺ As fábulas não são textos que nasceram por acaso, sem nenhuma intenção, são criações muito antigas, contadas às pessoas para transmitir-lhes ensinamentos, orientando-as a como melhor pensarem e se comportarem na época e na sociedade em que viviam.
☺ Há referências a elas em textos sumérios de 2000 a. c. e consta que eram conhecidas pelos hindus e muito apreciadas pelos gregos. É grego o primeiro fabulista de renome: Esopo, escravo que teria vivido em meados do século VI a. C.
☺Quem conta ou escreve uma fábula tem alguma intenção, seja de ensinar, aconselhar, convencer, divertir, seja de criticar e, às vezes, até fazer alguém desistir de um propósito ruim ou que não lhe era favorável.
☺As fábulas são narrativas curtas, se utilizam de animais como personagens, os quais assumem características humanas representando certas atitudes e comportamentos próprios dos homens, com o objetivo de passar uma de lição de vida.
☺O prestígio das fábulas nunca decaiu. No passado constituíam a literatura oral de muitos povos (eram transmitidas, a princípio, de boca a boca, de geração em geração; em locais públicos, como praças, festas populares ou salões de baile da época; só bem depois foram registradas por escrito).
☺ No século XVII, escritores como La Fontaine, criaram novas fábulas ou recontaram antigas, em versos ou em pequenos contos em prosa. ☺Monteiro Lobato, nos anos trinta, reescreveu muitas fábulas por meio da turma do Sítio do pica-pau-amarelo. E, mais recentemente, inúmeros escritores se ocuparam da arte de atualizar
essas histórias para deleite de todos.
(In: Sete faces da fábula. Org. Márcia Kupstas,1 ed. São Paulo, Moderna, 1992).
1) Como já foi mencionado, as fábulas são textos bastante antigos e, ainda mais, não eram escritos para crianças. Antigamente, para quem eram contadas e para que serviam?
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2). Que tipo de assunto, geralmente, é narrado nas fábulas?
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3) À princípio, no tempo dos primeiros fabulistas (criadores de fábulas), nem tudo era registrado por escrito. De que forma, então, eram transmitidas essas histórias, em que locais costumavam ser contadas e como permaneceram vivas até hoje?
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4) Nos dias atuais se quisermos ler fábulas, em que tipo de material elas aparecem escritas e em quais locais podem ser encontradas?
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5) Ainda hoje as fábulas encantam e divertem. Você acha que elas estão ultrapassadas ou têm algo a dizer nos dias atuais? O quê? A quem?
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6) RETOMADO ENCONTRO VOCÁLICO
Os encontros vocálicos são divididos em: ditongos, tritongos e hiatos.
Ditongo é o encontro de uma vogal com uma semivigal, ou vice versa, na mesma sílaba. Exemplo: caixa (cai – xa).
Tritongo é o encontro de uma semivogal com uma vogal e outra semivogal na mesma sílaba. Exemplo: enxaguou (em-xa-guou).
Hiato é o encontro de duas vogais pronunciadas em sílabas diferentes. Exemplo: violeta (vi – o – ta).
a) Volte ao primeiro parágrafo do “VOCÊ SABE DE ONDE VÊM AS FÁBULAS?” e copie as palavras que têm ditongo.
Palavras com ditongo |
b) Releia o texto “VOCÊ SABE DE ONDE VÊM AS FÁBULAS?” e indique se há ou não palavras com tritongo. Justifique sua resposta.
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c) Volte ao primeiro e último parágrafo do mesmo texto e copie somente as palavras que têm hiato. Separe as sílabas.
Palavras com hiato | Separação de sílabas |
TAREFA DE CASA
1) Em casa ou na biblioteca da escola ou da sua cidade pesquise e registre no caderno sobre a vida e obra de um dos fabulistas das fábulas que você leu.
2) Em sala, socializar a pesquisa e coloca-la no mural.
SABENDO AINDA MAIS SOBRE AS FÁBULAS
Como vimos nas leituras realizadas, as fábulas são textos muito antigos que foram sendo contados de boca a boca, reescritas e lidas por muita gente. Seus temas também sobrevivem ao tempo, porque tratam indiretamente de problemas humanos da vida comum, que se repetem de geração em geração.
Veremos, agora, que uma mesma fábula pode apresentar diferentes versões, adaptadas de acordo com os ouvintes/leitores, a época em que são escritas e a intenção que se quer com ela.
LENDO E COMPARANDO
TEXTO 1
A cigarra e a formiga
A cigarra e a formiga
(Esopo)
No inverno, as formigas estavam fazendo secar o grão molhado, quando uma cigarra, faminta, lhes pediu algo para comer. As formigas lhe disseram: “Por que, no verão, não reservaste também o teu alimento?”. A cigarra respondeu: “Não tinha tempo, pois cantava melodiosamente”. E as formigas, rindo, disseram: “Pois bem, se cantavas no verão, dança agora no inverno”.
A fábula mostra que não se deve negligenciar em nenhum trabalho, para evitar tristezas e perigos.
Esopo: fábulas completas. Tradução de Neide smolka. São Paulo, Moderna, 1994.
Algumas informações sobre Esopo
Esopo foi um grande criador de fábulas, que viveu na Grécia como escravo no século V a.C. Embora tivesse uma aparência estranha - consta que era corcunda - possuía o dom da palavra e a habilidade de contar histórias, que retratavam o comportamento humano através de personagens animais. Algumas dessas fábulas de Esopo são conhecidas ainda hoje, como “A raposa e as uvas”, “O leão e o rato”, “A lebre e a tartaruga”, entre outras.
TEXTO 2
A CIGARRA E A FORMIGA
A cigarra, sem pensar
em guardar,
a cantar passou o verão.
Eis que chega o inverno, e então,
sem provisão na despensa,
como saída, ela pensa
em recorrer a uma amiga:
sua vizinha, a formiga,
pedindo a ela, emprestado,
algum grão, qualquer bocado,
até o bom tempo voltar.
"Antes de agosto chegar,
pode estar certa a senhora:
pago com juros, sem mora."
Obsequiosa, certamente,
a formiga não seria.
"Que fizeste até outro dia?"
perguntou à imprevidente.
"Eu cantava, sim, Senhora,
noite e dia, sem tristeza."
"Tu cantavas? Que beleza!
Muito bem: pois dança agora..."
A cigarra, sem pensar
em guardar,
a cantar passou o verão.
Eis que chega o inverno, e então,
sem provisão na despensa,
como saída, ela pensa
em recorrer a uma amiga:
sua vizinha, a formiga,
pedindo a ela, emprestado,
algum grão, qualquer bocado,
até o bom tempo voltar.
"Antes de agosto chegar,
pode estar certa a senhora:
pago com juros, sem mora."
Obsequiosa, certamente,
a formiga não seria.
"Que fizeste até outro dia?"
perguntou à imprevidente.
"Eu cantava, sim, Senhora,
noite e dia, sem tristeza."
"Tu cantavas? Que beleza!
Muito bem: pois dança agora..."
Do livro Fábulas de La Fontaine, 1992.
Algumas informações
Jean de La Fontaine é francês, nascido em 8 de julho de 1621 e falecido em 13 de abril de 1695. É principalmente conhecido como autor de fábulas, escritas em versos leves e rimados. Além de criar algumas fábulas originais muito conhecidas, representativas do contexto da aristocracia francesa do século XVII, como por exemplo, “O lobo e o cordeiro” e “A cigarra e a formiga”, reescreveu algumas fábulas baseadas em Esopo.
TEXTO 3
A cigarra e a formiga
(versão adaptada por Ruth Rocha)
A cigarra passou todo o verão cantando, enquanto a formiga juntava grãos.
Quando chegou o inverno, a cigarra veio à casa da formiga para pedir que lhe desse o que comer.
A formiga então perguntou a ela:
__E o que é que você fez durante todo o verão?
__ Durante o verão eu cantei __ disse a cigarra.
E a formiga respondeu:
__Muito bem, pois agora dance!
ROCHA, Ruth (Adap.). Fábulas de Esopo. São Paulo: Melhoramentos, 1986.
TEXTO 4
A CIGARRA E A FORMIGA (A FORMIGA BOA)
Houve uma jovem cigarra que tinha o costume de chiar ao pé do formigueiro. Só parava quando cansadinha; e seu divertimento era observar as formigas na eterna faina de abastecer as tulhas.
Mas o bom tempo afinal passou e vieram as chuvas, Os animais todos, arrepiados, passavam o dia cochilando nas tocas.
A pobre cigarra, sem abrigo em seu galhinho seco e metida em grandes apuros, deliberou socorrer-se de alguém.
Manquitolando, com uma asa a arrastar, lá se dirigiu para o formigueiro. Bateu – tique, tique, tique...
Aparece uma formiga friorenta, embrulhada num xalinho de paina.
- Que quer? – perguntou, examinando a triste mendiga suja de lama e a tossir.
- Venho em busca de agasalho. O mau tempo não cessa e eu...
A formiga olhou-a de alto a baixo.
- E que fez durante o bom tempo que não construí a sua casa?
A pobre cigarra, toda tremendo, respondeu depois dum acesso de tosse.
- Eu cantava, bem sabe...
- Ah!... exclamou a formiga recordando-se. Era você então que cantava nessa árvore enquanto nós labutávamos para encher as tulhas?
- Isso mesmo, era eu...
Pois entre, amiguinha! Nunca poderemos esquecer as boas horas que sua cantoria nos proporcionou. Aquele chiado nos distraía e aliviava o trabalho. Dizíamos sempre: que felicidade ter como vizinha tão gentil cantora! Entre, amiga, que aqui terá cama e mesa durante todo o mau tempo.
A cigarra entrou, sarou da tosse e voltou a ser a alegre cantora dos dias de sol.
Houve uma jovem cigarra que tinha o costume de chiar ao pé do formigueiro. Só parava quando cansadinha; e seu divertimento era observar as formigas na eterna faina de abastecer as tulhas.
Mas o bom tempo afinal passou e vieram as chuvas, Os animais todos, arrepiados, passavam o dia cochilando nas tocas.
A pobre cigarra, sem abrigo em seu galhinho seco e metida em grandes apuros, deliberou socorrer-se de alguém.
Manquitolando, com uma asa a arrastar, lá se dirigiu para o formigueiro. Bateu – tique, tique, tique...
Aparece uma formiga friorenta, embrulhada num xalinho de paina.
- Que quer? – perguntou, examinando a triste mendiga suja de lama e a tossir.
- Venho em busca de agasalho. O mau tempo não cessa e eu...
A formiga olhou-a de alto a baixo.
- E que fez durante o bom tempo que não construí a sua casa?
A pobre cigarra, toda tremendo, respondeu depois dum acesso de tosse.
- Eu cantava, bem sabe...
- Ah!... exclamou a formiga recordando-se. Era você então que cantava nessa árvore enquanto nós labutávamos para encher as tulhas?
- Isso mesmo, era eu...
Pois entre, amiguinha! Nunca poderemos esquecer as boas horas que sua cantoria nos proporcionou. Aquele chiado nos distraía e aliviava o trabalho. Dizíamos sempre: que felicidade ter como vizinha tão gentil cantora! Entre, amiga, que aqui terá cama e mesa durante todo o mau tempo.
A cigarra entrou, sarou da tosse e voltou a ser a alegre cantora dos dias de sol.
Do livro Fábulas, Monteiro Lobato, 1994.
José Bento Renato Monteiro Lobato (Taubaté, 18 de abril de 1882 – São Paulo, 4 de julho de 1948) foi um dos mais influentes escritores brasileiros do século XX. Foi um importante editor de livros inéditos e autor de importantes traduções. Seguido a seu precursor Figueiredo Pimentel ("Contos da Carochinha") da literatura infantil brasileira, ficou popularmente conhecido pelo conjunto educativo de sua obra de livros infantis, que constitui aproximadamente a metade da sua produção literária. A outra metade, consistindo de contos (geralmente sobre temas brasileiros), artigos, críticas, crônicas, prefácios, cartas, um livro sobre a importância do petróleo e do ferro, e um único romance, O Presidente Negro, o qual não alcançou a mesma popularidade que suas obras para crianças, que entre as mais famosas destaca-se Reinações de Narizinho (1931), Caçadas de Pedrinho (1933) e O Picapau Amarelo (1939).
1) Comparando os três textos lidos, marque X na(s) alternativa(s) abaixo que melhor os definam.
( ) Tratam do mesmo conteúdo, ou seja, a história narrada é a mesma;
( ) Há mudanças com relação à atitude das personagens;
( ) A forma de organização de cada texto é diferente, embora tenham o mesmo tema.
2) Com qual intenção os autores narraram as quatro versões lidas? Assinale:
( ) Fazer com que as pessoas achassem um desperdício cantar e dançar;
( ) Levar as pessoas a se preocuparem com o trabalho, o sustento próprio, para não se verem em apuros mais tarde;
( ) Promover a solidariedade entre os animais.
3) As principais modificações observadas nos quatro textos se devem:
( ) À necessidade de adequar-se a linguagem ao público para o qual era e ainda é narrada a fábula.
( ) Ao fato de um autor achar mal escrito o texto do outro.
( ) Às diferentes épocas em que foram escritos, representando a maneira de falar própria de um momento da História.
4) Observamos que as diferenças apontadas nas quatro versões se referem basicamente quanto à extensão do texto e quanto à escolha das palavras empregadas. Portanto, responda:
a) Em qual dos textos o fabulista optou por uma forma mais simples e resumida de escrever, mantendo o sentido original da fábula? Com que propósito?
______________________________________________________
b. Em qual versão a linguagem empregada se distancia mais do jeito de falar atual? Dê exemplos de palavras e descubra um sinônimo para elas.
__________________________________________________________________________________________________________
c. Entre as versões 1 e 3, quais foram as principais alterações realizadas na adaptação de Ruth Rocha nos itens:
• Uso de parágrafos: ______________________________________________________
• Nos diálogos: ______________________________________
______________________________________
• Na linguagem: _________________________
______________________________________
O poeta José Paulo Paes também escreveu uma versão para a
fábula “A cigarra e a formiga”, não optou pelo jeito tradicional (em
forma de prosa), mas por uma outra maneira (em forma de poema).
Veja como ficou.
Texto 4
SEM BARRA
Enquanto a formiga
carrega comida
para o formigueiro,
a cigarra canta,
canta o dia inteiro.
A formiga é só trabalho.
A cigarra é só cantiga.
Mas sem a cantiga
da cigarra
que distrai da fadiga,
seria uma barra
o trabalho da formiga!
PAES, José Paulo. Poemas para brincar. São Paulo: Ática, 1989.
1) O autor reescreveu a fábula a seu modo, criando um novo jeito de contar. Que tipo de texto ele produziu? Que características observadas no texto, justificam sua resposta.
______________________________________________________
2) Ele alterou somente a forma ou o conteúdo da fábula também?
________________________________________________
3) O que você percebeu sobre a posição do poeta? Ele concorda com a fábula “A cigarra e a formiga”? Explique.
___________________________________________________
3) No poema de José Paulo Paes, o canto da cigarra completa o trabalho da formiga; nas versões tradicionais lidas antes, o canto da cigarra é oposto ao trabalho da formiga.
Assinale a resposta correta:
Enquanto a formiga
Carrega a comida
Para o formigueiro,
A cigarra canta,
Canta o dia inteiro.
a) - A partir da comparação, podemos concluir que na versão do poeta:
( ) O trabalho do artista é menos importante que os demais trabalhos;
( ) O trabalho do artista é tão importante quanto qualquer outro trabalho.
( ) As duas alternativas são falsas.
b) - Nas versões tradicionais:
( ) O trabalho do artista também é importante;
( ) Só o trabalho que produz bens materiais é importante.
( ) Nenhuma das alternativas indica a resposta correta.
4) Observe a ilustração da fábula na versão tradicional e a ilustração do poema de José Paulo Paes, que mudança ocorreu na caracterização da formiga? O que aconteceu para que isso fosse possível?
José Paulo Paes transformou em poema a fábula a cigarra e a formiga, e revelou que de alguma maneira todos são úteis.
_________________________________________________
Pudemos constatar que as fábulas contadas por Esopo e por La Fontaine são bem mais antigas do que as reescritas por Monteiro Lobato, Ruth Rocha e por José Paulo Paes.
Tanto Esopo quanto La Fontaine usavam suas fábulas como
ensinamentos para as pessoas de seu tempo. Se utilizando de animais como personagens, buscavam representar atitudes humanas e, assim, tentar aconselhar e até mesmo convencer do que se deveria ou poderia fazer. Esses ensinamentos, chamados de MORAL DA HISTÓRIA, tinham, portanto a intenção de apresentar os valores de uma época, ou seja, aquilo que as pessoas acreditavam ser o melhor modo de agir para viver em sociedade.
Porém, conforme o tempo passa, a sociedade muda e surgem novas formas de pensar, novos valores nos quais acreditar. Não diríamos nem melhores, nem piores, simplesmente diferentes. Assim vimos a versão em poema de José Paulo Paes e conheceremos agora a versão mais moderna, atualmente circulando na internet, da fábula “A cigarra e a formiga”.
A cigarra e a formiga
(versão com autor anônimo)
Uma Formiga e uma Cigarra eram muito amigas... Durante todo o outono, a Formiga trabalhou sem parar, armazenando comida para o inverno. Não aproveitou o sol, a brisa suave do fim de tarde, nem de uma conversa com os amigos a tomar uma cervejinha depois do dia de trabalho.
Enquanto isso, a Cigarra só andava a cantar com os amigos nos bares da cidade, não desperdiçou nem um minuto sequer, cantou durante todo o outono, dançou, aproveitou o sol, desfrutou muito sem se preocupar com o mau tempo que estava para vir.
Passados uns dias, começou o frio, a Formiguita, exausta de tanto trabalhar, meteu-se na sua pobre guarida cheia de comida até o teto. Mas, alguém a chamou da rua, quando abriu a porta teve uma surpresa ao ver sua amiga Cigarra numa ferrari, com um valioso casaco de peles. A Cigarra disse:
__Olá, amiga! Vou passar o inverno em Paris. Pode cuidar da minha casinha?
A Formiga respondeu:
__Claro! Sem problemas. Mas o que aconteceu? Onde conseguiu o dinheiro para ir a Paris, comprar essa ferrari e esse casaco tão bonito e caro?
E a Cigarra contou:
__Imagina... Eu estava a cantar num bar na semana passada e um produtor musical gostou da minha voz. Assinei um contrato para fazer shows em Paris. A propósito, você precisa de alguma coisa de lá?
__Sim __ disse a Formiga __ Se encontrar com LA FONTAINE (autor da fábula original), MANDA-O À MERDA, DA MINHA PARTE!!!
Moral da história- Aproveita a vida, trabalha e diverte-te em proporção, porque trabalhar em demasiado só traz benefícios nas fábulas de La Fontaine. Trabalhe, mas desfrute da vida, ela é única. Se não encontrares a tua metade da laranja, não desanimes, procura a metade do teu limão, põe-lhe açúcar, aguardente, gelo e seja feliz! Lembre-se: viver só para trabalhar faz muito bem... ao patrimônio do patrão!!
Disponível no site: http//:www.princesaxena.com.br
CONSTRUINDO OS SENTIDOS DOS TEXTOS
1) Veja que nas versões estudadas antes, as personagens: cigarra e formiga aparecem escritas sempre com letra minúscula, assim acontece em todas as fábulas tradicionais. Essa escolha tem uma intenção. Qual?
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2) No entanto, nessa última versão, acontece o inverso: Cigarra e Formiga foram escritas com letras maiúsculas. Que novo sentido essa mudança traz à fábula?
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3) Em todas as versões lidas, não se vê uma indicação precisa do tempo (sabe-se que ocorre na passagem do outono para o inverno, porém, não exatamente quando), isso é característico nas fábulas. Com qual intenção é utilizado esse recurso nesse tipo de texto?
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4) Consulte a primeira versão lida: a fábula de Esopo. Ela traz um final característico, que a distingue de outros textos. Como é chamado?
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5) Comparando o final da fábula de Esopo com o final do texto acima (Autor anônimo) conclui-se que:
(A) A partir do ensinamento proposto na fábula “A cigarra e a formiga”, contada por Esopo, é possível perceber uma maneira de encarar o mundo: deve-se prever sempre o dia de amanhã, ou seja, o importante não é ser feliz hoje, é trabalhar para o futuro.
(B) Na versão do autor anônimo, é possível conciliar as duas coisas: trabalho e lazer.
Com qual forma de encarar a vida você concorda? Justifique.
___________________________________________________
6) A “moral da história” apresentada nas fábulas tem como objetivo levar o leitor a formar uma opinião semelhante à visão do autor expressa no texto. Diante dessa afirmação e das últimas versões lidas, assinale:
( ) A moral da fábula diz o que é certo e errado fazer e isso não deve ser questionado.
( ) A moral da fábula abre a possibilidade de conhecermos como uma sociedade ou um autor pensava em determinada época, permitindo estabelecer comparações, reflexões, concordando ou discordando, construindo opiniões próprias sobre o assunto.
( ) Nehuma das afirmações.
MAIS LEITURA DE FÁBULAS
O gato e a raposa
O gato e a raposa andavam sempre juntos pelo mundo. Eram muito amigos, apesar de a raposa estar sempre desvalorizando o colega.
_Amigo gato, por que não aprende mais truques para fugir dos cachorros que nos perseguem? Sempre ouvi dizer que você é tão inteligente. Será verdade?
_Sei subir rapidamente em árvores. É o que me basta. Os cachorros não vão me pegar.
_Você só sabe isso? Eu sei 99 truques diferentes! Conheço mil manhas, cada uma melhor que a outra. Finjo-me de morta, me escondo nas folhas secas, nas moitas, corro em zigue-zague, disfarço minhas pegadas...
Enquanto a raposa falava distraidamente das suas habilidades se aproximavam dali dois cachorros. O gato muito esperto, subiu rapidamente na árvore. Quando a raposa percebeu a presença dos cachorros, teve que sair em disparada para fugir deles.
_Pobre comadre raposa.
É sempre preferível saber bem uma só coisa a saber mal noventa e nove coisas diversas.
1 – Preencha o quadro com informações segundo o texto.
Nome do texto | |
Como andavam o gato e a raposa? | |
Eram amigos ou inimigos? | |
O que o gato sabia fazer e que bastava para que os cachorros não o pegassem? | |
Quantos truques a raposa dizia saber? | |
A moral dessa fábula é |
2 - Valeu algum truque da raposa ou ela teve que sair correndo?
3 – A frase que explica a moral dessa fábula é:
( ) É mais importante fazer a coisa certa no momento certo.
( ) Saber fazer muitas coisas ao mesmo tempo.
( ) O convencimento exagerado pode virar uma armadilha...
4 – Que outra moral você escreveria para essa fábula?
5) - Dê o antônimo (contrário) de:
Palavras | Antônimos |
Amigo | |
Melhor | |
Desvalorizar | |
Verdade | |
Pegar | |
Diferente | |
Morta |
RELEMBRANDO
Encontro consonantal – é a reunião de duas ou mais consoantes seguidas numa palavra. Exemplos: troca inflexível, prata, enigma.
O encontro consonantal pode ficar:
ü Numa mesma sílaba: exemplo: pedra -> pe - dra.
ü Em sílabas diferentes: exemplo: objetivo -> ob – je – ti – vo.
Dígrafo – é a reunião de duas letras representando um só fonema. Exemplos: chapéu, milho, castanha.
6 _ Releia a fábula e extraia dela as palavras que apresentam encontro consonantal. Separe as sílabas.
Encontro consonantal na mesma sílaba | Encontro consonantal em sílaba diferente |
7 - Pesquise em jornais ou revistas outras palavras com encontros vocálicos inseparáveis e separáveis e cole-as no caderno. Em seguida crie uma frase com cada palavra.
8 - Releia o quarto e quinto parágrafo e transcreva as palavras que apresentam dígrafos. Destaque os dígrafos e separe as sílabas das palavras.
Ob.: Dígrafo não é encontro consonantal, pois representa um só fonema.
Palavras | Dígrafos | Sílabas |
PRODUZINDO
1_ Pense no gato do texto - “A raposa e o gato”. Escreva sobre ele.
· Qual era seu nome?
· Em que lugar ele vivia?
· Como ele era?
· O que ele costumava fazer?
· Como ele consegui ser mais esperto que a raposa?
2 _ Faça de conta que você encontrou a raposa dessa fábula e conversaram sobre os 99 truques e a esperteza do gato. Registre essa conversa.
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O lobo e o cordeiro
Monteiro Lobato
Monteiro Lobato
Estava o cordeiro a beber água num córrego, quando apareceu um lobo esfaimado, de horrendo aspecto.
─ Que desaforo é esse de turvar a água que venho beber? ─ disse o monstro, arreganhando os dentes. ─ Espere que vou castigar tamanha má-criação!...
O cordeirinho, trêmulo de medo, respondeu com inocência:
─ Como posso turvar a água que o senhor vai beber se ela corre do senhor para mim?
Era verdade aquilo e o lobo atrapalhou-se com a resposta, mas não deu o rabo a torcer.
─ Além disso ─ inventou ele ─ sei que você andou falando mal de mim no ano passado.
─ Como poderia falar mal do senhor o ano passado, se nasci este ano?
Novamente confundido pela voz da inocência, o lobo insistiu:
─ Se não foi você foi seu irmão mais velho, o que dá no mesmo.
─ Como poderia ser seu irmão mais velho, se sou filho único?
O lobo, furioso, vendo que com razões claras não venceria o pobrezinho, veio com razão de lobo faminto:
─ Pois se não foi seu irmão, foi seu pai ou seu avô! E ─ nhoque ─ sangrou-o no pescoço.
Contra a força não há argumentos.
CURIOSIDADE
Esta fábula nos remete ao governo de Tibério, imperador romano, durante o qual reinaram a injustiça, a violência e a crueldade. A desordem e a dissolução dos costumes eram tão grandes que nem a mais clara inocência era respeitada. Tibério condenava todo cidadão romano por ser rico e, assim, confiscava-lhe os bens em proveito próprio. Aos que não eram ricos, qualquer pretexto servia para prendê-los.
1. O texto que você acabou de ler:
( ) é uma crônica em que o autor trata de um assunto do dia-a-dia.
( ) é uma fábula, isto é, uma pequena história com um ensinamento moral.
( ) é uma página de diário, isto é um caderno onde a pessoa anota, diariamente, fatos, opiniões, sentimentos, etc. que ela considera importantes em sua vida.
( ) é um artigo científico, que define-se como uma publicação com autoria declarada, que apresenta e discute idéias, métodos, técnicas, processos e resultados nas diversas áreas do conhecimento.
2. Quais são as personagens do texto?
3. Onde essa história acontece?
4. O lobo e o cordeiro, sendo animais, são personagens do texto porque:
( ) antigamente os animais falavam.
( ) o texto fala sobre eles.
( ) na história (fábula), eles agem, falam e raciocinam como se fossem pessoas.
5. O autor caracteriza o lobo como:
( ) um animal de aspecto horrível, cruel, ruim, injusto.
( ) como um animal carnívoro e que, portanto, se alimenta de outros animais.
( ) um animal muito faminto, apenas.
6. O autor caracteriza o cordeiro como:
( ) um animal inocente, que se defende com respostas e argumentos justos.
( ) um animal desaforado, que não sabe respeitar os outros.
( ) como um animal fofoqueiro, que gostava de falar mal da vida dos outros.
7. As respostas e os argumentos que o cordeiro apresentou ao lobo:
( ) eram sem fundamento, sem motivo, sem razão.
( ) foram respostas com fundamento, válidas e justas.
( ) eram respostas que o lobo não conseguia entender.
8. Observando as respostas que o cordeiro deu ao lobo, podemos perceber que ele tratou bem ao lobo. Que palavra aparece repetida nas respostas do cordeiro, provando esse bom tratamento?
9. O lobo e o cordeiro foram ao mesmo córrego. Com que finalidade ( motivo )cada um se dirigiu para lá?
10. No episódio da história, quando o cordeirinho foi devorado pelo lobo, o autor quis sugerir que:
( ) a força sempre vence a razão.
( ) nem sempre quem tem razão vence uma disputa.
( ) podemos explorar os mais fracos.
REVENDO A CLASSIFICAÇÃO DAS PALAVRAS QUANTO AO NÚMERO DE SÍLABAS E A SÍLABA TÔNICA
Sílaba - é um som ou grupo de sons pronunciados de uma só vez.
Dependendo do número de sílabas, a palavra classifica-se em:
Monossílaba – quando tem uma sílaba só. Ex: mel.
Dissílaba – quando tem duas sílabas. Ex: lo-bo (lobo).
Trissílaba quando tem três sílabas. Ex: cor-dei-ro (cordeiro).
Polissílaba – quando tem quatro ou mais sílabas. Ex: de-as-fo-ro (desaforo), vi-o-lên-cia (violência), per-so-na-li-da-de (personalidade).
Sílaba tônica: é a sílaba mais forte de uma palavra. Exemplos: cordeiro (dei = sílaba tônica). Córrego (cór = sílaba tônica)
1 – Preencha a tabela com as palavras do quadro abaixo seguindo a ordem alfabética. Em seguida classifique-as quanto ao número de sílabas.
estava - cordeiro - faminto – beber - água - córrego - quando apareceu – lobo - esfaimado - horrendo – aspecto - desaforo - esse turvar – venho – beber - disse - monstro - arreganhando - dentes espere - castigar - tamanha - mim - criação - contra - força argumentos – confiscava – inocência – respeitada - mal - rei |
Palavras – ordem alfabética | Classificação quanto ao número de sílabas | Separação silábica |
O LEÃO E O RATINHO
O rei das selvas dormia sob a sombra de um carvalho. Aproveitando a ocasião, um bando de ratos resolveu passar por cima dele para encurtar o caminho.
– Vamos, vamos, não há tempo a perder – disse o líder do bando.
Quando faltava apenas um rato passar, o leão acordou-o e prendeu-o debaixo de sua pata.
– Por favor, Majestade das selvas, não me esmague! – implorou o ratinho
– E você tem alguma boa razão para que eu não faça isso?
– Bem... talvez um dia eu possa ajudá-lo! – disse o ratinho.
O leão deu uma sonora gargalhada:
– Você? Minúsculo desse jeito? Essa é boa!
– Por favor, por favor, por favor, não me esmague! – insistiu o ratinho.
Diante de tamanha insistência, o leão, que estava mesmo com o estômago cheio, deixou que o ratinho fosse.
Alguns dias depois, o leão ficou preso numa rede deixada na floresta por alguns caçadores. Fez de tudo para se soltar, mas não conseguiu. Seus uivos de raiva fizeram a terra tremer. Ao ouvi-los, o ratinho veio em seu socorro. Com seus dentes pequeninos e afiados, roeu as cordas da rede e soltou o leão.
Uma boa ação ganha outra.
Pequenos amigos podem ser grandes amigos.
(Jean de La Fontaine. Fábulas de Escopo. Adaptação de Lúcia Tulchinski.São Paulo, Scipione, 1998.)
1- Em que ambiente essa história acontece?
2 - Quem são os personagens do texto?
2 - Quem são os personagens do texto?
3 - Os personagens do texto são animais. O comportamento deles é próprio de animais ou eles agem como se fossem humanos? Justifique sua resposta.
4 - Qual a boa ação praticada pelo leão?
6 - De que forma o ratinho retribuiu a boa ação do leão?
6 - Você acha importante ter amigos? Por quê?
4 - Qual a boa ação praticada pelo leão?
6 - De que forma o ratinho retribuiu a boa ação do leão?
6 - Você acha importante ter amigos? Por quê?
7 - O que essa fábula pretende ensinar para as pessoas?
8 - No texto, aparecem duas expressões que foram empregadas para se referir ao leão. Você sabe dizer quais são?
9 - Que outras palavras e expressões poderiam ser empregadas para se referir ao leão?
10 - Dos provérbios seguintes, qual deles poderia substituir a moral da fábula “O leão e o ratinho”?
(A) QUEM COM FERRO FERE COM FERRO SERÁ FERIDO.
(B) O BEM SE PAGA COM O BEM.
(C) MAIS VALE UM PÁSSARO NA MÃO QUE DOIS VOANDO.
(D) DE GRÃO EM GRÃO A GALINHA ENCHE O PAPO.
11) Escreva o plural das palavras:
Palavras | Plural |
favor majestade ratinho você alguma boa razão ratinho leão sombra rato caçador |
12 – Revendo classificação das palavras quanto à posição da sílaba tônica,
De acordo com a posição da sílaba tônica, as palavras podem ser:
a) oxítonas: quando a sílaba tônica for a última. Exemplos: sofá, quintal, tambor.
a) paroxítonas: quando a última sílaba for a penúltima. Exemplos: lápis, estrela, janela.
c) Proparoxítonas: quando a sílaba tônica for a antepenúltima. Exemplos: mágico, lâmpada, música.
Lembre-se: Todas as palavras proparoxítonas são acentuadas.
a)“ ... com o estômago cheio, deixou que o ratinho fosse.”
“...Fez de tudo para se soltar, ...” “ Seus uivos de raiva fizeram a terra tremer.” ... “ Uma boa ação ganha outra.”
Indique a classificação de cada palavra sublinhada.
Palavra | oxítona | paroxítona | proparoxítona |
A lebre e a tartaruga
Certo dia uma lebre topou com uma tartaruga e, ao ver como ela andava devagar, caiu na risada e fez muita troça.
― Como você é lenta e desajeitada ― disse a lebre. ― É tão desengonçada, andando com essa sua concha pesada, que até admira que consiga chegar a algum lugar.
A tartaruga deteve-se na estrada poeirenta, levantou a cabeça, virou-se para a lebre e sorriu.
― Então vamos apostar uma corrida ― disse ela.
― Na hora que você escolher. Aposto dez moedas por dez quilômetros.
A lebre se pôs a dar pulos toda animada.
― O quê! Dez moedas? Podemos começar agora mesmo? Só dez quilômetros?
E sem esperar pela resposta da tartaruga, disparou pela estrada.
A tartaruga saiu atrás, com toda a lentidão. Sem olhar para trás nem pra os lados, foi seguindo a passo firme e regular pela estrada.
Num instante, a grande velocidade da lebre deu-lhe uma grande dianteira, e ela, rindo consigo, virou-se para ver a que distância se encontrava a tartaruga. Não conseguiu avistá-la, e, como estava um pouco cansada e achou que um descanso seria muito agradável, acomodou-se ao lado de uma placa da estrada, para tirar uma
soneca.
― Vou dormir um pouco ― disse ela. ― Tenho muito tempo, e se a minha vagarosa amiga passar por aqui enquanto eu estiver dormindo, eu acordo, alcanço-a, e ainda assim venço a corrida com facilidade.
A tartaruga, enquanto isso, ia avançando, e depois de muito, mas muito tempo, chegou à placa da estrada, embaixo da qual a lebre roncava sonoramente. A tartaruga não parou. Sem hesitar, foi em frente, levando às costas o seu grande casco, rumo ao distante marco de chegada.
A lebre, muito confiante na própria vitória, dormiu a sono solto ao sol. Quando finalmente acordou, já era quase noite: ela tinha dormido demais! Piscou, pôs-se de pé com um pulo, olhou de um lado e de outro e saiu em disparada. Embora corresse mais rápido do que o vento, não conseguiu alcançar a tartaruga. Quando atingiu o marco de chegada, a tartaruga já estava lá, sorrindo calmamente consigo mesma.
Devagar se vai ao longe.
Certo dia uma lebre topou com uma tartaruga e, ao ver como ela andava devagar, caiu na risada e fez muita troça.
― Como você é lenta e desajeitada ― disse a lebre. ― É tão desengonçada, andando com essa sua concha pesada, que até admira que consiga chegar a algum lugar.
A tartaruga deteve-se na estrada poeirenta, levantou a cabeça, virou-se para a lebre e sorriu.
― Então vamos apostar uma corrida ― disse ela.
― Na hora que você escolher. Aposto dez moedas por dez quilômetros.
A lebre se pôs a dar pulos toda animada.
― O quê! Dez moedas? Podemos começar agora mesmo? Só dez quilômetros?
E sem esperar pela resposta da tartaruga, disparou pela estrada.
A tartaruga saiu atrás, com toda a lentidão. Sem olhar para trás nem pra os lados, foi seguindo a passo firme e regular pela estrada.
Num instante, a grande velocidade da lebre deu-lhe uma grande dianteira, e ela, rindo consigo, virou-se para ver a que distância se encontrava a tartaruga. Não conseguiu avistá-la, e, como estava um pouco cansada e achou que um descanso seria muito agradável, acomodou-se ao lado de uma placa da estrada, para tirar uma
soneca.
― Vou dormir um pouco ― disse ela. ― Tenho muito tempo, e se a minha vagarosa amiga passar por aqui enquanto eu estiver dormindo, eu acordo, alcanço-a, e ainda assim venço a corrida com facilidade.
A tartaruga, enquanto isso, ia avançando, e depois de muito, mas muito tempo, chegou à placa da estrada, embaixo da qual a lebre roncava sonoramente. A tartaruga não parou. Sem hesitar, foi em frente, levando às costas o seu grande casco, rumo ao distante marco de chegada.
A lebre, muito confiante na própria vitória, dormiu a sono solto ao sol. Quando finalmente acordou, já era quase noite: ela tinha dormido demais! Piscou, pôs-se de pé com um pulo, olhou de um lado e de outro e saiu em disparada. Embora corresse mais rápido do que o vento, não conseguiu alcançar a tartaruga. Quando atingiu o marco de chegada, a tartaruga já estava lá, sorrindo calmamente consigo mesma.
Devagar se vai ao longe.
Mathias, R. Fábulas de Esopo. São Paulo: Círculo do livro, 1983
1.Na sua opinião, Por que a lebre aceitou o desafio da tartaruga?
___________________________________________________
2- Você é capaz de identificar pelo comportamento qual o tipo de personalidade de cada um dos personagens da trama?
2- Você é capaz de identificar pelo comportamento qual o tipo de personalidade de cada um dos personagens da trama?
3- O que aconteceu depois que os dois competidores partiram do ponto inicial?
4 -Você consegue relatar alguma situação da vida real que se assemelhe ao exemplo da fábula?
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5-Você seria capaz de descrever, com suas palavras, o significado da Moral da Fábula?
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6) Quem conta a história? Assinale a resposta correta:
( ) A tartaruga ( ) A lebre ( ) O narrador
Justifique a sua resposta:
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7) Por que a lebre estava certa que iria ganhar a corrida?
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8) O que fez a lebre perder a corrida?
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9) Qual foi a primeira atitude da lebre após o desafio feito pela tartaruga?
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10) Por que a tartaruga venceu a competição, mesmo sendo tão lenta?
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11) O que você pensa sobre quem tem atitudes como a da lebre?
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12) Relacione de acordo com a ordem dos acontecimentos da história:
( 1 ) começo ( 2 ) meio ( 3 ) fim
( ) “A tartaruga não parou. Sem hesitar, foi em frente, levando às costas o seu grande casco, rumo ao distante marco de chegada.”
( ) “― É tão desengonçada, andando com essa sua concha pesada, que até admira que consiga chegar a algum lugar.”
( ) “Sem olhar para trás nem pra os lados, foi seguindo a passo firme e regular pela estrada.”
13) Relacione corretamente:
( 1 ) tartaruga ( 2 ) lebre
( ) fez muita troça
( ) andava devagar
( ) dormiu a sono solto ao sol
( ) levantou a cabeça, virou-se e sorriu
( ) levantou a cabeça, virou-se e sorriu
( ) deu pulos toda animada
14- Se você fosse a tartaruga, o que diria à lebre no momento do desafio para a corrida?
14- Se você fosse a tartaruga, o que diria à lebre no momento do desafio para a corrida?
__________________________________________________
Reunindo informações
A fábula é uma narrativa figurada, na qual as personagens são geralmente animais que possuem características humanas. Pode ser escrita em prosa ou em verso e é sustentada sempre por uma lição de moral, constatada na conclusão da história.
Durante a fábula é feita uma analogia entre a realidade humana e a situação vivida pelas personagens, com o objetivo de ensinar algo ou provar alguma verdade estabelecida (lição moral).
Depois de ter lido diferentes fábulas, em versões tradicionais e modernas e compreendido melhor como são construídas, escolha uma versão e escreva uma ficha, seguindo os passos:
TÍTULO | |
PERSONAGENS | |
SITUAÇÃO VIVIDA PELAS PERSONAGENS | |
FINAL (DESFECHO) | |
MORAL DA HISTÓRIA | |
FORMATO DO TEXTO |
TRABALHANDO COM A CONSTRUÇÃO LINGÜÍSTICA DA FÁBULA
A raposa e o cacho de uvas
Uma raposa faminta, ao ver cachos de uva suspensos em uma parreira, quis pegá-los, mas não conseguiu. Então, afastou-se dela, dizendo: “Estão verdes”.
Assim também, alguns homens, não conseguindo realizar seus negócios por incapacidade, acusam as circunstâncias.
Esopo: fábulas completas. Tradução de Neide smolka. São Paulo, Moderna, 1994.
1) A raposa, não conseguindo pegar os cachos de uva suspensos em uma parreira, afastou-se dizendo que estavam verdes. Estariam mesmo verdes as uvas? Explique a fala da raposa.
________________________________________________
2) Você diria que a raposa foi persistente nesse texto? Justifique sua resposta.
______________________________________________________
3) Qual seria sua atitude se quisesse muito algo e não conseguisse obtê-lo?
( ) Simplesmente desistiria.
( ) Acharia um culpado para se ver livre da responsabilidade do fracasso.
( ) Tentaria de outras formas conseguir o desejado.
4) Como toda fábula, esta apresenta também uma lição de moral, uma reflexão sobre o comportamento humano. Qual é? Copie-a. Você acha que algumas pessoas realmente agem assim? Você já viveu uma situação parecida? Qual sua opinião sobre esse tipo de reação?
____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ |
Relembrando tipos de frases
Frase é o conjunto de palavras que comunica um pensamento completo |
As frases podem ser: Declarativa afirmativa – afirmam alguma coisa, fazem uma declaração simples: Exemplo: o rei era rico e poderoso. |
Declarativas negativas – negam alguma coisa, fazem a negação de uma declaração: Exemplo: naquela tarde o rei não assinou nenhuma sentença de morte. |
Interrogativas – perguntam alguma coisa, indicam uma interrogação: Exemplo: como é que se pode ter a maldade de matar um homem? |
Exclamativas – indica exclamação, admiração, surpresa, alegria, espanto, dor, medo, susto: Exemplo: - olha, pai! Salvei-a |
Imperativas – indicam ordem ou pedido: Exemplos: - meu filho, venha cá. - condene-os todos à morte. |
1) ”... mas não conseguiu.” “Estão verdes”. Estas frases são exemplos de frase:
( ) declarativa afirmativa e Interrogativa.
( ) imperativa e exclamativa.
( ) declarativa negativa e declarativa afirmativa.
2) ”... alguns homens, não conseguindo realizar seus negócios por incapacidade, acusam as circunstâncias”. A partir desta expressão crie uma frase:
-> interrogativa: ________________
-> exclamativa: ________________
-> imperativa: _________________
Ampliando o conhecimento
Uma das características fundamentais encontradas nas fábulas de Esopo é a brevidade, ou seja, são textos curtos, que narram com precisão as ações ocorridas com as personagens, sem que isso, é claro, prejudique a história contada.
O jeito de construir a textualidade própria da fábula contribui para torná-la concisa. Esse recurso é valioso na produção de nossos próprios textos, pois permite aos leitores entendê-los com mais clareza. Portanto é importante:
ü Evita-se frases separadas por ponto, procura-se reuni-las em um único período;
ü Evita-se a repetição de palavras iguais, usando pronomes, sinônimos, recursos de pontuação e omissão de palavras.
1) Leia os textos abaixo, observando como os fatos da fábula foram narrados:
TEXTO A
Um homem montou uma armadilha. O homem desejava caçar um animal bem grande. Foi quando apareceu um pequenino pato. O pato, vendo o que o homem fazia, pensou: “Vou pregar uma peça nesse caçador!”.
Disfarçadamente, o pato acionou a armadilha, deixando preso na armadilha o pé do atrapalhado caçador.
Moral da história: Um dia é da caça, o outro do caçador.
TEXTO B
Um homem montou uma armadilha, desejando caçar um animal bem grande. Foi quando apareceu um pequenino pato que, vendo o que ocorria, pensou: “Vou pregar uma peça nesse caçador!”.
Disfarçadamente, a ave acionou a armadilha, deixando preso o pé do atrapalhado caçador.
Moral da história: Um dia é da caça, o outro é do caçador.
2) Após a observação bem atenta dos textos A e B, responda:
a) Os dois textos contam o mesmo fato ou não? Qual ou quais diferenças podem ser observadas?
_____________________________________________________
b) Qual dos dois textos está mais claro, mais conciso, melhor elaborado? Justifique sua resposta.
______________________________________________
.3) O texto a seguir possui problemas semelhantes ao texto A analisado. Há palavras repetidas desnecessariamente e frases separadas por ponto sem junção de informações afins. Leia-o com calma, observe os termos sublinhados, reescrevendo-o de acordo com as características de um texto claro e conciso estudadas:
Numa floresta moravam dois leões. Os dois leões disputavam o trono. Um leão era forte, o outro leão era fraco. O leão forte queria mandar mais, o leão forte se achava o melhor, o mais bonito, o mais assustador. Foi quando, num belo dia, domadores invadiram a floresta e os domadores capturaram, justamente, o leão que mais belo e forte se achava.
Moral da história: Quem tudo quer tudo perde.
4) Uma das qualidades que fazem de um texto um bom texto , como vimos, é a não repetição de palavras. Para tanto, uma das formas de se conseguir isso é substituir os nomes que se repetem por pronomes. Confira:
a) A raposa viu as uvas, a raposa se pôs a dar pulos para alcançar as uvas.
b) A raposa viu as uvas, ela se pôs a dar pulos para alcançá-las.
Reescreva as frases abaixo evitando a repetição de nomes, empregando pronomes:
a) As uvas estão verdes, prefiro não comer uvas verdes.
__________________________________________________
b) Esopo escreveu muitas fábulas, as fábulas deixaram Esopo famoso.
______________________________________________________
c) A formiga estocava grãos para seu sustento, os grãos matariam a fome da formiga no inverno.
______________________________________________________
5) Releia o trecho seguinte:
Uma raposa faminta, ao ver cachos de uva suspensos em uma parreira, quis pegá-los, mas não conseguiu.
a) A palavra sublinhada foi empregada no texto para evitar a repetição de um nome. Qual?____________________________
6) Além de evitarmos as repetições de palavras, um texto também requer cuidados com relação à concordância. As palavras nas frases devem estar combinadas harmoniosamente. Observe:
Viu uma parreira carregada com uvas maduras, deliciosas.
Viu um pessegueiro carregado com pêssegos maduros, deliciosos.
Como você pode ver, o adjetivo concorda em gênero e número com o substantivo a que se refere.
a) Reescreva a fábula A raposa e o cacho de uvas de Esopo, substituindo as palavras indicadas e fazendo as alterações necessárias.
* substitua raposa por animal;
* substitua cachos de uva por um cacho de uva.
Um animal____________, ao ver um cacho de uva__________em uma parreira, quis pegá-___, mas não conseguiu. Então afastou-se dela,
dizendo: “________ __________!”
Prosseguindo
O escritor Monteiro Lobato também redigiu versões para fábulas. Vamos conhecer sua versão para o texto A raposa e o cacho de uvas de Esopo.
A raposa e as uvas
Certa raposa esfaimada encontrou uma parreira carregadinha de lindos cachos maduros, coisas de fazer vir água na boca. Mas tão altos, que nem pulando.
O matreiro bicho torceu o focinho:
— Estão verdes - murmurou. — Uvas verdes, só para cachorros.
E foi-se.
Nisto, deu um vento e uma folha caiu.
A raposa, ouvindo o barulhinho, voltou depressa, e pôs-se a farejar.
Moral da história: Quem desdenha quer comprar.
Monteiro Lobato. Fábulas. São Paulo, Brasiliense, 1991.
1) Não conseguindo apanhar as uvas que tanto queria, a raposa diz estarem verdes e que só serviriam para cachorros. Por que ela cita cães e não qualquer outro animal?
_____________________________________________________
2) Se a raposa desdenhou das uvas dizendo não querê-las mais, por que se volta rapidamente ao ouvir um barulho de algo caindo com o vento?
___________________________________________________
3) Quando Dona Benta, personagem de Monteiro Lobato, contou essa fábula a seus netos, Emília comentou: “Que coisa certa, vovó! Outro dia vi essa fábula em carne e osso. A filha do Elias Turco estava sentada à porta da venda. Eu passei com meu vestidinho novo de pintas cor-de-rosa e ela fez um muxoxo: ‘Não gosto de chita cor-derosa.’ Uma semana depois, eu a encontrei toda importante num vestido cor-de-rosa, igualzinho ao meu, namorando o filho do Quindó...”.
a) E você, já presenciou ou saberia dar um outro exemplo de alguma situação semelhante à analisada na fábula? Conte-a para seus colegas, dando seu ponto de vista.
_____________________________________________________
3) Releia (abaixo) as duas versões da fábula (a de Esopo e a de Millôr Fernandes), procurando observar que, embora ambas apresentem as mesmas ideias, a segunda é mais detalhada.
A raposa e as uvas
Esopo
Morta de fome, uma raposa foi até um vinhedo sabendo que ia encontrar muita uva. A safra tinha sido excelente. Ao ver a parreira carregada de cachos enormes, a raposa lambeu os beiços. Só que sua alegria durou pouco: por mais que tentasse, não conseguia alcançar as uvas. Por fim, cansada de tantos esforços inúteis, resolveu ir embora, dizendo:
- Por mim, quem quiser essas uvas pode levar. Estão verdes, estão azedas, não me servem. Se alguém me desse essas uvas eu não comeria.
Morta de fome, uma raposa foi até um vinhedo sabendo que ia encontrar muita uva. A safra tinha sido excelente. Ao ver a parreira carregada de cachos enormes, a raposa lambeu os beiços. Só que sua alegria durou pouco: por mais que tentasse, não conseguia alcançar as uvas. Por fim, cansada de tantos esforços inúteis, resolveu ir embora, dizendo:
- Por mim, quem quiser essas uvas pode levar. Estão verdes, estão azedas, não me servem. Se alguém me desse essas uvas eu não comeria.
Moral: Desprezar o que não se consegue conquistar é fácil.
Do livro: Fábulas de Esopo - Companhia das Letrinhas
A Raposa e as uvas
Millôr Fernandes
De repente a raposa, esfomeada e gulosa, fome de quatro dias e gula de todos os tempos, saiu do areal do deserto e caiu na sombra deliciosa do parreiral que descia por um precipício a perder de vista. Olhou e viu, além de tudo, à altura de um salto, cachos de uvas maravilhosos, uvas grandes, tentadoras. Armou o salto, retesou o corpo, saltou, o focinho passou a um palmo das uvas. Caiu, tentou de novo, não conseguiu. Descansou, encolheu mais o corpo, deu tudo que tinha, não conseguiu nem roçar as uvas gordas e redondas. Desistiu, dizendo entre dentes, com raiva: "Ah, também, não tem importância. Estão muito verdes." E foi descendo, com cuidado, quando viu à sua frente uma pedra enorme. Com esforço empurrou a pedra até o local em que estavam os cachos de uva, trepou na pedra, perigosamente, pois o terreno era irregular e havia o risco de despencar, esticou a pata e. . . conseguiu ! Com avidez colocou na boca quase o cacho inteiro. E cuspiu. Realmente as uvas estavam muito verdes !
MORAL: A FRUSTRAÇÃO É UMA FORMA DE JULGAMENTO TÃO BOA COMO QUALQUER OUTRA.
Compare, nas duas versões, como são apresentados:
a) A personagem;____________________________
b) O local;___________________________________
c) As ações da personagem;_____________________
d) A reação da raposa, quando percebe que as uvas estão
altas;___________________________________________
e) A reação da raposa, quando cai algo da árvore;_________
f) A moral;_____________________________________
g) A fala da raposa._______________________________
4) Continuando a comparação da versão de Millôr Fernandes à de Esopo.
a) Até certo ponto da história, as duas fábulas são praticamente iguais. A partir de que trecho a versão de Millôr fica diferente da versão de Esopo?
__________________________________________________
b) Qual é o fato da versão de Millôr que altera completamente a história?
________________________________________________
c) A moral da história de Millôr Fernandes é claramente identificada: “a frustração é uma forma de julgamento como qualquer outra”. Escreva seu entendimento dessa expressão.
_________________________________________________
d) Consulte o dicionário e veja qual sentido das palavras frustração e julgamento corresponde ao que elas têm no contexto. Depois responda: O que esse moral quer dizer?
____________________________________________________
e) Qual das frases abaixo traduz a idéia principal dessa moral?
( ) Uma pessoa frustrada não sabe fazer um bom julgamento.
( ) Às vezes, uma mentira acaba expressando uma verdade.
( ) Uma pessoa malsucedida acaba tirando conclusões errada
5) Assinale X nas principais mudanças encontradas nas fábulas de Esopo e de Millôr Fernandes:
( ) Esopo escreve de forma mais resumida, já Millôr Fernandes procura ampliar um pouco mais as idéias da fábula;
( ) O jeito de escrever de Millôr Fernandes facilita compreender melhor a fábula, pois seu texto dá mais detalhes sobre a história contada;
( ) Houve uma mudança de texto narrativo para texto poético;
( ) Aparecem mais adjetivos na versão de Millôr Fernandes que descrevem a personagem e enriquecem o enredo;
( ) Embora hajam mudanças no jeito de contar de cada autor, os fatos narrados continuam os mesmos.
_____________________________________________________
Lembrando substantivo próprio e substantivo comum
Substantivo próprio e aquele que nomeia um ser em particular. é escrito com letra inicial maiúscula. Exemplos: Bruno, Geovana, Recife, Brasil. Substantivo comum é aquele que dá nome aos seres da mesma espécie. Exemplos: menino, cordão, jardim, feijão. |
1) Identifique nas duas versões da fábula (a de Esopo e a de Monteiro Lobato), os substantivos próprios.
___________________________________________________
2) Transcreva os substantivos comuns que aparecem versão de Esopo.
A raposa e as uvas (Esopo) |
Substantivos comuns |
3) Sabe-se que adjetivos são palavras que acompanham o substantivo, dando-lhe uma qualidade e concordando em gênero e número com o substantivo. Exemplificando: a raposa gulosa (singular) – as raposas gulosas (plural).
Seu desafio agora é extrair da fábula, versão de Millôr Fernandes, as expressões com adjetivos, separando os substantivos e os adjetivos.
Expressões | Substantivos | Adjetivos |
ESTUDANDO AS VOZES DO TEXTO
Toda história que lemos ou ouvimos, nos é contada por um narrador. Ele pode participar da narrativa (narrador personagem) ou pode simplesmente contá-la como alguém que observou de fora a cena (narrador observador). Através da fala (voz) do narrador, podemos conhecer os fatos acontecidos. O narrador pode, também, falar pela personagem ou dar-lhe voz para que a própria personagem fale.
1) Na fábula A raposa e as uvas, (a de Esopo e a de Millôr Fernandes), o narrador participa da história ou simplesmente conta a história estando fora dela? Qual o nome dado a esse tipo de narrador?
______________________________________________
2) Destaque na fábula A raposa e as uvas, nas três versões abaixo, com amarelo, a voz somente do narrador e com lápis vermelho a fala da personagem raposa.
A raposa e as uvas
Esopo
Morta de fome, uma raposa foi até um vinhedo sabendo que ia encontrar muita uva. A safra tinha sido excelente. Ao ver a parreira carregada de cachos enormes, a raposa lambeu os beiços. Só que sua alegria durou pouco: por mais que tentasse, não conseguia alcançar as uvas. Por fim, cansada de tantos esforços inúteis, resolveu ir embora, dizendo:
- Por mim, quem quiser essas uvas pode levar. Estão verdes, estão azedas, não me servem. Se alguém me desse essas uvas eu não comeria.
Moral: Desprezar o que não se consegue conquistar é fácil.
Do livro: Fábulas de Esopo - Companhia das Letrinhas
A Raposa e as Uvas
Certa raposa esfaimada encontrou uma parreira carregadinha de lindos cachos maduros, coisas de fazer vir água na boca. Mas tão altos, que nem pulando.
O matreiro bicho torceu o focinho:- Estão verdes - murmurou. - Uvas verdes, só para cachorros. E foi-se.
Nisto, deu o vento e uma folha caiu.
A raposa, ouvindo o barulhinho, voltou depressa, e pôs-se a farejar.
Moral da História: Quem desdenha quer comprar.
Monteiro Lobato. Fábulas. São Paulo, Brasiliense, 1991.
A Raposa e as uvas
Millôr Fernandes
De repente a raposa, esfomeada e gulosa, fome de quatro dias e gula de todos os tempos, saiu do areal do deserto e caiu na sombra deliciosa do parreiral que descia por um precipício a perder de vista. Olhou e viu, além de tudo, à altura de um salto, cachos de uvas maravilhosos, uvas grandes, tentadoras. Armou o salto, retesou o corpo, saltou, o focinho passou a um palmo das uvas. Caiu, tentou de novo, não conseguiu. Descansou, encolheu mais o corpo, deu tudo que tinha, não conseguiu nem roçar as uvas gordas e redondas. Desistiu, dizendo entre dentes, com raiva: "Ah, também, não tem importância. Estão muito verdes." E foi descendo, com cuidado, quando viu à sua frente uma pedra enorme. Com esforço empurrou a pedra até o local em que estavam os cachos de uva, trepou na pedra, perigosamente, pois o terreno era irregular e havia o risco de despencar, esticou a pata e. . . conseguiu ! Com avidez colocou na boca quase o cacho inteiro. E cuspiu. Realmente as uvas estavam muito verdes !
MORAL: A FRUSTRAÇÃO É UMA FORMA DE JULGAMENTO TÃO BOA COMO QUALQUER OUTRA.
3)Preste atenção na fala da raposa na fábula de Esopo e depois veja como a fala dela aparece na versão de Lobato e na versão de Millôr Fernandes. Percebeu diferenças com relação à pontuação? Quais?
Resposta: __________________________________________
4) Essas possibilidades de se colocar as falas das personagens no texto estão corretas? Qual normalmente, você usa na construção de seus textos narrativos?
Resposta: ___________________________________________
5) Observe a narração do seguinte trecho: “Não conseguindo ver seu time vitorioso no campeonato escolar, o garoto disse que não tinha problema nenhum, não ligava se ganhasse ou perdesse mesmo.”
Como poderia ser a voz do garoto se ele falasse diretamente. Reescreva o trecho usando o Discurso direto fazendo as alterações necessárias.
a) Utilize aspas.
_______________________________________________
________________________________________________
_________________________________________________
b) Utilize parágrafo e travessão.
_________________________________________________
_________________________________________________
______________________________________________________
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Como você percebeu, as falas das personagens podem vir destacadas de duas maneiras: por meio de aspas, na mesma linha do narrador e por meio de parágrafo e travessão, escritas na outra linha. Quando isso ocorre, ou seja, a personagem fala diretamente com sua voz, chama-se DISCURSO DIRETO. Quando o narrador, indiretamente, conta o que a personagem falou, ou seja, usa a forma indireta para expor a fala da personagem, chama-se DISCURSO INDIRETO.
Observe:
O matreiro bicho torceu o focinho:
— Estão verdes - murmurou. — Uvas verdes, só para cachorros. (DISCURSO DIRETO)
O matreiro bicho torceu o focinho murmurando que estavam
verdes e que uvas verdes seriam só para cachorros. (DISCURSO INDIRETO)
6) Leia a fábula a seguir, não há pontuação nenhuma nas falas das personagens, escolha uma das formas vistas de construção de discurso direto e reescreva-a no caderno.
O caranguejo e sua mãe
A mãe, tentando ensinar seu filhinho caranguejo, disse Não andes de lado, nem esbarre teu corpo no rochedo úmido. E ele disse Mãe, tu, se queres ensinar-me, anda direito e eu, olhando, te imitarei.
É conveniente que os que repreendem os outros vivam e andem direito e, então, ensinem de acordo.
_________________________________________________
7) Transcreva para o caderno a fábula a raposa e as uvas na versão de Millôr Fernandes colocando-a no discurso direto. Também faça a ilustração.
As Fábulas Revisitadas na Atualidade
As fábulas, histórias milenares, nos fascinam até os dias de hoje pelo seu caráter mágico e principalmente pelo que ela representa e simboliza. Ao retratar os animais nos fazem refletir seriamente sobre o comportamento humano. Talvez por isso, elas tenham encantado a todos e em especial escritores que não cansam de recontá-las. Atualmente, estas verdades ditas nas entrelinhas são revisitadas de diferentes e criativas formas e linguagens.
1) Leia a recriação moderna da fábula A raposa e as uvas na versão bem humorada de Jô Soares, publicada na revista VEJA.
A raposa e as uvas
Passava certo dia uma raposa perto de uma videira. Apesar de normalmente nunca se alimentar de uvas, pois se trata de um animal carnívoro e não vegetariano - o que nos faz desconfiar um pouco da fábula original -, sua atenção foi chamada pela beleza dos
cachos que reluziam ao sol. Fenômeno estranhíssimo, uma vez que, geralmente, para desespero dos ecologistas, dos adeptos de alimentos naturais, toda fruta cultivada é revestida por uma fina camada protetora de inseticida e dificilmente pode refletir a luz solar com tal intensidade. Sendo curiosa e matreira como toda a raposa matreira e curiosa, aproximou-se para melhor observar a videira. Os cachos estavam colocados muito acima de sua cabeça, e o animal (sem insulto) não teve oportunidade de prová- los, mas, sendo grande conhecedor de frutas, bastou-lhe um olhar para perceber que as uvas não estavam maduras.
"Estão verdes" - disse a raposa, deixando estupefatos dois coelhos que estavam ali perto e que nunca tinham visto uma raposa falar. Aliás, depois dos últimos acontecimentos envolvendo gravadores ocultos, as raposas andavam cada vez mais caladas. Na verdade, seu comentário foi ainda mais espantoso, uma vez que as uvas não eram do tipo moscatel, mas sim pequeninas e pretas, podendo facilmente serem confundidas, à primeira vista, com jabuticabas. Note-se por esse pequeno detalhe aparentemente sem importância o profundo conhecimento que a raposa tinha de uvas ao afirmar, com convicção, que, apesar de pretas, elas eram verdes. Dito isso, afastou-se daquele local e foi tentar mais uma vez comer o queijo do corvo, outra compulsão neurótica, pois sabemos perfeitamente que a raposa odeia queijo. Horas depois, passa em frente à mesma videira outra canis vulpes (nome sofisticado do mesmo bicho), mais
alta do que a primeira. Sua cabeça alcança os cachos e ela os devora avidamente. No dia seguinte ao frutífero festim, o pobre bicho acorda com lancinantes dores estomacais. Seu veterinário, imediatamente convocado, diagnostica uma intoxicação provocada por farta ingestão de uvas verdes.
Moral: “Nem todas as raposas são despeitadas”.
(Jô Soares (Revista Veja - 1º/abril/1992)
1) Através de muita ironia, isto é, de um jeito debochado e engraçado, Millôr tira sarro e questiona a moral proposta pela fábula original de Esopo. Vamos fazer um levantamento desses elementos irônicos. Localize no texto os comentários que o autor tece em relação aos fatos abaixo, registrando-os em seguida.
* O interesse de raposa por uvas.
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* Cachos que reluziam ao sol.
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* Todas as raposas serem matreiras e curiosas.
___________________________________________________
* Se referir à raposa como animal.
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* A raposa falar.
__________________________________________________
* Uvas pretas estarem verdes.
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* A raposa ir comer o queijo do corvo.
__________________________________________________
* Chamar a raposa de canis vulpes.
__________________________________________________
2) “Aliás, depois dos últimos acontecimentos envolvendo gravadores ocultos, as raposas andavam cada vez mais caladas.”
Há, neste trecho do texto, uma referência explícita a acontecimentos políticos que pautavam a vida nacional, especialmente quanto a denúncias contra diversos parlamentares reveladas a partir da gravação de conversas particulares.
a) A quem, então, o autor está chamando de raposas? Você concorda? Comente._______________________________________________
3) De acordo com a moral da história de cada uma das versões da fábula A raposa e as uvas lidas, descubra a que fábula se referem as explicitações a seguir:
A. Esopo
B. Monteiro Lobato
C. Millôr Fernandes
D. Jô Soares
( ) Culpa as circunstâncias pelo fracasso das pessoas, incutindo nelas o comodismo, o desinteresse de tentar sempre uma vez mais;
( ) Sugere ao texto um novo sentido, fugindo do caráter obrigatório de ter que ter um ensinamento, valorizando o caráter lúdico, do humor, da possibilidade de tentar muitas vezes e até de errar sem culpa;
( ) Diz que a frustração é uma forma de julgamento tão boa como qualquer outra;
( ) Trata de tipos de pessoas que, quando não conseguem ou não têm o que querem, ao invés de irem à luta, desanimam e desistem, desvalorizando o objeto ou a situação desejada.
4) Vimos que, na versão da fábula A raposa e as uvas escrita por JÔ, a raposa adquire características humanas, adjetivos que representam atitudes e comportamentos próprios de pessoas. Esse é um aspecto fundamental no entendimento das fábulas. Relacione a seguir quais adjetivos, geralmente, caracterizam as personagens animais das fábulas simbolizando tipo de pessoas:
1. raposa ( )trabalhadeira, organizada
2. leão ( )feio, agourento
3. pavão ( ) vagarosa, lenta
4. lobo ( ) ingênuo, inocente, frágil
5. burro ( ) perigosa, traiçoeira
6. corvo ( ) estúpido, ingênuo, bobo
7. formiga ( ) forte, poderoso
8. serpente ( ) vaidoso
9. ovelha ( ) fiel, protetor, amigo
10. cão ( ) astuta, esperta
11. tartaruga ( ) mau, feroz
Mais fábulas
A raposa e a cegonha
Um dia a raposa convidou a cegonha para jantar. Querendo pregar uma peça na outra, serviu sopa num prato raso. Claro que a raposa tomou toda a sua sopa sem o menor problema, mas a pobre da cegonha com seu bico comprido não pôde tomar uma gota. O resultado foi que a cegonha voltou para casa morrendo de fome. A raposa fingiu que estava preocupada, perguntou se a sopa não estava do gosto da cegonha, mas a cegonha não disse nada. Quando foi embora, agradeceu muito a gentileza da raposa e disse que fazia questão de retribuir o jantar no dia seguinte.
Assim que chegou, a raposa se sentou lambendo os beiços
de fome, curiosa para ver as delícias que a outra ia servir. O jantar veio para a mesa numa jarra alta, de gargalo estreito, onde a cegonha podia beber sem o menor problema. A raposa, amoladíssima, só teve uma saída: lamber as gotinhas de sopa que escorriam pelo lado de fora da jarra. Ela aprendeu muito bem a lição. Enquanto ia andando para casa, faminta, pensava: “Não posso reclamar da cegonha. Ela me tratou mal, mas fui grosseira com ela primeiro”.
Moral: Trate os outros tal como deseja ser tratado.
Do livro: Fábulas de Esopo - Companhia das Letrinhas
1) Quais os personagens desta fabula?
___________________________________________
2) No texto, que atitude de seres humanos esses animais assumiram?
____________________________________________
_____________________________________________
4) Descreva a forma como cada animal serviu o jantar:
______________________________________________
5) Você acha que pagar com a mesma atitude o que alguém lhe fez é correto? Por quê?
_______________________________________________
6) Como você acha que teria sido a historia se a cegonha tivesse falado para a raposa que não gostou da atitude dela?
_______________________________________________
7) Este texto é:
( ) Fictício, pois animais não falam
( ) Real, mas só pode ocorrer na floresta
( ) Nenhuma das alternativas.
8) Pelo nome do autor, você seria capaz de concluir que ele é:
( )Brasileiro ( )Francês ( ) Grego ( )Inglês
9) Procure no texto e escreva abaixo, justificando:
a) três palavras monossílabas: ________________________
a)cinco palavras trissílabas:___________________________
b)cinco palavras dissílabas:___________________________
c)três ou mais palavras polissílabas:_____________________
11) Recrie esta historia de forma que a cegonha manifeste sua insatisfação em relação a atitude da raposa e que maneira diferente retribuiu o jantar no dia seguinte. Não esqueça a ilustração.
_________________________________________ Pode usar folha de linguagem ou, aós o rascunho, digitar no Word. __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ |
O sapo e o boi
Há muito, muito tempo existiu um boi imponente.
Um dia o boi estava dando seu passeio da tarde quando um pobre sapo, todo mal vestido, olhou para ele e ficou maravilhado. Cheio de inveja daquele boi que parecia o dono do mundo, o sapo chamou os amigos.
– Olhem só o tamanho do sujeito! Até que ele é elegante, mas grande coisa; se eu quisesse também era.
Dizendo isso o sapo começou a estufar a barriga e em pouco tempo já estava com o dobro do seu tamanho normal.
– Já estou grande que nem ele? – perguntou aos outros sapos.
– Não, ainda está longe! – responderam os amigos.
O sapo se estufou mais um pouco e repetiu a pergunta.
– Não – disseram de novo os outros sapos –, e é melhor você parar com isso porque senão vai acabar se machucando.
Mas era tanta vontade do sapo de imitar o boi que ele continuou se estufando, estufando, estufando – até estourar.
Moral: Seja sempre você mesmo.
Do livro: Fábulas de Esopo - Companhia das Letrinhas
1) Identifique o fato que dá início à história:
______________________________________________
2) O que significa inveja para você?
2) O que significa inveja para você?
_______________________________________________
3) Nas narrativas, por algum motivo, acontece alguma coisa ou algum personagem toma uma atitude que dá origem a transformações no estado inicial. Identifique essa parte do texto chamado complicação:
_____________________________________________________
4) Há um ponto da narrativa em que a ação atinge seu momento crítico. Identifique no texto o clímax desta fábula.
_____________________________________________________
5) O desfecho é a solução do conflito produzido pelas ações dos personagens. Restabelece-se o equilíbrio, podendo haver espaço para uma avaliação de tudo o que foi narrado.
a) Neste texto, qual é o fato que representa o desfecho?
___________________________________________________
b) Qual é a avaliação que podemos fazer da atitude do sapo, considerando a moral apresentada “seja sempre você mesmo”?
______________________________________________________
6) Nos textos narrativos, há geralmente várias vozes. Uma é a do narrador, que relata a história, e as outras são das personagens, que conversam entre si. Considerando o quarto parágrafo do texto
responda:
a) Qual trecho corresponde à voz do narrador?
________________________________________
b) À qual personagem pertence a fala que predomina nesse parágrafo?
_____________________________________________
7) Identifique a quantidade de parágrafos no texto.
_____________________________________________
8) As personagens das fábulas apresentam sempre características humanas, uma vez que refletem as atitudes das pessoas.
a) Em relação ao texto, apresente uma característica do sapo que, muitas vezes, é própria do ser humano.
____________________________________________
9) No texto, o trecho “– Olhem só o tamanho do sujeito!” apresenta discurso direto ou indireto?
____________________________________________________
10) No texto, há uma expressão de tempo. Essa expressão indica tempo determinado, preciso? Justifique, retirando do texto essa indicação.
______________________________________________________
11) As personagens das fábulas representam defeitos e qualidades humanas, transmitindo um ensinamento. Releia a fábula e explique a lição de vida que ela nos mostram.
____________________________________________________________________________________________________________________
12) Escolha a única resposta certa, assinalando-a com um “x” nos parênteses à esquerda.
Nas fábulas, de modo geral, o narrador é:
( A ) onisciente, pois sabe tudo sobre as personagens.
( B ) onipotente, pois além de saber tudo sobre as personagens, age.
( C ) personagem, uma vez que conta, age e interfere na história.
( D ) observador, pois conta a história, olhando-a de fora.
( E ) observador, uma vez que ao contar a história, participa ativamente dela.
13) A respeito da fábula, de modo geral, assinale a alternativa correta.
( A ) Apresenta uma narrativa longa, contendo muitos personagens.
( B ) Os personagens são apenas objetos personificados.
( C ) Pretende transmitir um ensinamento.
( D ) Relata mistérios e assassinatos em castelos medievais.
( E ) Nem sempre apresenta uma lição e uma moral da história.
14) Sobre os amigos do sapo, no texto, é correto dizer que eles
( A ) desafiaram o sapo a ser como o boi.
( B ) não deram importância à atitude do sapo.
( C ) tentaram fazer com que o amigo desistisse da idéia.
( D ) apoiaram a atitude do amigo.
( E ) queriam que o boi perdesse a pose.
Revendo pronomes pessoais e de de tratamento
Pronomes são palavras que substituem ou acompanham os nomes.
Os pronomes que substituem os nomes são chamados pronomes pessoais e podem ser retos, oblíquos e de tratamento.
Visualizando-os nas tabelas abaixo:
Pronomes pessoais retos
Singular | 1ª pessoa – a pessoa que fala: eu 2ª pessoa – a pessoa com quem se fala: tu 3ª pessoa – a pessoa de quem se fala: ele, ela |
Plural | 1ª pessoa – as pessoas que falam: nós 2ª pessoa – as pessoas com quem se fala: vós 3ª pessoa – as pessoas de quem se fala: eles, elas |
Pronomes pessoais oblíquos
Singular | 1ª pessoa – me, mim, comigo 2ª pessoa – te, ti, contigo 3ª pessoa – se, si, consigo, o, a, lhe |
Plural | 1ª pessoa – nos, conosco 2ª pessoa – vos, convosco 3ª pessoa – se, si, consigo, os, as, lhes |
Obs: | Quando os pronomes o, a, os, as se juntam aos verbos terminados em r, transformam-se em lo, la, los, las. Exemplo: Vou ajudar a cegonha. Vou ajuda-la. |
Pronomes pessoais de tratamento
Pronomes de tratamento | Abreviatura Singular | Abreviatura Plural | Usados para: |
Você | V. | VV. | Usado para um tratamento íntimo, familiar. |
Senhor, Senhora | Sr., Sr.ª | Srs., Srª.s | Pessoas com as quais mantemos um certo distanciamento mais respeitoso |
Vossa Senhoria | V. S.ª | V. Sª.s | Pessoas com um grau de prestígio maior. Usualmente, os empregamos em textos escritos, como: correspondências, ofícios, requerimentos, etc. |
Vossa Excelência | V. Ex.ª | V. Ex.ªs | Usados para pessoas com alta autoridade, como: Presidente da República, Senadores, Deputados, Embaixadores, etc. |
Vossa Eminência | V. Em.ª | V. Em.ªs | Usados para Cardeais. |
Vossa Alteza | V. A. | V V. A A. | Príncipes e duques. |
Vossa Santidade | V.S. | - | Para o Papa. |
Vossa Reverendíssima | V. Rev.mª | V. Rev.mªs | Sacerdotes e Religiosos em geral. |
Vossa Paternidade | V. P. | VV. PP. | Superiores de Ordens Religiosas. |
Vossa Magnificência | V. Mag.ª | V. Mag.ªs | Reitores de Universidades |
Vossa Majestade | V. M. | V V. M M. | Reis e Rainhas. |
Observação importante:
# O pronome de tratamento concorda com o verbo na 3ª pessoa. Por exemplo: Vossa Senhoria está feliz.
# O pronome de tratamento concorda com o verbo na 3ª pessoa. Por exemplo: Vossa Senhoria está feliz.
#Quando se referir à 3ª pessoa, o pronome de tratamento é precedido de sua:
Sua Majestade, a rainha da Inglaterra, chega hoje ao Brasil.
Sua Majestade, a rainha da Inglaterra, chega hoje ao Brasil.
a) Releia a fábula “O sapo e o boi”, transcreva e classifique os pronomes pessoais e de tratamento que aparecem.
b) Escreva os pronomes de tratamento adequado, fazendo de conta que os personagens desta fábula transformaram-se em
* Príncipes: _______________________
* Reis: ___________________________
c) Supondo que o boi foi eleito Presidente da República dos Animais e o sapo, Senador, crie uma frase para cada um empregando o pronome de tratamento correspondente.
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REVENDO VERBO
VERBO - É a classe de palavras variáveis em pessoa, número, tempo, modo e voz, que indicam ação(correr), estado(ficar),fenômeno da natureza (chover), fato(nascer).
FLEXÕES VERBAIS
Pessoa = varia a forma verbal para indicar a pessoa gramatical a que se refere.
1ª pessoa - orador (que fala)
2ª pessoa - interlocutor (com quem se fala)
3ª pessoa - assunto (de que se fala)
Número = varia a forma verbal para indicar o número de sujeitos a que se refere.
Singular - refere-se a um único sujeito. Por exemplo, o menino fala.
Plural - refere-se a mais de um sujeito. Por exemplo, os meninos falam.
Tempo = varia a forma verbal para indicar o tempo em que o fato ocorre.
Presente - indica que a ação acontece durante o momento em que se fala. Por exemplo, eu estudo.
Pretérito - indica que a ação aconteceu antes de se falar. Por exemplo, eu estudei.
Futuro - indica que a ação vai acontecer depois de se falar. Por exemplo, eu estudarei.
Modo = varia a forma verbal para indicar o modo em que ocorre o fato.
Indicativo - indica uma certeza, uma realidade. Por exemplo, eu sempre estudo.
Subjuntivo - indica uma dúvida, uma possibilidade. Por exemplo, talvez eu estude amanhã.
Imperativo - indica uma ordem, um pedido. Por exemplo, estuda agora, menino.
Além dos três modos verbais, existem as três formas nominais, observe:
Infinitivo - passa a substantivo. Por exemplo, o correr…
Gerúndio - passa a substantivo. Por exemplo, o formando…
Particípio - passa a substantivo ou adjetivo. Por exemplo, o feito… e o trabalho realizado.
Voz = indica se o sujeito pratica ou recebe a ação.
Ativa - o sujeito pratica a ação, por isso é um sujeito agente. Por exemplo, o soldado invadiu o velho casarão.
Passiva - o sujeito sofre a ação, por isso é um sujeito paciente. Por exemplo, o velho casarão foi invadido pelo soldado (forma analítica); invadiu-se um velho casarão (forma sintética ou pronominal).
Reflexiva - o sujeito pratica e recebe a ação. Por exemplo, eu me olhei ao espelho. A menina feriu-se. O garoto vestiu-se rapidamente.
1) Volte à fábula “O sapo e o boi” e sublinhe os verbos.
2) Utilize os verbos sublinhados no texto (O sapo e o boi) e preencha a tabela.
Verbos | Conjugação | Modo do verbo | Tempo do verbo |
3) Neste mesmo texto aparece verbo nas formas nominais. Coloque-os na tabela abaixo.
Verbos | Infinitivo | Gerúndio | Particípio |
4) Reproduza a fábula abaixo colocando-a no futuro do presente do modo indicativo eliminando expressões intrusas e palavras repetitivas.
O boi e o cavalo
Era uma vez, o cavalo que estava comendo e o boi foi comer ao lado do cavalo e ele não gostou dele.
Um certo dia ele estava passeando pelo quintal quando o boi viu o cavalo e ele ficou com raiva porque o dono deles fazia muitas coisas para o cavalo e ele não gostava porque ele achava ele melhor.
Um dia o cavalo estava passeando e viu o boi num morro tão alto e ele estava quase caindo, mas o cavalo saiu correndo e ele conseguiu salva-lo e eles foram felizes para sempre.
Moral: Nunca se achar melhor que os outros.
Salvar os amigos sempre que puder
Beatriz
O boi e o cavalo __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ |
5) Conjugue os verbos :
- passear no pretérito perfeito do modo indicativo
Tu
Ele/ela
Nós
Vós
Eles/elas
- ver
Tu
Ele/ela
Nós
Vós
Eles/elas
6) Para casa
Pesquise em livros ou na internet outras fábulas, inclusive de outros autores, para montar um mural na sala ou no corredor da escola. Recontar para a turma a que achou mais interessante.
PRODUZINDO UMA FÁBULA
Chegou o momento de criarmos nosso FABULÁRIO, nossa coletânea de fábulas. Agora, fabularemos, ou seja, narraremos em forma de fábulas, produzindo um livro ilustrado. E vocês serão os fabulistas, isto é, os autores.
Essa tarefa é fácil, pois já tivemos a oportunidade de conhecer escritores que souberam contar, recontar e encantar com suas versões rememorando para nosso deleite essas histórias tão cheias de ensinamentos, escritas não para que simplesmente as aceitemos como verdades absolutas, mas com direito a discordar delas se preciso, contrapondo nossos pontos de vista, argumentando, polemizando, enriquecendo o nosso jeito de ver e pensar o mundo.
Propondo a escrita de uma fábula
Como você aprendeu, a fábula é uma pequena narrativa, cujas personagens são geralmente animais que pensam, falam e agem como se fossem seres humanos. É um tipo de texto que apresenta no final uma lição de moral, no modo explicativo ou forma de um provérbio (ensinamentos que chamam a atenção para o nosso modo de agir e de pensar). Além disso, apresenta forma concisa, tempo e espaço imprecisos, personagens simples, diálogos curtos, quase ausência de descrições. A narração é em terceira pessoa e o narrador é sempre um observador que não participa da história. As personagens caracterizam-se por um único traço: Exemplos: o cordeiro é ingênuo; a raposa esperta; o pavão vaidoso. Isso torna mais fácil identificá-los com o ser humano.
Sabe o que são PROVÉRBIOS?
São dizeres que fazem parte do conhecimento popular. São
frases feitas , cujo conteúdo tem por objetivo alertar, aconselhar de forma indireta e rápida. Esopo terminava suas fábulas com frases explicativas, representando a moral, já os fabulistas a partir de Monteiro Lobato, introduziram os provérbios como encerramento de seus textos, utilizando-os de forma precisa e engraçada para conseguirem o efeito desejado.
Alguns provérbios para você relembrar:
_ Quem com ferro fere, com ferro será ferido!
_ Quem não deve, não teme.
_ Quem ama o feio, bonito lhe parece.
_ Quem não arrisca, não petisca.
_ Mais vale um pássaro na mão do que dois voando.
_ Pau que nasce torto nunca se endireita.
Apresentando a proposta
Certamente seu repertório de fábulas aumentou muito no decorrer dessas atividades. Além das fábulas lidas e estudadas, você pesquisou e compartilhou com sua turma tantas outras, enriquecendo, assim, seu acervo relativo a esse gênero.
1) Escolha, então, uma fábula conhecida, criando uma nova versão para ela, modernizando-a e, se quiser, usando de bom humor como fez Jô Soares.
2) Assista ao vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=IezC65lMZKY e, em seguida, reproduza a história por escrito em forma de prosa ou poema. Ilustre.
3) Assim como Millôr Fernandes e outros autores , recrie ou crie uma nova fábula. Abaixo, há mais alguns exemplos de provérbios e um quadro de imagens para você se situar. Use a criatividade.
PROVÉRBIOS:
- O que os olhos não veem o coração não sente.
- O seguro morreu de velho.
- A gentileza é mais poderosa do que a força.
- O rio aumenta é com água suja.
- Saber não ocupa lugar.
- Filho de peixe, peixinho é.
Outros provérbios e a sua “atualização”:
- Quem fala muito dá bom dia a cavalo.
Quem é educado dá bom dia a pé e a cavalo.
- A corda sempre arrebenta do lado mais fraco.
A corda sempre arrebenta do lado do contribuinte.
- Quem com ferro fere, com ferro será ferido.
Precavida, já não confere ferro para não ser ferida.
- Quem dá aos pobres empresta a Deus.
Quem dá aos pobres diz adeus.
- Errar é humano, admitir o erro é divino.
Errar é humano, persistir no erro é burrice.
Planejando sua escrita
Ao escrever, primeiramente, seu rascunho, preste atenção nas dicas a seguir que farão de seu texto um BOM TEXTO:
• Lembre-se de que o narrador somente conta os fatos sem participar diretamente deles (narrador observador).
• Procure usar personagens que representem atitudes e comportamentos que melhor condizem com as pessoas que serão retratadas na fábula.
• Seja conciso, não abuse das descrições, reúna informações em um texto breve. Evite repetições de palavras, use bem o recurso da pontuação.
• Faça diálogos, marcando as falas das personagens com aspas ou com travessão.
• Escreva a moral da história de modo explicativo ou utilizando um
Provérbio.
• Dê um título.
Avaliando sua escrita
Aspectos a observar | De acordo | Melhorar. |
Criou personagens característicos de uma fábula? Descreveu-os de maneira breve? | ||
Na história, as atitudes e o modo de pensar das personagens podem ser comparados com seres humanos? | ||
Criou uma situação-problema envolvendo as personagens, criando, assim, um conflito? | ||
A resolução do problema combina com sua intenção e com a moral criada para a fábula? | ||
A moral escolhida para a história combina com a fábula escrita e com sua intenção? | ||
O texto está conciso, reuniu várias informações em trechos curtos, organizando as ideias de forma clara, usando sinais de pontuação? | ||
Evitou repetições de palavras, substituindo-as por pronomes, sinônimos ou simplesmente eliminando-as, caso faça sentido? | ||
As falas das personagens aparecem sinalizadas com aspas ou parágrafo e travessão? | ||
Utilizou um narrador observador para contar os fatos? | ||
O tempo e o espaço da história estão indeterminados como nas fábulas? | ||
O título é adequado ao texto e é típico de uma fábula? |
Reescrevendo sua fábula
Feitas todas as observações acima necessárias, procure, ainda, trocar de trabalho com alguns colegas. Dessa forma, seu texto será corrigido por você e por outros revisores, diminuindo qualquer possibilidade de inadequações. Após esse trabalho, o professor fará a averiguação final, destacando as contribuições que forem precisas.
Lembre-se: sua fábula será publicada em livro o que faz com que sejam redobrados os cuidados. Só então passe-a a limpo em material combinado (folha de linguagem ou digitar no Word) não esquecendo das ilustrações, para a montagem do livro.
Ilustrando a fábula
A arte final é um fator indispensável para o sucesso do trabalho. Saiba que não é só mera reprodução visual do texto escrito; é, sim, um novo texto que se faz vislumbrar, enriquecendo, ampliando e complementando o já existente. Elaborar a ilustração para a capa do livro coletivo que será montado. Portanto, CAPRICHE!!
PRODUTO FINAL
O produto final é a criação de um livro coletivo de fábulas.
Com o conjunto de fábulas produzidas, construa coletivamente o livro que será entregue aos leitores determinados por você e pelo grupo para apreciação.
Com o conjunto de fábulas produzidas, construa coletivamente o livro que será entregue aos leitores determinados por você e pelo grupo para apreciação.
Combinar um momento ( com a orientação da professora) para eventuais trocas de diálogo entre os leitores convidados e os autores, no caso, vocês.
Avaliação
Análise das produções dos alunos, verificando a aprendizagem das características textuais da fábula, desenvolvimento da expressão oral e escrita e da revisão sobre aspectos discursivos e textuais e criatividade de cada um.
Avaliação
Análise das produções dos alunos, verificando a aprendizagem das características textuais da fábula, desenvolvimento da expressão oral e escrita e da revisão sobre aspectos discursivos e textuais e criatividade de cada um.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CADERNO DO FUTURO. Língua Portuguesa. 4ª série.
COLOGNESE, R.M. Revisitando as fábulas. Projeto Folhas disponível em www.diaadia.pr.gov.br.
ESOPO. Fábulas completas. Tradução de Neide smolka. Moderna, São Paulo, 1994.
FERNANDES, M.T.O.S. Trabalhando com os gêneros do discurso: narrar fábula. São Paulo: FTD, 2001.
LA FONTAINE, Jean de. Fábulas de La Fontaine. Matos Peixoto, Rio de Janeiro 1965.
MONTEIRO, Lobato. Fábulas. São Paulo, Brasiliense, 1991.
OLIVEIRA, C.M. de O. Esopo (+/- 620 a.C.). Disponível em
www.graudez.com.br/litinf/autores/esopo.htm. .
OLIVEIRA, C.M. de O. La Fontaine (1621-1695). Disponivel em
www.graudez.com.br/litinf/autores/lafontaine.
PAES, José Paulo. Poemas para brincar. Ática, São Paulo 1989.
ROCHA, Ruth (Adap.). Fábulas de Esopo. Melhoramentos, São Paulo 1986.
SOARES, Jô Soares. Desfabulando: Raposa e as Uvas. Revista Veja: 1º/abril/1992.
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