SUGESTÕES DE
ATIVIDADES – ELEIÇÕES
Objetivos:
·
Desenvolver a cidadania;
·
Compreender características fundamentais das
eleições;
·
Construir o conceito de democracia, eleição, voto,
título de eleitor;
·
Ler. Interpretar e produzir texto;
·
Efetuar cálculos de porcentagem / construir tabela e gráfico.
Competência / Habilidade
Competência: Compreender as variadas formas
de organização política
e suas implicações na sociedade.
Habilidade: Entender que um município se constitui não só pelo espaço
físico, mas também por uma organização
política.
|
EMEF:
________________________________
Nome: _______________________5º ano
Turma: ___
Disciplina: ___________________
1 – Leia com atenção:
Eleições
na floresta
Caso cômico foi o que aconteceu no dia do
lançamento da candidatura do Papagaio Louro à Administração Geral da floresta.
A clareira onde os bichos faziam suas reuniões foi
tomada por um bom número de ouvintes, curiosos pela plataforma política do
candidato.
Depois, a luta estava no seu ponto mais alto,
nervosa e empatada entre os dois únicos candidatos àquele honroso cargo: o já citado
Papagaio Louro e a senhorita Galinhoca, presidente do C.F.C (Clube Feminino da
Floresta).
Como se disse antes, a preferência do eleitorado
não estava definida.
Os bichos ouviam por ouvir ambas as partes, para
mais tarde cada qual escolher o que mais lhe conviesse.
Naquele dia, a bicharada ouviria Papagaio Louro.
O comício da candidata Galinhoca havia sido um
escândalo, por que no momento em que ia falar, fez um esforço tão grande, que
não é que botou um ovo?
A expectativa do discurso do Papagaio Louro era,
portanto, de consagração final.
Foi sob aplausos
que o candidato subiu no palanque, que era um toco velho, e pigarreou para
limpar a garganta e silenciar os ouvintes.
Como o pigarro continuasse, pediu uma cuia de água,
nascente ali por perto.
O Macaquildo, excelente garçom, trouxe ao candidato
a sua cuia com água tão fresquinha que parecia gelada.
O orador bebeu – a toda de uma vez. Logo sorriu
para a plateia, testou novo pigarro e
começou:
- Meus queridos bichos – purutaco – as aves e
insetos da nossa floresta – purutaco. Eu hic – pupu – hic – rutaco – espero –
hic - ... e, indo assim por diante. Foi provocando um festival de gargalhadas,
porque o Papagaio Louro pegou num soluço de não sair do pupu – hic – rutaco –
hic, etc.
Os adversários aproveitaram a ocasião para empatar
o eleitorado em suas preferências.
O Papagaio não mais se recuperou e, por levar
tantos tapinhas nas constas, quase foi parar no hospital.
Como terminou a história?
Assim: sendo os candidatos incompetentes, foi
eleito em caráter excepcional o Canarinho da Terra que, mesmo não fazendo nada,
já estaria contribuindo, e muito, com seus belos trinados de notável canto.
Wagner
Antônio Calmom Ferreira
Atividades
1-
“Caso cômico foi o que aconteceu no dia do lançamento da candidatura do
Papagaio Louro à Administração Geral da floresta.”
A
palavra sublinhada acima significa:
( ) ruim (
) triste ( ) assustador ( ) engraçado
2- No momento do discurso, a senhorita Galinhoca:
( ) esforçou – se tanto que botou um ovo.
( ) falou demos e não sabia como falar.
( ) cacarejou alto para silenciar os ouvintes.
( ) soluçou muito, incomodando as pessoas.
3-
O discurso do Papagaio Louro foi:
( ) triste (
) engraçado ( ) longo ( ) convincente
4-
“ Eu hic – pupu – hic – rutaco – espero – hic...”
Por
que o papagaio estava falando dessa maneira?
______________________________________________________________________________________________________________________
5-
Por que o papagaio foi levado ao hospital?
______________________________________________________________________________________________________________________
6-
No final da história não foi eleito nem o Papagaio Louro e nem a dona
Galinhoca. Quem assumiu o cargo. Por quê?
______________________________________________________________________________________________________________________
7-
Ele subiu no palanque, pigarreou, pediu água. Imediatamente
As
palavras que dão sequência a essa frase são:
( ) assustou – se com a plateia.
( ) começou a chorar.
( ) bebeu toda a água.
( ) parou de falar.
8-
Leia o seguinte trecho do texto:
“
Os adversários aproveitaram a ocasião para empatar o eleitorado em suas
preferências.”
Reescreva
esse trecho no singular:
______________________________________________________
______________________________________________________
9
– Destaque do trecho abaixo os substantivos comuns.
“Foi sob
aplausos que o candidato subiu no palanque, que era um toco velho, e
pigarreou para limpar a garganta e silenciar os ouvintes.”
__________________________________________________________________________________________________________________
10
- Encontre no texto:
a) Um nome próprio no 1º
parágrafo: _______________________
b) Uma palavra que rima
com jeitosa no 2º parágrafo: ___________
c) Sinônimo de antigo no
5º parágrafo: ______________________
d) Palavra com lh no 7º
parágrafo: _________________________
e) Antônimo de competente
no 10º parágrafo: _________________
f) palavras que terminam
em u: _____________________________
g) palavra terminada em
l: _______________________________
11 – Leia
as expressões abaixo e explique por que as palavras destacadas tem letra final
diferente.
” novo pigarro e começou...”
“... quase foi parar no hospital.”
_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
12
- Que processo democrático da nossa sociedade esta fábula nos lembra?
_____________________________________________________________________________________________________________________
13
– Escreva a mensagem que você extrai desta fábula.
___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________
14- O Papagaio Louro se
enrolou no seu discurso, pois estava com soluço. Pense e escreva um bonito
discurso para o papagaio. Não se esqueça da pontuação adequada.
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15 – Alguém embaralhou os parágrafos da fábula “A
ELEIÇÃO NA MATA” produzida por Marco
Antonio Hailer e Maria Fernandes Cócco. E você foi convidado(a) a ordenar os parágrafos.
A ELEIÇÃO NA MATA
Marco Antonio Hailer
e Maria Fernandes Cócco
ERA
UMA VEZ UMA FLORESTA. NÃO UMA FLORESTA QUALQUER, MAS UMA GRANDE FLORESTA,
COM ÁRVORES ALTÍSSIMAS E TANTOS TIPOS
DE PLANTAS QUEM NEM OS CIENTISTAS MUITO ESTUDIOSOS
CONHECIAM. HAVIA UM RIO CHEIO DE
PEDRAS QUE FORMAVAM CACHOEIRAS ENORMES DE ONDE O
PÔR-DO-SOL PARECIA UM QUADRO PINTADO POR UM PINTOR DAQUELES
BEMFAMOSOS, DE NOME BEM COMPLICADO. O SOL DESCIA DEVAGARZINHO ENTRE ASMONTANHAS
QUE FICAVAM LÁ PRO LADO DE LÁ DO RIO, ENQUANTO OS BICHOS PARECIAM FAZER SILÊNCIO
PARA OBSERVAR. AH, OS BICHOS... NESTA FLORESTA VIVIAM MUITOS BICHOS EM PAZ! UM
DIA OS BICHOS DA FLORESTA RESOLVERAM FAZER UMA ELEIÇÃO PARA ELEGER O PRESIDENTE
DA MATA. OS PÁSSAROS VOARAM PARA TODOS OS LADOS PARA ESPALHAR A NOVIDADE.
OS JACARÉS SE ARRASTAVAM DESAJEITADOS PARA A BEIRA DO RIO QUERENDO CONHECER OS
CANDIDATOS. OS LEÕES, OS HIPOPÓTAMOS E OS RINOCERONTES FIZERAM VÁRIOS COMÍCIOS
PARA CONVENCER OS BICHOS A VOTAREM NELES. A MACACADA AGITADA, DE GALHO EM
GALHO, ÀS VEZES BATIA PALMAS UM NO OUTRO CANDIDATO.NAS SEMANAS ANTERIORES À ELEIÇÃO, OS SAPOS, OS PATOS E AS ARARAS
FAZIAM A PROPAGANDA. OS COELHOS PULAVAM DE LÁ PARA CÁ E DE CÁ PARA LÁ, MUITOS
ALEGRES, PORQUE FORAM ESCOLHIDOS PARA SEREM OS FISCAIS. NO DIA DA ELEIÇÃO,
AS GIRAFAS OLHAVAM TUDO LÁ DE CIMA E BALANÇAVAM A CABEÇA APROVANDO. OS
ELEFANTES FORAM ESCOLHIDOS PARA ANUNCIAR O RESULTADO.
A ELEIÇÃO NA MATA
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Leituras
complementares
Ø
Primeira leitura
complementar
A
ELEIÇÃO DA BICHARADA - A FÁBULA
Hull
de La Fuente
A floresta estava animada ante a possibilidade de
reeleger o jabuti Tonhão no cargo de chefe da prefeitura.
A panfletagem corria solta, não havia regra que
fosse obedecida. A câmara de vereadores havia criado uma lei proibindo o uso
das árvores para a colocação de cartazes. Mas o presidente da câmara era o
macaco Juracy, ele e seus primos Serjão e Pançudo, eram os que mais
desobedeciam.
Durante a noite a macacada saia pregando cartazes
de galho em galho, nas mais altas árvores e até nos coqueiros, pra desespero
das araras e papagaios, pois Serjão, de propósito os colava em cima dos cachos
de cocos, impedindo que as aves pudessem comê-los.
Por conta disso, a arara Araci, vereadora em final
de mandato, apresentou um projeto propondo a mudança da lei eleitoral. Nas
próximas eleições, quem descumprisse a norma, ou seja, quem colasse cartazes em
locais impróprios, teria o registro da candidatura cassado.
Mas Juracy, Serjão e Pançudo, não estavam nem aí
pras norma. Eles partiam do princípio de que lei era pra ser transgredida, e
transgressão era brincadeira, diversão. Nenhum bicho tinha sossego quando eles
estavam por perto.
A onça Filomena era uma de suas principais vítimas.
Eles adoravam puxar o rabo e meter o dedo nos orifícios da onça, quando ela se
distraia. A onça odiava as molecagens dos macacos e contra eles havia feito
vários BO na DB, (boletim de ocorrência na Delegacia dos Bichos).
Decidida a mudar o estado de anarquia na floresta,
Filomena resolveu se candidatar a uma vaga na câmara, pois onça que se preza
não permite que macaco ou qualquer outro bicho cutuque seus orifícios.
Mas eram tantos os concorrentes, que o tribunal
eleitoral florestal determinou que, a única maneira de selecionar os melhores,
seria através do terrível teste da pimenta. Sairia candidato quem fosse capaz
de comer uma bacia de pimenta malagueta, sem protestar.
Durante um mês inteiro, todas as manhãs, dois ou
três candidatos seriam postos à prova.
Durante o “banquete” de pimentas, nenhum dos
candidatos podia soprar ou puxar ar pra dentro da boca e nem beber água, sob
pena de ser desclassificado. Era uma prova difícil e ardida.
A onça Filomena não se deixou intimidar, era melhor
comer pimenta do que ser acordada no melhor do sono, com as cutucadas dos
macacos. Junto com ela concorria o próprio macaco Juracy, pela quinta vez
candidato do PCO, Partido Contrário à Ordem.
A floresta foi avisada da preliminar de pimenta. A
fauna inteira acorreu ao evento. Afinal, pimenta na boca dos outros é refresco.
Ninguém queria perder o ardente espetáculo, por nada da floresta.
Foi
instituída uma comissão para julgar quem seria o vencedor. E fiscais foram
designados pra evitar tramóias.
Juracy e seus primos, sabendo da seriedade da onça
Filomena, escritora renomada, membro da AFLB, Academia Florestal de Letras da
Bicharada, e benemérita social, tinham certeza de que ela venceria. Então
combinaram entre si, tumultuar o teste a fim de confundir os integrantes da
referida comissão.
A primeira providência deles foi saber quem fazia
parte da tal comissão. Quando os macacos tiveram em mãos a lista com os nomes,
deram piruetas pelos galhos, soltando gritos de alegria. Não ia ser difícil
negociar com eles. E num hotel da floresta, na calada da noite, tudo foi
arranjado com os integrantes da comissão.
O presidente da comissão era o bode Josué, famoso
pelo bafo de pinga e alho. Ninguém suportava ficar muito tempo perto dele por
causa do cheiro. Contava-se na floresta que seu fedor vinha desde a infância.
Sua mãe tinha o hábito de passar alho nas tetas antes de amamentá-lo. Ela fazia
isto porque o bode tinha a mania de fugir para roubar coisas nas fazendas
próximas, deixando-a preocupada. Mas com o cheiro que exalava dele, ela podia
encontrá-lo até no escuro.
Além do mau cheiro, o bode Josué era corrupto. O
que, segundo a opinião da onça Filomena, completava seu caráter de chifrudo.
O segundo integrante era Mané Furafura, o tatu
canastra, também beberrão e pertencente a uma numerosa família de
tatus-sem-terra. Sabia-se que o avô de Mané Furafura tinha um pedaço de terra,
mas não trabalhava nela: por preguiça, a família preferia comer a terra do
jeito que estava. Improdutiva. Os tatus sem-terra, além de predadores do solo
eram dados à prática de terrorismo em propriedades da região. O macaco Juracy
sabia que eles vendiam a alma por dinheiro, Foi fácil comprá-los.
O terceiro integrante era o tamanduá João Dirceu,
ex-deputado florestal, do PDM – Partido de Defesa da Mata. Sua grande
contribuição, quando deputado, foi a criação da LEP, - Lei do Engarrafamento do
Pum, que obrigava a todos a armazenar os puns que depois eram desengarrafados
no meio dos redemoinhos. A fedentina tinha por fim afugentar os mosquitos, mas
não só eles. Muitos animais preferiam enfiar a cara na areia ou buscavam
refúgio em outras partes, nos dias de redemoinho, pra não ver e não sentir o
que se passava na república da floresta.
O tamanduá tinha fama de violento e corrupto.
Contra ele havia um processo movido por sua ex-companheira, por agressão
física. Contava-se também que ele mantinha um caso com a anta Jacobina com quem
estava formando uma nova espécie de animais corruptos e pouco inteligentes.
Também foi fácil comprá-lo, concluiu o macaco Juracy.
O quarto e último integrante era um velho tigre
banguela, fugido de um circo italiano e refugiado na floresta há muitos anos.
Ele era o presidente do conselho de anciões. Era o sábio conselheiro da floresta.
Ninguém fazia nada sem consultá-lo antes. Luigi era o seu nome. Tinha sido
casado com uma jaguatirica espevitada que depois o abandonou por um domador
argentino, com vocação a gigolô.
O tigre tinha um problema, porém. Ele era o maior
colaborador da LEP - Lei de Engarrafamento do Pum. Sua flatulência era
conhecida além da floresta. Ao mesmo tempo em que os animais buscavam
aconselhamento com ele, expiavam seus pecados, pois a cada levantada de perna
do tigre, o ar ficava irrespirável.
Os macacos concluíram que Luigi, apesar de honesto,
não seria problema durante a prova, pois o velho tigre dormia quase o tempo
todo, mesmo rodeado de barulho.
No dia da prova, na hora combinada, o esperto
Juracy e seus primos se posicionaram em volta de uma das bacias com pimentas.
Filomena chegou no seu passo bamboleante e calmo e também se sentou diante da
segunda bacia. A bicharada gritava e aplaudia. Filomena olhou para a comissão
julgadora e cumprimentou cada um dos membros com um aceno de cabeça. Diante da
educação da onça, Juracy pediu silêncio alegando que precisava fazer um
comunicado importante. A permissão foi dada e ele falou:
_ Senhores e senhoras! A concorrente já chegou
cumprimentando a comissão. Isto não está certo! Por isto, eu peço para que os
meus primos fiquem aqui do meu lado. Eles me darão apoio moral caso a onça
Filomena tente algum truque. Afinal esta é uma prova muito difícil. Eu conto
com a simpatia de todos vocês, minha gente da floresta! E parodiando um antigo
animal político de outra floresta, saiu-se com esta frase de efeito: “Não me
deixem só”!
Os aplausos e assovios foram ouvidos e alguns
animais mais exaltados entoavam o seguinte refrão:
O
macaco é companheiro
Trabalha
com devoção
Não
é amigo da onça
Ele
tem boa intenção.
Filomena assistiu a manifestação na mais absoluta
indiferença. A gritaria foi silenciada pelo bater do gongo. A onça lançou seu
lindo e misterioso olhar sobre a bicharada e sobre o adversário Juracy, o
macaco Pançudo ficou entre os concorrentes de olho nas bacias de pimenta.
Serjão, na qualidade de porta voz do primo Juracy, de frente pra comissão não
parava de adverti-los sobre a lisura da prova.
Foi dada a ordem para começar. A onça baixou a
cabeça, abocanhou a primeira porção e começou a mastigá-la. Juracy encheu as
mãos de pimenta, meteu algumas na boca, engoliu-as sem mastigar e disse pra
onça:
_Dona onça! A senhora não pode fazer sviiiupss!!! –
E chupava o ar pra dentro da boca – Se a senhora fizer sviiiupss!!! A senhora
vai ser desclassificada...
E assim ele fez durante toda a prova.
Enquanto ele dizia isto seu primo Pançudo tirava
pimentas da bacia dele e a pretexto de incentivar a onça, gritava palavras de
ordem:
- Vamos Filomena! Vamos Filomena! Coma tudo! Não
deixe cair pimentas, não sopre! Não puxe ar pra boca!
E metia as pimentas que tirava de Juracy, na bacia
da onça.
O
júri se “distraiu” com a “macacada” dos macacos e foi deixando a prova seguir
enquanto Juracy comia poucas pimentas e, a pretexto de ensinar como é que onça
não devia fazer, puxava o ar pra boca o tempo todo.
E assim, saiu-se muito bem, pois além desta tramoia,
mais da metade de suas pimentas passaram pra bacia de Filomena, graças ao
auxilio dos primos e da comissão.
Filomena comeu em silêncio e com muita dignidade,
mas lágrimas de dor escorriam por sua cara. Ao final, entre os apupos da fauna
e a molecagem dos macacos que pulavam em torno dos competidores, o bode Josué
anunciou que a competição tinha sido empatada.
Segundo suas palavras, os candidatos haviam se
portado igualmente, portanto nada mais justo do que a homologação das
candidaturas por parte do tribunal eleitoral florestal.
O macaco Juracy foi carregado nos ombros de vários
animais do PCO. Durante a passeata, vários integrantes das coligações fizeram
questão de carregá-lo às costas. Entre eles, a anta Jacobina, que desfilou
acompanhada de duas das suas criaturas mutantes, filhos do estranho
relacionamento com o tamanduá João Dirceu.
A onça sofreu e viu toda a manobra dos habitantes
da floresta. Saiu dali com a certeza de que a fauna gostava mesmo era da
desordem, do roubo, do desrespeito às outras criaturas que não compactuavam com
a anarquia reinante.
Que fosse reeleito o jabuti Tonhão, que fosse
reeleito o macaco Juracy. A fauna assim decidira.
Não adiantava convocar observadores vindos de
outras partes, pois sua tão querida floresta era motivo de gozação no restante
do mundo, a imprensa internacional vendia muito jornal e revistas, tudo à custa
da sua querida floresta.
A vontade dos animais era soberana. Estava lá na
carta magna florestal.
Haveria mudança algum dia?
Ø Segunda leitura complementar
ELEIÇÃO NA FLORESTA
- O Jabuti é o Novo Rei!!!
Concluir a atividade com socialização das mensagens extraídas
destas leituras.
Matemática
1 - O gráfico abaixo mostra a
evolução da preferência dos eleitores
pelos candidatos A e B.
Em que
mês o candidato A alcançou, na preferência dos eleitores, o candidato B?
£ a) Junho £ b) Julho £ c) Agosto £ d) Setembro
2 - O voto feminino foi exercido pela primeira
vez em 1935. Quantos anos já faz da ocorrência desse fato?
Cálculo
Resposta:
_____________________
|
3 - O
horário eleitoral foi criado em 1962 por uma lei de autoria do deputado pernambucano Oswaldo Lima Filho. O objetivo era evitar que apenas
candidatos ricos e poderosos tivessem acesso à TV e ao rádio. Calcule os anos de existência desse horário.
Cálculo
Resposta:
_____________________
|
4 - Os primeiros partidos políticos brasileiros surgiram
em 1831: Restaurador (pela volta de D. Pedro 1º), Republicano (pela abolição da
monarquia) e Liberal (pela reforma da constituição de 1824, mas conservando a
Monarquia).
Agora responda:
a) O número de anos desses partidos políticos é
formado por quantas ordens?
b) A que classe pertence o número encontrado?
c) Que operação você realizou para chegar ao
resultado?
5 - Numa eleição, 6 5000 pessoas votaram. O
candidato que venceu recebeu 55% do total dos votos. O outro candidato recebeu
60% da quantidade dos votos do candidato que venceu.
Os demais foram votos brancos ou nulos. Quantos votos brancos ou nulos
existiram nessa eleição ? ˜
(A) 21450 votos
(B) 35750 votos
(C) 8800 votos
(D) 6800 votos
(E) 7800 votos
6 - Considere a seguinte situação:
Numa eleição em que votaram 12.000 eleitores,
o candidato a vereador mais votado teve 5%
dos votos.
a) Quantos votos ele obteve?
Resposta: ______________
|
b) Se o candidato menos votado teve 2 votos,
qual
porcentagem deste candidato na eleição?
Resposta: ____________
|
7 - Em uma cidade do interior de Minas Gerais, o
resultado da votação para prefeito foi a seguinte: ˜
PORCENTAGEM
DE VOTOS
CANDIDATO 1 52%
CANDIDATO 2 38%
OUTROS CANDIDATOS 1%
VOTOS NULOS OU EM BRANCO 9%
O numero total de votos nulos ou em branco
foi igual a 4914. Então, a diferença de votos entre o candidato 1 e o
candidato 2, e o número total de eleitores foram,
respectivamente: ´
(A) 7644 votos, 28932 eleitores.
(B) 9863 votos, 54600 eleitores.
(C) 7644 votos, 54000 eleitores.
(D) 5460 votos, 76440 eleitores.
(E) 7644 votos, 54600 eleitores.
8 - As eleições municipais no Brasil em 1985
aconteceram em 15 de novembro (sexta-feira). Estavam aptos a votar cerca de 18
milhões de eleitores em 201 municípios brasileiros para a escolha dos
prefeitos que administrariam tais cidades entre 1 de janeiro de 1986 e 31 de
dezembro de 1988.
Calcule:
a)
Em
que ano aconteceu essas eleições?
b)
Há
quantos anos esse fato aconteceu?
Cálculo
|
c)
Quantos
eleitores estavam aptos a votar? Como é a escrita por extenso deste número?
__________________________________________________
d)
Em
quantos municípios brasileiros aconteceram essas eleições?
__________________________________________________
e)
A
duração da administração dos prefeitos na época era de quantos anos?
__________________________________________________
f)
Qual
é a diferença entre o tempo de administração daquela época e de hoje?
_____________________________________________________
8 - LUIS ANTONIO DIAS 1º prefeito governou
por quatro anos. 1994 - 1997 JAIR PADOVANI 2º prefeito – governou por dois
mandatos seguidos totalizando 8 anos . 1998 – 2001 2002 - 2005
ANGELO AUGUSTO PERUGINI ANGELO AUGUSTO
PERUGINI 3º prefeito, atualmente cumpre seu segundo mandato. 2006 – 2009 2010 – 2013.
Agora responda:
a)
O
mandato de cada prefeito durou quantos anos?
Cálculo
Resposta:
__________________________________________________
|
b)
Quantas
eleições para prefeito já ocorreram em
Hortolândia?
Cálculo
Resposta: ______________________________
|
c)
Quantas
pessoas já foram prefeito desta cidade?
_____________________________________________________
d)
Juntando
os anos de administração dos 3 prefeitos, soma-se quantos anos de existência da
prefeitura neste município?
Cálculo
|
e)
O
mandato de cada prefeito durou quantos anos?
Cálculo
Resposta: __________________________________
|
História
/ Geografia
Municípios
do Brasil
Os municípios do Brasil são
uma circunscrição territorial dotada de personalidade jurídica e com certa
autonomia administrativa, sendo as menores unidades autônomas da Federação. Cada município tem sua
própria Lei Orgânica que define a sua organização política, mas limitada pela
Constituição Federal e, cada um deles, é governado pelo prefeito, o qual é
auxiliado pelo vice – prefeito, pelos vereadores e secretários.
Os prefeitos, vices – prefeitos e vereadores são escolhidos pela população, através de eleição.
Distribuição dos poderes no município
Poder judiciário: Em termos gerais, não
existe poder judiciário na esfera municipal. O judiciário que conhecemos
normalmente e no qual corre a maior parte dos casos (processos) é estadual ou
federal. É claro que existe poder judiciário em cada cidade, mas a
administração não cabe ao município. Porém, existe um órgão que pode ser
considerado judiciário no município – o Tribunal de Contas. O trabalho do
Tribunal de Contas é fiscalizar a aplicação dos recursos da administração
pública.
Poder legislativo: É composto pelos
vereadores que têm como função modificar ou manter leis antigas e/ou propor
novas leis. Os vereadores também têm o dever de fiscalizar o trabalho da
prefeitura. As leis também podem ser propostas pelo poder executivo e até pelos
cidadãos, mas será preciso que os vereadores aprovem a lei (veja mais em “como
são feitas as leis”). Cada vereador tem o seu gabinete, um escritório onde ele
e seus assessores estudam os problemas da cidade e recebem cidadãos e
autoridades para ouvir suas opiniões. Na hora de debater e votar as leis, os
vereadores se reúnem na Câmara Municipal.
Poder executivo: É formado pelo
prefeito (eleito), por seus secretários (escolhidos pelo prefeito) e por
funcionários públicos (parte desses são funcionários concursados e fixos e
outra parte é indicada pelo prefeito). A administração municipal é aquela que,
de fato, “põe a mão na massa” e presta os serviços para os cidadãos. No
entanto, é importante lembrar que devem cumprir leis que definem como deve ser
feito o trabalho e como deve ser gasto o dinheiro. Para administrar melhor a
cidade, o prefeito e seus secretários podem propor novas leis que são analisadas
pelos vereadores que podem aprová-las ou não.
1 – O que é município?
____________________________________________________________________________________________________________
2 - O município onde você mora faz parte de um estado do Brasil. Localize-o no mapa abaixo.
2 - O município onde você mora faz parte de um estado do Brasil. Localize-o no mapa abaixo.
a) Qual é o nome do município
onde você mora?
_______________________________________________________________________________________________________________________________________________
b) Em que estado fica o seu
município?
_________________________________________________________________________________________________________________________________________________
c) Pinte este estado na cor
desejada, com exceção da azul, pelo fato que esta cor simboliza a água.
d) Liste as informações que você:
> já conhecia.
_______________________________________________________________________________________________________________________________________________
> não conhecia.
___________________________________________________________________________________________________________________________________
d) Liste as informações que você:
> já conhecia.
_______________________________________________________________________________________________________________________________________________
> não conhecia.
___________________________________________________________________________________________________________________________________
3 – O estado de São Paulo tem 645 municípios e uma área
territorial de 248.209,426 km².
Pinte o mapa diversificando as
cores.
b) Escreva outras informações contidas neste mapa.
_______________________________________________________________________________________________________________________________________________
c) Pinte a área do mapa que representa o Oceano Atlântico.
d) Marque um X onde localiza-se a capital de São Paulo.
4 - Leia com atenção o mapa de São Paulo divido em regiões administrativas e metropolitanas.
_______________________________________________________________________________________________________________________________________________
c) Pinte a área do mapa que representa o Oceano Atlântico.
d) Marque um X onde localiza-se a capital de São Paulo.
4 - Leia com atenção o mapa de São Paulo divido em regiões administrativas e metropolitanas.
a) Escreva sua conclusão sobre este agrupamento de municípios paulistas.
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
b) Faça uma pesquisa na biblioteca ou na internet sobre os motivos que promoveram a criação das regiões metropolitanas do estado de São Paulo.
4 – Leia o mapa da RMC e pinte o espaço que corresponde ao seu município.
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
b) Faça uma pesquisa na biblioteca ou na internet sobre os motivos que promoveram a criação das regiões metropolitanas do estado de São Paulo.
4 – Leia o mapa da RMC e pinte o espaço que corresponde ao seu município.
5 - Escreva quem
administra:
. o país
Brasil:___________________
. o
estado:______________________
. o município:
___________________
______________________________________________________
6 – Escreva o nome
do atual:
. presidente do
Brasil: ________________
. governador do
estado de São Paulo: _________
. do prefeito da
sua cidade: _________________
7 - Quais são os
responsáveis por ajudar o prefeito a administrar o município?
( ) Ministros
( ) Senadores
( ) Secretários
( )
vereadores
( ) vice-prefeito
8 - Corresponda de acordo com a administração do
município:
(1) Poder Legislativo ( ) (prefeito, secretários)
(2) Poder
Executivo ( ) (vereadores)
Agora escreva resumidamente a função de cada um
desses poderes dentro de um município.
_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
9 – Como são
escolhidos o prefeito e os vereadores de um município?
___________________________________________________________________________________________________________
10 - Faça uma pesquisa e complete a ficha referente ao seu
município.
Meu município
nome
|
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UF
|
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Pais
|
|
Município com os quais faz fronteira
|
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Data de aniversário
|
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Atual prefeito
|
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Vice – prefeito
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Corpo Legislativo
|
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Secretarias
|
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Corpos Legislativos
|
|
Corpos Legislativos
|
|
Principais atividades econômicas
|
|
Principais atrações turísticas
|
|
Escolas
|
|
Serviços médicos hospitalares
|
Para um bom funcionamento do município existem os serviços públicos como:
·
Saneamento Básico
·
Limpeza Urbana
·
Abastecimento d'água
·
Esgotos
·
Pavimentação e Sinalização de Vias
·
Conservação de Praças e Arborização de Vias
·
Cemitérios e Serviços Funerários
·
Transportes Urbanos
·
Iluminação Pública
·
Energia Elétrica
·
Abastecimento : Feiras e Mercados
·
Educação
·
Atendimento à Saúde
·
Assistência Social
Saneamento Básico
Compete ao município
organizar, criar ou manter os serviços de limpeza urbana, de abastecimento de
água e de coleta e disposição dos esgotos. A existência de tais serviços tem influência marcante na redução
ou mesmo na
eliminação de várias doenças.
Limpeza Urbana
O serviço de limpeza
urbana consiste na limpeza dos logradouros públicos e no recolhimento e
disposição adequada do lixo nas residências, pequeno comércio e
estabelecimentos de prestação de serviços. Este serviço é de responsabilidade
da Prefeitura.
O lixo produzido nas indústrias, nos hospitais e nos grandes estabelecimentos comerciais, assim como a remoção de caliça, são de responsabilidade de seus próprios produtores, que devem arcar com a coleta e a disposição final desses resíduos. No entanto, a Prefeitura, se julgar conveniente, poderá prestar esse serviço de coleta especial, mediante a pagamento.
O lixo produzido nas indústrias, nos hospitais e nos grandes estabelecimentos comerciais, assim como a remoção de caliça, são de responsabilidade de seus próprios produtores, que devem arcar com a coleta e a disposição final desses resíduos. No entanto, a Prefeitura, se julgar conveniente, poderá prestar esse serviço de coleta especial, mediante a pagamento.
Abastecimento de água
Um bom sistema de
abastecimento de água potável para a população requer cuidados especiais na
definição do local de captação, no tratamento adequado, na reserva e na
distribuição. Embora a maioria dos municípios tenha o serviço de abastecimento
de água operado pela empresa estadual, a concessão deste serviço é uma decisão
que deve partir do Poder Público Municipal, baseada em critérios
que efetivamente tragam vantagens ao município.
Esgotos
Os esgotos podem ser
recolhidos separadamente, através de redes de esgoto pluvial (que coleta as
águas da chuva) e através de redes de esgoto cloacal (que coleta as águas
servidas), ou através de redes mistas. Cada município deve estudar o tipo ou
tipos de esgotos a implantar, levando em consideração o solo, hábitos da
população, o adensamento urbano e principalmente as características dos locais
de lançamento, que definirão as necessidades de tratamento adequado.
Pavimentação e Sinalização de Vias
A pavimentação e a
sinalização de vias são serviço que têm como finalidade garantir conforto
e segurança nos deslocamentos. Tanto um como outro serviço têm estreita
relação com o grau de importância das vias no conjunto da estrutura viária.
Desta forma, vias mais importantes devem
receber pavimentação de melhor qualidade e sinalização
conveniente para a segurança e a orientação
necessária para a distribuição do tráfego
no restante do sistema.
Conservação de Praças e Arborização de Vias
As praças e as vias arborizadas
são aspectos importantes em uma área urbana, na medida que podem ser fatores de
amenização da paisagem "construída" e de apoio à
formação de um micro
clima mais adequado.
Além disso, as praças se constituem em locais onde a população tem condições de desenvolver atividades de convívio social, descanso, recreação e esportes. Assim, a Prefeitura deve se preocupar em oferecer espaços que favoreçam as atividades a que se destinam, localizados junto à população usuária e convenientemente dotados de equipamentos.
A arborização das praças e das vias deve ser feita segundo critérios de adequação das espécies ao solo e ao clima da região. Para tanto, a Prefeitura pode implantar um horto florestal ou manter convênios com outros municípios que já dispõe deste recurso.
Além disso, as praças se constituem em locais onde a população tem condições de desenvolver atividades de convívio social, descanso, recreação e esportes. Assim, a Prefeitura deve se preocupar em oferecer espaços que favoreçam as atividades a que se destinam, localizados junto à população usuária e convenientemente dotados de equipamentos.
A arborização das praças e das vias deve ser feita segundo critérios de adequação das espécies ao solo e ao clima da região. Para tanto, a Prefeitura pode implantar um horto florestal ou manter convênios com outros municípios que já dispõe deste recurso.
Cemitérios e Serviços Funerários
Os cemitérios constituem
equipamentos urbanos de fundamental importância no sistema urbano. A
administração dos cemitérios e a preservação dos serviços funerários podem ser
executados diretamente pela Prefeitura Municipal ou outorgados a entidades
de caráter assistencial ou filantrópico. É recomendável que o Poder Público
discipline a criação dos cemitérios e os serviços funerários, através de
legislação apropriada.
Transportes Urbanos
Pelo código Nacional de Trânsito,
compete aos municípios especialmente a concessão, autorização ou permissão da
exploração dos serviços de transporte coletivo para as linhas municipais, bem como a regulamentação dos serviços de automóveis de aluguel.
Para cumprir com esta competência, é necessário que a Administração Municipal esteja atenta às necessidades da população, definindo, além da quantidade de veículos à disposição, os horários, os percursos e os pontos de parada, e fiscalizando a obediência a essas determinações.
Para cumprir com esta competência, é necessário que a Administração Municipal esteja atenta às necessidades da população, definindo, além da quantidade de veículos à disposição, os horários, os percursos e os pontos de parada, e fiscalizando a obediência a essas determinações.
Iluminação Pública
A iluminação noturna das vias e
logradouros públicos é importante, principalmente, porque aumenta a segurança
da população e facilita o fluxo de veículos.
A quantidade da iluminação das vias deve ser compatibilidade com a hierarquia do sistema viário. Assim, a Administração Municipal deve assegurar uma boa iluminação em todas as vias, mas, especialmente nas principais e naquelas que atendem a determinados equipamentos, como escolas, hospitais, etc...
A quantidade da iluminação das vias deve ser compatibilidade com a hierarquia do sistema viário. Assim, a Administração Municipal deve assegurar uma boa iluminação em todas as vias, mas, especialmente nas principais e naquelas que atendem a determinados equipamentos, como escolas, hospitais, etc...
Energia Elétrica
A energia elétrica é um insumo
fundamental para o desenvolvimento de qualquer município. Sua
disponibilidade é fator essencial para o setor industrial, além de se
constituir em um benefício direto a população, assegurando-lhe conforto e
oportunizando-lhe o acesso a bens característicos
do nosso estágio cultural, como eletrodomésticos.
No entanto, como se trata de um serviço que requer investimentos pesados, sua geração e distribuição geralmente foge à alçada do município.
No entanto, como se trata de um serviço que requer investimentos pesados, sua geração e distribuição geralmente foge à alçada do município.
Abastecimento - Feriras Livres e Mercados
Para que possa exercer
efetivamente toda a gama de responsabilidades inerentes ao abastecimento da
população, a Prefeitura Municipal deve incentivar e organizar o estabelecimento
de feiras livres e, se for caso, criar e administrar um Mercado Público.
Através do competente instrumento legal, a Prefeitura disciplinará as
atividades desenvolvidas, definindo locais e horários de funcionamento, normas
de fiscalização, obrigações dos abastecedores, normas sobre o preço das
mercadorias, transporte e descarregamento dos produtos.
Educação
A Educação, em seus diversos
níveis é um serviço fundamental na formação do indivíduo para a
sociedade. Atualmente, o ensino público de primeiro grau está quase totalmente
sob atribuição municipal, que necessita manter e aprimorar constantemente seu
quadro de professores e sua rede de prédios escolares. Dada a complexidade do
serviço, comumente é estruturada uma Secretária Municipal específica para
tratar dessas questões e das suas relações com outras instâncias
governamentais.
10 Atendimento à Saúde
Como vários outros serviços, a
Saúde inclui - se na categoria das atividades comuns às três esferas
governamentais. Através de um plano de saúde, o governo local pode aglutinar
sob a mesma orientação e planejamento as atividades referentes à proteção
e promoção da saúde pública.
Assistência Social
Um dos problemas mais prementes,
que aflige a maioria dos municípios, é a existência de grande número de
cidadãos que, por diversas razões, não têm as condições mínimas de
sobrevivência. O Estado, em seu sentido mais amplo, tem o dever de prestar
assistência ao indivíduo que não possa, por seus próprios meios, ter uma vida
integrada à comunidade. Cabe ao governo municipal adotar medidas, diretas e indiretas,
neste sentido, principalmente no que diz respeito ao amparo à infância, à
juventude e à velhice, readaptação de marginalizados e educação de
excepcionais.
A
prestação de serviços públicos é inerente à função do município. Estes podem
ser prestados pelo Governo Municipal de forma direta ou por delegação a
terceiros.
Os governos municipais devem se preocupar com que os serviços públicos sejam prestados igual e indistintamente a toda a comunidade, de modo a atender as necessidades e aspirações dos cidadão. Para tanto, deve-se atingir um limite mínimo de eficiência, não se admitindo solução de continuidade.
Neste sentido, também devem as administrações municipais estabelecer normas a serem obedecidas pelos usuários, e fiscalizar seu cumprimento.
Outra questão importante a considerar é a fixação das tarifas e taxas cobradas pela prestação dos serviços, pois estas devem ser compatíveis com o poder aquisitivo da população.
Os governos municipais devem se preocupar com que os serviços públicos sejam prestados igual e indistintamente a toda a comunidade, de modo a atender as necessidades e aspirações dos cidadão. Para tanto, deve-se atingir um limite mínimo de eficiência, não se admitindo solução de continuidade.
Neste sentido, também devem as administrações municipais estabelecer normas a serem obedecidas pelos usuários, e fiscalizar seu cumprimento.
Outra questão importante a considerar é a fixação das tarifas e taxas cobradas pela prestação dos serviços, pois estas devem ser compatíveis com o poder aquisitivo da população.
1 – Escreva com suas palavras o que são
serviços públicos.
_______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
2 – Quem é o responsável pelos serviços públicos?
____________________________________________________________________________________________________________________________
3 – Pense em seu município e responda:
a) Quais
os serviços públicos que ele possui?
___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
b)
Como seu município consegue obter dinheiro
para os benefícios públicos?
______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
4 –
Pesquise e escreva que empresas prestam estes serviços no seu município.
a) Telefone:
______________________________________
b) Luz:
__________________________________________
c) Água:
__________________________________________
d) Esgoto:
________________________________________
e) Coleta
de lixo: ___________________________________
f) Transportes
públicos: ____________________________
g) Envio
de correspondência: ________________________
5 – Procure em revistas e jornais
artigos sobre os serviços públicos que a prefeitura do seu município realizou
ou está realizando e monte um mural.
ELEIÇÕES MUNICIPAIS
2012
Nas democracias, a
escolha de determinados cidadãos para ocuparem cargos públicos é feita
por um processo chamado eleição.
No Brasil, a votação é direta, isto é, cada eleitor escolhe pessoalmente seu candidato.
O voto é obrigatório para todos os
brasileiros com idade entre 18 e 70
anos. Já os analfabetos, as pessoas entre 16 e 18 anos e as
que têm mais de 70 anos só votam se quiserem.
A data da votação do primeiro turno das Eleições 2012 é dia 07 de outubro,
e para o segundo turno das Eleições 2012 é o dia 28 de outubro, mas o Brasil
inteiro já começa viver o clima de uma das votações mais importantes do país.
Nelas, serão eleitos os candidatos aos cargos de Prefeito, vice-prefeito e
vereador. Isso acontece de
quatro em quatro anos.
Sabe-se que a organização
de uma cidade é de responsabilidade do prefeito.
O significado do
termo Prefeito corresponde a uma pessoa que ocupa um cargo no poder Executivo
em um determinado município e a prefeitura é o local onde são desenvolvidas as
atividades. O prefeito é o chefe do Poder Executivo na esfera municipal.
O
CANDIDATO
Para
se candidatar a um cargo, é necessário que a pessoa tenha um programa de
governo, que saiba o que pretende fazer em benefício da população. O candidato
deve seguir as regras ditadas pela Justiça Eleitoral. Deve fazer uma campanha
justa. Não podem ser candidatos: estrangeiros, analfabetos e presidiários.
Idade
mínima para se candidatar:
• Aos
cargos de prefeito
e vice-prefeito: 21 anos.
• Vereador : 18 anos.
FUNÇÕES E RESPONSABILIDADES DE CADA UM
ELEITOR = Escolher bem os
candidatos e acompanhar a conduta dos mesmos para saber se ele ainda merece seu
voto nas próximas eleições.
PREFEITO:
•
Governar a cidade de forma conjunta com os vereadores.
• Funções atribuídas às áreas políticas, executivas e administrativas.
• Representante do povo na busca por melhoria do município, oferecendo boa qualidade de vida aos habitantes.
• Reivindicar convênios, benefícios, auxílios para o município que representa.
• Apresentação de projetos de Leis à Câmara Municipal, sancionar, promulgar, além de publicá-las e vetá-las. Cabe ao prefeito também convocar a Câmara em casos excepcionais.
• Intermediar politicamente com outras esferas do poder, sempre com intuito de beneficiar o município.
• Representante máximo do município de forma legal.
• Atender à comunidade, ouvindo suas reivindicações e anseios.
• Quanto às funções executivas, cabe ao prefeito planejar, comandar, coordenar, controlar entre outras atividades relacionadas com o cargo.
• Zelar pela limpeza da cidade, manter postos de saúde, escolas e creches, transporte público entre outras atribuições.
• Administrar os impostos (IPVA, IPTU, ITU) e aplicá-los da melhor forma.
• Funções atribuídas às áreas políticas, executivas e administrativas.
• Representante do povo na busca por melhoria do município, oferecendo boa qualidade de vida aos habitantes.
• Reivindicar convênios, benefícios, auxílios para o município que representa.
• Apresentação de projetos de Leis à Câmara Municipal, sancionar, promulgar, além de publicá-las e vetá-las. Cabe ao prefeito também convocar a Câmara em casos excepcionais.
• Intermediar politicamente com outras esferas do poder, sempre com intuito de beneficiar o município.
• Representante máximo do município de forma legal.
• Atender à comunidade, ouvindo suas reivindicações e anseios.
• Quanto às funções executivas, cabe ao prefeito planejar, comandar, coordenar, controlar entre outras atividades relacionadas com o cargo.
• Zelar pela limpeza da cidade, manter postos de saúde, escolas e creches, transporte público entre outras atribuições.
• Administrar os impostos (IPVA, IPTU, ITU) e aplicá-los da melhor forma.
Administra
a cidade e exerce funções políticas, executivas e administrativas. É o
porta-voz natural dos moradores de sua cidade e deve defender os interesses da
população perante a Câmara Municipal, outras esferas de governo e quaisquer
forças que possam contribuir para o bem-estar dos habitantes.
VICE-PREFEITO = É o substituto do prefeito
municipal em caso de ausência por licença ou outro impedimento. Pode e deve
exercer função dentro da administração municipal.
VEREADOR = Tem por obrigação representar a
população, criando leis que beneficiem os munícipes e fiscalize os gastos
públicos do poder executivo, no caso, o Prefeito. A função do vereador é estar
mais próximo entre os moderadores e o prefeito, colher necessidades da cidade e
levar ao prefeito para ver se este aprova ou não.
1
– Por meio do voto, as pessoas escolhem com liberdade os candidatos que querem.
A eleição é importante para o município. Por quê?
____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
2 - Liste as informações novas para você.
______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
2 - Liste as informações novas para você.
______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
3 – Ao longo da vida acumulamos uma série de
registros e documentações (RG – CPF – Carteira de Habilitação - ...) para que
possamos prestar diversas atividades legais em uma sociedade. O título de
eleitor é uma delas, criado para coordenar o controle de participação de todos
os cidadãos nas eleições públicas
nacionais. Assim, este documento é
fundamental para garantir sua identidade perante a justiça eleitoral.
(A) RG.
(B) CPF.
(C) Título de eleitor.
(D) Carteira de Habilitação.
b)
O título de eleitor foi criado para:
(A) poder dirigir automóvel.
(B) fazer .
(C)
prestar serviço social.
(D)
controlar a participação dos
eleitores nas eleições.
A propaganda eleitoral pela mídia
A televisão é um grande agente de comunicação do país. É a maneira mais eficaz, pela qual os candidatos poderão se apresentar e expor as suas propostas de trabalho. Esse horário reservado ao TER ( Tribunal Regional Eleitoral) é gratuito. Nessa hora, toda população deverá ficar atenta para conhecer os candidatos e o que cada um propõe em seu mandato.
1 – Imagine que você é candidato a prefeito de sua cidade. Escreva
a sua proposta de trabalho.
_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
2 - Assista a uma
propaganda eleitoral gratuita na televisão e complete o quadro abaixo:
Nome do candidato
|
Partido
|
Número
|
Principais propostas
|
3 – Faça uma
entrevista com os familiares e amigos sobre as intenções de voto para a eleição
deste ano. Em seguida construa uma tabela e um gráfico com os dados obtidos.
Jingle político
Um jingle é uma mensagem publicitária musicada e elaborada com um
refrão simples e de curta duração, a fim de ser lembrado com facilidade. É uma
música feita exclusivamente para um produto ou empresa. É geralmente uma peça
de áudio ou vídeo utilizada por emissoras de rádio ou TV para identificação da
marca, canal, frequência. Pode ser
falada ou cantada.
Um jingle eficiente é
feito para "prender" na memória das pessoas. Por isso é tão comum que as pessoas lembrem de
jingles que não são mais transmitidos há décadas.
O primeiro jingle foi
produzido em 1926, nos EUA, para um cereal
matinal chamado Wheaties, cujo slogan principal é "Para um café da manhã
de campeões". O auge do jingle foi na década de 50, nos EUA, no boom
econômico. Era usado em diversos produtos, como cereais matinais, doces,
tabaco, bebidas alcoólicas, carros e produtos de higiene pessoal.
No Brasil, o jingle é
conhecido por vinheta.
O primeiro jingle político da história do Brasil
foi o “Seu Julinho Vem” (tocado no rádio),
na campanha de Júlio Prestes, em 1929,
Seja para eleição ou
reeleição, o jingle político possui uma grande relevância na campanha política
do candidato, pois através do jingle, pode-se conhecer muito mais do que se imagina de cada perfil
apresentado por meio desse tão conhecido método de apresentação . O
candidato a prefeito precisa ressaltar suas ideias, seus projetos e
planos para a área executiva de seu município, e um bom jingle político é a
chave do sucesso e da vitória nas urnas. Sabe-se que hoje, o
eleitor está mais atento, mais exigente, e precisa de fatores importantes
para eleger o prefeito ideal para seu município.
1 - Na questão 1 você atuou como se fosse um candidato às eleições de seu município e produziu uma proposta de governo. Agora você precisa produzir um jingle (vinheta) para a sua campanha eleitoral. Capriche!
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Ampliando o conhecimento
Eleições no Brasil: A história do voto no Brasil
Eleições diretas ou
indiretas, e a cargos muito variados, ocorrem em nosso território há cerca de
cinco séculos. Vale a pena conhecer a história do voto no Brasil e saber como esse
direito, que já foi restrito a muito poucos, se estendeu aos cerca de 130
milhões de eleitores atuais.
História do voto no Brasil
Data
de 1532 a primeira eleição aqui organizada. Ela ocorreu na vila de São Vicente,
sede da capitania de mesmo nome, e foi
convocada por seu donatário, Martim Afonso de Souza, visando a escolher o
Conselho administrativo da vila. Na verdade, durante todo o período colonial,
as eleições no Brasil tinham caráter local ou municipal, de acordo com a
tradição ibérica.
Eram votantes os chamados "homens bons", expressão ampla e ambígua, que designava, de fato, gente qualificada pela linhagem familiar, pela renda e propriedade, bem como pela participação na burocracia civil e militar da época. A expressão "homens bons", posteriormente, passou a designar os vereadores eleitos das Casas de Câmara dos municípios, até cair em desuso. As Câmaras acumulavam, então, funções executivas e legislativas.
Eram votantes os chamados "homens bons", expressão ampla e ambígua, que designava, de fato, gente qualificada pela linhagem familiar, pela renda e propriedade, bem como pela participação na burocracia civil e militar da época. A expressão "homens bons", posteriormente, passou a designar os vereadores eleitos das Casas de Câmara dos municípios, até cair em desuso. As Câmaras acumulavam, então, funções executivas e legislativas.
Cortes Portuguesas
Somente
um ano antes da proclamação da Independência, em 1821, ocorreu a
primeira eleição brasileira em moldes modernos. Elegeram-se os representantes
do Brasil para as Cortes Gerais, Extraordinárias e Constituintes da Nação
Portuguesa, após a Revolução Constitucionalista
do Porto e
a volta do rei dom João 6º. a Portugal,
em 1820.
Desde 1808, dom João governava o Império português a partir do Brasil, devido a invasão da península Ibérica por Napoleão Bonaparte. Nesse período o Brasil perdeu a condição colonial, tornando-se Reino Unido a Portugal e Algarves. Desse processo, como se sabe, resultou a proclamação de nossa Independência por dom Pedro 1º. E, com ela, uma nova ordenação jurídica e política, que apresentava, naturalmente, novas regras eleitorais.
Desde 1808, dom João governava o Império português a partir do Brasil, devido a invasão da península Ibérica por Napoleão Bonaparte. Nesse período o Brasil perdeu a condição colonial, tornando-se Reino Unido a Portugal e Algarves. Desse processo, como se sabe, resultou a proclamação de nossa Independência por dom Pedro 1º. E, com ela, uma nova ordenação jurídica e política, que apresentava, naturalmente, novas regras eleitorais.
Durante o Império
A
primeira Constituição brasileira, outorgada por dom Pedro 1º. Em 1824, definiu
as primeiras normas de nosso sistema eleitoral. Ela criou a Assembleia Geral, o
órgão máximo do Poder Legislativo, composto por duas casas: o Senado e a Câmara
dos Deputados - a serem eleitos pelos súditos do Império.
O voto era obrigatório, porém censitário: só tinham capacidade eleitoral os homens com mais de 25 anos de idade e uma renda anual determinada. Estavam excluídos da vida política nacional quem estivesse abaixo da idade limite, as mulheres, os assalariados em geral, os soldados, os índios e - evidentemente - os escravos.
Outra característica interessante do voto no império era que as votações inicialmente ocorriam em quatro graus: os cidadãos da província votavam em outro eleitores, os compromissários, que elegiam os eleitores de paróquia que, por sua vez, elegiam os eleitores de comarca, os quais, finalmente, elegiam os deputados. Quanto aos senadores, basicamente eram nomeados pelo imperador.
Posteriormente o sistema foi simplificado para dois graus, com eleitores de paróquia e de província, até que em 1881, a Lei Saraiva introduziu o voto direto, mas ainda censitário. Desse modo, até o fim do Império, somente 1,5% da população brasileira tinha capacidade eleitoral.
O voto era obrigatório, porém censitário: só tinham capacidade eleitoral os homens com mais de 25 anos de idade e uma renda anual determinada. Estavam excluídos da vida política nacional quem estivesse abaixo da idade limite, as mulheres, os assalariados em geral, os soldados, os índios e - evidentemente - os escravos.
Outra característica interessante do voto no império era que as votações inicialmente ocorriam em quatro graus: os cidadãos da província votavam em outro eleitores, os compromissários, que elegiam os eleitores de paróquia que, por sua vez, elegiam os eleitores de comarca, os quais, finalmente, elegiam os deputados. Quanto aos senadores, basicamente eram nomeados pelo imperador.
Posteriormente o sistema foi simplificado para dois graus, com eleitores de paróquia e de província, até que em 1881, a Lei Saraiva introduziu o voto direto, mas ainda censitário. Desse modo, até o fim do Império, somente 1,5% da população brasileira tinha capacidade eleitoral.
Na República
Ninguém
pense que a República modificou rapidamente esse quadro. Na primeira eleição
para direta para presidente da República, em 1894, Prudente
de Morais chegou ao poder com
cerca de 270 mil votos que representavam quase 2% da população brasileira da
época.
A ampliação do direito de voto a um número cada vez maior de brasileiros aconteceu ao longo do século 20. O voto feminino, por exemplo, data de 1932 e foi exercido pela primeira vez em 1935. Em função da ditadura de Getúlio Vargas (1937-1945), porém, as mulheres só voltaram a votar em 1946.
Vale lembrar que a ditadura de Vargas e a dos militares de 64 privaram o eleitorado nacional do voto para presidente por nove vezes e que, em 117 anos de República com 34 presidentes, somente 16 se elegeram pelo voto direto.
A ampliação do direito de voto a um número cada vez maior de brasileiros aconteceu ao longo do século 20. O voto feminino, por exemplo, data de 1932 e foi exercido pela primeira vez em 1935. Em função da ditadura de Getúlio Vargas (1937-1945), porém, as mulheres só voltaram a votar em 1946.
Vale lembrar que a ditadura de Vargas e a dos militares de 64 privaram o eleitorado nacional do voto para presidente por nove vezes e que, em 117 anos de República com 34 presidentes, somente 16 se elegeram pelo voto direto.
Quem vota hoje
Até
a Constituição de 1988, o voto era um direito negado aos analfabetos, um
percentual significativo da população, sem falar dos soldados e marinheiros.
Não deve causar surpresa, portanto, o fato de presidentes eleitos com números
expressivos, como Jânio
Quadros,
que obteve quase 6 milhões de votos em 1960, terem participado de eleições que
mobilizaram somente 10% da população do país.
A partir de 1988, com a Constituição que continua em vigor, o eleitorado aumentou consideravelmente, e veio a ultrapassar a casa dos 100 milhões. Atualmente, o voto é obrigatório para todo brasileiro com mais de 18 anos e facultativo aos analfabetos e para quem tem 16 e 17 anos ou mais de 70 anos. Estão proibidos de votar os estrangeiros e aqueles que prestam o serviço militar obrigatório.
A partir de 1988, com a Constituição que continua em vigor, o eleitorado aumentou consideravelmente, e veio a ultrapassar a casa dos 100 milhões. Atualmente, o voto é obrigatório para todo brasileiro com mais de 18 anos e facultativo aos analfabetos e para quem tem 16 e 17 anos ou mais de 70 anos. Estão proibidos de votar os estrangeiros e aqueles que prestam o serviço militar obrigatório.
Antonio Carlos
Olivieri, Da Página 3 Pedagogia & Comunicação é escritor, jornalista e
diretor da Página 3 Pedagogia & Comunicação. olivieri@pagina3ped.com
O voto e a democracia
Em 23
de janeiro de 1532 os habitantes da primeira vila estabelecida na colônia
portuguesa (São Vicente), em São Paulo, foram às urnas para escolher o Conselho
Municipal. As eleições eram dirigidas por uma legislação de Portugal,
organizada em 1603 (Livro das Ordenações). No entanto, na época , o povo
escolheu seis representantes, que por sua vez, escolheram os oficiais do
Conselho.
Com a independência do Brasil de Portugal, por ordem de Dom Pedro I, foi organizada a primeira legislação eleitoral brasileira, que foi empregada na eleição da Assembléia Geral Constituinte de 1824.
Nos períodos colonial e imperial, havia o voto por procuração, não existia título de eleitor e as pessoas eram reconhecidas pelos membros da Mesa Apuradora e por testemunhas. Em decorrência de corrupção e fraudes eleitorais ,em 1842 foi impedido o voto por procuração. Em 1881, através da Lei Saraiva, foi instituído o título de eleitor, porém esse documento não era muito legítimo, pois não possuía a foto do eleitor. Era por conseqüência lógica, um processo eleitoral conduzido, que não vislumbrava em momento algum o direito do exercício de cidadania e democracia.
Em 1889, depois da Proclamação da República (a palavra República deriva do latim e significa "coisa pública") , os analfabetos, mendigos, menores de 21 anos, mulheres, soldados rasos, indígenas e membros do clero estavam proibidos de votar. Nesta época o voto ainda não era direito de todos.
Na Constituição Republicana de 1891, pela primeira vez, aconteceu o voto direto, sendo eleito Prudente de Morais ( primeiro presidente civil doBrasil - Prudente José de Morais e Barros ) .
Na década de 30, Getúlio Vargas foi o autor do golpe que tirou o presidente Washington Luís do governo. Surgem nesta época o voto feminino e o voto secreto. No entanto, com o golpe militar em meados de 1937, Getúlio Vargas estabeleceu o Estado Novo, uma ditadura que se estendeu até 1945. Neste período de oito anos, o brasileiro não exerceu o direito do voto. Houve o fechamento do Congresso, e a política do governo centralizada.
Com o golpe militar de 1964 , houve a proibição do voto direto para Presidente da República, tirando dos brasileiros, o direito de cidadão e de democracia. Nos anos 60 e 70, com a ditadura e bipartidarismo foram fechadas emissoras de rádio e televisão, e tudo que se produzia em termos de comunicação era censurado.
Com a independência do Brasil de Portugal, por ordem de Dom Pedro I, foi organizada a primeira legislação eleitoral brasileira, que foi empregada na eleição da Assembléia Geral Constituinte de 1824.
Nos períodos colonial e imperial, havia o voto por procuração, não existia título de eleitor e as pessoas eram reconhecidas pelos membros da Mesa Apuradora e por testemunhas. Em decorrência de corrupção e fraudes eleitorais ,em 1842 foi impedido o voto por procuração. Em 1881, através da Lei Saraiva, foi instituído o título de eleitor, porém esse documento não era muito legítimo, pois não possuía a foto do eleitor. Era por conseqüência lógica, um processo eleitoral conduzido, que não vislumbrava em momento algum o direito do exercício de cidadania e democracia.
Em 1889, depois da Proclamação da República (a palavra República deriva do latim e significa "coisa pública") , os analfabetos, mendigos, menores de 21 anos, mulheres, soldados rasos, indígenas e membros do clero estavam proibidos de votar. Nesta época o voto ainda não era direito de todos.
Na Constituição Republicana de 1891, pela primeira vez, aconteceu o voto direto, sendo eleito Prudente de Morais ( primeiro presidente civil doBrasil - Prudente José de Morais e Barros ) .
Na década de 30, Getúlio Vargas foi o autor do golpe que tirou o presidente Washington Luís do governo. Surgem nesta época o voto feminino e o voto secreto. No entanto, com o golpe militar em meados de 1937, Getúlio Vargas estabeleceu o Estado Novo, uma ditadura que se estendeu até 1945. Neste período de oito anos, o brasileiro não exerceu o direito do voto. Houve o fechamento do Congresso, e a política do governo centralizada.
Com o golpe militar de 1964 , houve a proibição do voto direto para Presidente da República, tirando dos brasileiros, o direito de cidadão e de democracia. Nos anos 60 e 70, com a ditadura e bipartidarismo foram fechadas emissoras de rádio e televisão, e tudo que se produzia em termos de comunicação era censurado.
Com os chamados anos de chumbo (década de
70), houve um descrédito dos governos militares, e em 1974 vimos o
desenvolvimento do MDB nas urnas.
Na década de 80 assistimos o movimento das Diretas- Já. Ulysses
Guimarães (Senhor Diretas) foi uma das principais lideranças da empreitada e
tornou-se um dos maiores oponentes ao regime militar. Em 1985 Tancredo Neves
(primeiro presidente civil após o Golpe de 64), assinalou o fim do Regime
Militar e o princípio da redemocratização do País. Com a morte de Tancredo,
assume José Sarney. O período da Nova República trouxe melhorias importantes.
Em 1985, uma emenda constitucional
restituiu eleições diretas para a
presidência. Essa emenda também outorgou direito de voto
aos maiores de 16 anos e os analfabetos também
passaram a votar.
Proclamada em 1988, a nova Constituição estabeleceu eleições diretas com dois turnos para a presidência. Exclusivamente em 1989 o brasileiro voltou a indicar pelo voto direto o presidente da República. O País concretizava com esse evento a democracia. As urnas eletrônicas , foram implantadas na década de 90 como uma grande inovação para o voto no Brasil. Em 1996, elas foram empregadas pela primeira vez nas eleições municipais e, em 2000, houve a primeira eleição em que todas os eleitores votaram na urna eletrônica. O Brasil, país que foi o precursor, na automação eletrônica do seu princípio de votação, soube abolir, através da impressão do voto visto pelo eleitor, o potencial para deturpação da aspiração popular através de erros no funcionamento das urnas eletrônicas.
Atualmente existe o projeto ''A Eleição Eletrônica do Futuro'', que agilizará o sistema de votação eleitoral através de um cartão magnético com chip. Esse cartão terá o nome de “smart card”, que trocará o título eleitoral impresso em papel. O “smart card” já poderá ser inserido a partir das eleições de 2006 e poderá ser empregado pelo eleitor em qualquer lugar do país.
Referencial: Agência Câmara
Proclamada em 1988, a nova Constituição estabeleceu eleições diretas com dois turnos para a presidência. Exclusivamente em 1989 o brasileiro voltou a indicar pelo voto direto o presidente da República. O País concretizava com esse evento a democracia. As urnas eletrônicas , foram implantadas na década de 90 como uma grande inovação para o voto no Brasil. Em 1996, elas foram empregadas pela primeira vez nas eleições municipais e, em 2000, houve a primeira eleição em que todas os eleitores votaram na urna eletrônica. O Brasil, país que foi o precursor, na automação eletrônica do seu princípio de votação, soube abolir, através da impressão do voto visto pelo eleitor, o potencial para deturpação da aspiração popular através de erros no funcionamento das urnas eletrônicas.
Atualmente existe o projeto ''A Eleição Eletrônica do Futuro'', que agilizará o sistema de votação eleitoral através de um cartão magnético com chip. Esse cartão terá o nome de “smart card”, que trocará o título eleitoral impresso em papel. O “smart card” já poderá ser inserido a partir das eleições de 2006 e poderá ser empregado pelo eleitor em qualquer lugar do país.
Referencial: Agência Câmara
O Que São Partidos Políticos?
Segundo
Nildo
Viana, os partidos políticos são organizações
burocráticas que visam à conquista do Estado e buscam legitimar esta
luta pelo poder através da ideologia da representação e expressam os
interesses de uma ou outra classe ou fração de classe existentes. Assim, os quatro elementos principais que caracterizam
os partidos políticos são:
a) organização burocrática;
b) objetivo de conquistar o poder do Estado;
c) ideologia da
representação como base de sua busca de legitimação;
d) expressão dos interesses de classe ou fração de
classe.
Partidos Políticos do
Brasil
Atualmente, a
legislação eleitoral brasileira e a Constituição, promulgada em 1988, permitem
a existência de várias agremiações políticas no Brasil. Com o fim da ditadura militar (1964-1985),
vários partidos políticos foram criados e outros, que estavam na
clandestinidade voltaram a funcionar.
Na época do Regime Militar, a Lei Falcão
estabeleceu a existência de apenas duas legendas: ARENA ( Aliança Renovadora
Nacional ) e o MDB (Movimento Democrático Brasileiro ). Enquanto a ARENA reunia
os políticos favoráveis ao regime militar, o MDB reunia a oposição, embora
controlada. Felizmente, esse sistema bipartidário não existe mais e desde o
início da década de 1980, nosso país voltou ao sistema democrático com a
existência de vários partidos políticos.
Atualmente existem 30
partidos políticos registrados no TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Veja abaixo a relação
dos principais partidos políticos em funcionamento na atualidade e suas
principais ideias e características.
PDT - Partido
Democrático Trabalhista
Criado em 1981, o PDT resgatou as principais
bandeiras defendidas pelo ex-presidente Getúlio Vargas. De tendência
nacionalista e social - democrata, esse partido tem como redutos políticos os
estados do Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Nestas regiões, tem o apoio
de uma significativa base eleitoral popular. A principal figura do PDT foi o
ex-governador Leonel Brizola, falecido em 2004. O PDT defende como ideia
principal o crescimento do país através do investimento na indústria nacional,
portanto é contrário às privatizações.
PC do B - Partido Comunista
do Brasil
Fundado em 25 de março de 1922, o Partido
Comunista do Brasil foi colocado na ilegalidade na época do regime militar
(1964 a 1985). Mesmo assim, políticos e partidários do PC do B entraram nas fileiras
da luta armada contra os militares. O PC do B voltou a funcionar na legalidade
somente em 1985, durante o governo de José Sarney. Este partido defende a
implantação do socialismo no Brasil e tem como bandeiras principais a luta pela reforma
agrária,
distribuição de renda e igualdade social. A principal figura do partido foi o
ex-deputado João Amazonas.
PR - Partido da
República
Criado em 24 de outubro de 2006 com a fusão
do PL (Partido Liberal) e PRONA (Partido da Reedificação da Ordem Nacional). O
Partido Liberal entrou em funcionamento no ano de 1985, reunindo vários
políticos da antiga ARENA e também dissidentes do PFL e do PDS. O partido tem
uma proposta de governo que defende o liberalismo econômico com pouca
intervenção do estado na economia. Outra importante bandeira dos integrantes do
PR é a diminuição das taxas e impostos cobrados pelo governo.
DEM - Democratas -
Antigo PFL (Partido da Frente Liberal)
O PFL foi registrado em 1984 e contou com a
filiação de vários políticos dissidentes do PDS. Apoio e forneceu sustentação
política durante os governos de José Sarney, Fernando Collor e Fernando
Henrique Cardoso. Atualmente faz oposição ao governo Lula. Suas bases
partidárias estão na região
Nordeste do Brasil, embora
administre atualmente a cidade de São Paulo com o prefeito Gilberto Kassab. Em
28 de março de 2007, passou a chamar Democratas (DEM). Os partidários defendem
uma economia livre de barreiras e a redução de taxas e impostos.
PMDB - Partido do
Movimento Democrático Brasileiro
Fundado em 1980, reuniu uma grande quantidade de políticos que integravam o MDB na época do governo militar. Identificado pelos eleitores como o principal representante da redemocratização do pais, no início da década de 1980, foi o vencedor em grande parte das eleições ocorridas no período pós regime militar. Chegou ao poder nacional com José Sarney, que tornou-se presidente da república após a morte de Tancredo Neves. Com o sucesso do Plano Cruzado, em 1986, o PMDB conseguiu eleger a grande maioria dos governadores naquelas eleições. Após o fracasso do Plano Cruzado e a morte de seu maior representante, Ulysses Guimarães, o PMDB entrou em declínio. Muitos políticos deixaram a legenda para integrar outras ou fundar novos partidos. A principal legenda fundada pelos dissidentes do PMDB foi o PSDB.
Fundado em 1980, reuniu uma grande quantidade de políticos que integravam o MDB na época do governo militar. Identificado pelos eleitores como o principal representante da redemocratização do pais, no início da década de 1980, foi o vencedor em grande parte das eleições ocorridas no período pós regime militar. Chegou ao poder nacional com José Sarney, que tornou-se presidente da república após a morte de Tancredo Neves. Com o sucesso do Plano Cruzado, em 1986, o PMDB conseguiu eleger a grande maioria dos governadores naquelas eleições. Após o fracasso do Plano Cruzado e a morte de seu maior representante, Ulysses Guimarães, o PMDB entrou em declínio. Muitos políticos deixaram a legenda para integrar outras ou fundar novos partidos. A principal legenda fundada pelos dissidentes do PMDB foi o PSDB.
PPS - Partido Popular
Socialista
Com a queda do muro de Berlim e o fim do
socialismo, muitos partidos deixaram a denominação comunista ou socialista de lado. Foi o que
aconteceu com o PCB que transformou-se em PPS, em 1992. Além da mudança de
nomenclatura, mexeu em suas bases ideológicas, aproximando-se mais da
social-democracia. Suas principais figuras políticas da atualidade são o
ex-governador do Ceará Ciro Gomes e o senador Roberto Freire.
PP - Partido
Progressista (ex-PPB)
Criado em 1995 da fusão do PPR (Partido
Progressista Reformador) com o PP e PRP. Tem como base políticos do antigo PDS,
que surgiu a partir da antiga ARENA. O PPB defende ideias amplamente baseadas
no capitalismo e na economia de
mercado. Seus principais representantes são o ex-governador e ex-prefeito Paulo
Maluf de São Paulo e o senador Esperidião Amin de Santa Catarina.
PSDB - Partido da Social-Democracia Brasileira
O PSDB foi fundado no ano de 1988 por
políticos que saíram do PMDB por discordarem dos rumos que o partido estava
tomando na elaboração da Constituição daquele ano.
Políticos como Mario Covas, Fernando Henrique Cardoso, José Serra e Ciro Gomes
defendiam o parlamentarismo e o mandato de apenas
quatro anos para Sarney. De base social-democrata, defende o desenvolvimento do
país com justiça social. O PSDB cresceu muito durante e após os dois mandatos
na presidência de Fernando Henrique Cardoso. Atualmente, é a principal força de
oposição ao governo Lula.
PSB - Partido Socialista
Brasileiro
Foi criado no ano de 1947 e defende ideias do
socialismo com transformações na sociedade que representam a melhoria da
qualidade de vida dos cidadãos brasileiros. Principal representante político :
Miguel Arraes.
PT - Partido dos
Trabalhadores
Surgiu junto com as greves e o movimento
sindical no início da década de 1980, na região do ABC Paulista. Apareceu no
cenário político para ser uma grande força de oposição e representante dos
trabalhadores e das classes populares. De base socialista, o PT defende a
reforma agrária e a justiça social.
PSTU - Partido
Socialista dos Trabalhadores Unificado
Fundado em 1994 por dissidentes do PT. Os
integrantes do PSTU defendem o fim do capitalismo e a implantação do socialismo
no Brasil. Tem como base os antigos regimes socialistas do Leste Europeu. São
favoráveis ao sistema onde os trabalhadores consigam mais poder e participação
social.
PV - Partido Verde
De base ideológica ecológica, foi fundado em
1986. Os integrantes do PV lutam por uma sociedade capaz de crescer com
respeito a natureza. São favoráveis ao respeito aos direitos civis, a paz,
qualidade de vida e formas alternativas de gestão pública. Lutam contra as
ameaças ao clima e aos ecossistemas do nosso planeta.
PTB
- Partido Trabalhista Brasileiro
Fundado no ano de 1979, contou com a
participação de Ivete Vargas, filha do ex-presidente Getúlio Vargas. No seu
início, pregava a volta dos ideais nacionalistas defendidos por Getúlio Vargas.
Atualmente é uma legenda com pouca força política e defende ideias
identificadas com o liberalismo.
PCB - Partido Comunista
Brasileiro
Fundado na cidade de Niterói em 25 de março
de 1922. Defende o comunismo, baseado nas ideias de Marx e Engels, e tem como
símbolo a foice e o martelo cruzados. As cores do partido são o vermelho e o
amarelo. É um partido de esquerda, contrário ao sistema capitalista e ao
neoliberalismo, defendendo a luta de classes. É também conhecido como
"Partidão".
PSOL - Partido Socialismo e
Liberdade
Fundado em 6 de junho de 2004, defende o
socialismo como forma de governo. Foi criado por dissidentes do PT (Partido dos
Trabalhadores). É um partido de esquerda, contrário ao sistema capitalista e ao
neoliberalismo. Tem como cor oficial o vermelho e como símbolo um Sol.
PRTB - Partido Renovador
Trabalhista Brasileiro - obteve registro definitivo em 18 de fevereiro de
1997.
PSD - Partido
Social Democrático -
fundado, por políticos dissidentes do Partido Progressista e Democratas, em 21
de março de 2011.
PT do B - Partido
Trabalhista do Brasil -
obteve o registro definitivo em 11 de outubro de 1994.
PTN - Partido Trabalhista
Nacional -
refundado em 1995.
PTC - Partido
Trabalhista Cristão -
obteve registro definitivo em 22 de fevereiro de 1990.
PSL - Partido Social
Liberal -
obteve registro definitivo em 2 de junho de 1998.
PSC - Partido Social
Cristão -
obteve o registro definitivo em 29 de março de 1990.
PSDC - Partido Social
Democrata Cristão -
obteve registro definitivo no TSE em 5 de agosto de 1997.
PMN - Partido da
Mobilização Nacional -
fundado em 1984.
PCO - Partido da Causa
Operária - teve
sua criação aprovada pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) em 30 de setembro
de 1997.
PRP - Partido
Republicano Progressista -obtenção do registro definitivo em
22 de novembro de 1991.
PHS - Partido Humanista
da Solidariedade -
fundado em 20 de março de 1997.
PRB - Partido Republicano
Brasileiro -
fundado em 25 de agosto de 2005.
PPL - Partido Pátria
Livre -
teve sua criação aprovada pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) em 4 de
outubro de 2011.
PEN - Partido Ecológico
Nacional -
teve sua criação aprovada pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) em 19 de junho
de 2012.
1 – Liste os partidos existentes no seu município.
___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
LEITURAS
COMPLEMENTARES
Um breve
histórico das Câmaras Municipais
As Câmaras Municipais surgiram no Brasil em 1532 com a criação em São Vicente e teve origem nas tradicionais Câmaras Municipais portuguesas, existentes desde a Idade Média. A segunda foi a de São Pedro que se formou identicamente, sem saber da primeira. A eleição da primeira Câmara foi de acordo com os velhos costumes: os “homens bons” elegeram os Juízes Vereadores, revivendo toda a autonomia do velho “conselho”. Durante o Brasil colônia somente as localidades que tinham o estatuto de vila, condição atribuída pelo Reino de Portugal mediante ato régio, tinham Câmaras Municipais. Naquela época, elas eram as responsáveis pela coleta de impostos, regulavam o exercício de profissões e ofícios, regulavam o comércio, cuidavam da preservação do patrimônio público, criavam e gerenciavam prisões. Ou seja, exerciam, de certa forma, atividades nos três campos da administração pública: Executivo, Legislativo e Judiciário.
A Câmara no Império
A Câmara Municipal teve um dos mais importantes papéis na preparação e na consecução do ato da independência do Brasil, pois foi ela que arregimentou em apoio ao príncipe. As Câmaras foram lideradas pelo vice-presidente da Câmara Municipal de São Paulo, José Bonifácio de Andrade e Silva, o qual conseguiu arredar a influência dos políticos portugueses. Como conseqüência, formou-se um Ministério de Políticos nacionais, com a convocação de eleições para a futura Constituinte a própria independência.
Dom Pedro I percorreu todas as Câmaras Municipais após estas terem se manifestado favoráveis à sua indicação. Estas viagens aos mais diversos pontos do país deram-se com a finalidade do príncipe prestar juramento perante as câmaras que o apoiaram , para, após, assumir definitivamente como imperador, em 1824, quando, então, outorgou a Primeira Constituição Brasileira.
Quando das regências no Brasil, o regente Feijó ocupou o cargo de prefeito em São Paulo e o recomendou a todas as províncias como instituição modelar. Assim, o ensaio da separação dos poderes foi obra do Império.
A Câmara na Primeira República
Em toda a campanha republicana, muito se falou em fortalecimento do município brasileiro. O projeto de constituição elaborado pelo governo provisório garantiu a autonomia municipal. O exercício da autonomia municipal vinha desde 1532, mas faltava-lhe o reconhecimento constitucional, o que não lhe poderia ser negado pela República. A Constituição de 1891, com a emenda Lauro Sodré que prevaleceu no texto aprovado, apenas remeteu aos Estados a organização do Município, respeitando tudo que dissesse respeito ao peculiar interesse local.
O Rio Grande do Sul, diante desse texto, transferiu aos municípios o poder da auto-organização, o que jamais os constituintes gaúchos iriam alterar. É o único estado no Brasil onde os municípios possuem cartas próprias (Leis Orgânicas). Os demais Estados editam Cartas nas Assembléias Legislativas para todos os municípios, com poucas exceções.
A Câmara na Segunda República
A reforma constitucional de 1926 incluiu a autonomia municipal no sentido de abraçar não só a eleição para prefeito, mas também para excluir da apreciação dos recursos de eleições municipais qualquer Poder que não o Judiciário, tudo em razão de jurisprudência formada em torno da prática do assunto. A Constituinte de 1934, sensibilizada com a reforma de 1926, completou esta. Deu ao Município expressamente poderes até então implícitos, dentre eles o de tributar.
Em 1934, os constituintes fizeram referências na Carta aos dois poderes municipais, à Câmara e ao Executivo, este desempenhado pelo Prefeito, ambos de eleição direta pelo povo, autorizada a indireta do Prefeito, pela Câmara, na Constituição de 1937. Durante o Estado Novo, entre 1937 e 1945, as câmaras municipais são fechadas e o poder legislativo dos municípios é extinto. Com a restauração da democracia em 1945, as câmaras municipais são reabertas e começam a tomar a forma que hoje possuem.
A Constituição de 1946 teve uma legislação aprimorada em termos de definições da autonomia municipal. Retratou o Município brasileiro como de fato ele era, o que perdurou até 1967.
A Câmara a partir de 1967
A partir de 1967, com a reforma constitucional, muitas variações ocorreram, incluindo algumas cassações de direitos políticos, restrições a atribuições da Câmara Municipal que, na década de 70, começaram a ser devolvidas a ela. Com a instalação da Nova República, surgiu a esperança de volta das prerrogativas das Câmaras Municipais, discutindo-se em torno da nova Constituinte a autonomia do Município e as dificuldades pelas quais este passa atualmente.
Com a Constituição promulgada em 05 de outubro de 1988, o Município teve reforçadas as suas receitas e passou a integrar a Federação; e a Câmara recuperou as suas prerrogativas de emendar orçamento e de adotar outras iniciativas populares. Diante desses progressos, acredita-se que os legisladores municipais venham desfrutar de mais representatividade e credibilidade perante seus representantes.
A Câmara em
Passo Fundo
A Câmara Municipal de Vereadores de Passo Fundo foi criada e instalada durante o período Imperial em 07 de agosto de 1857, quando a cidade foi elevada a categoria de vila. O primeiro presidente foi Manoel José De Araújo.
Câmara de
Vereadores de Passo Fundo - RShttp://www.cmpf.rs.gov.br/?pagina=conteudo¶metro1=conheca_a_camara¶metro2=historico_da_casa
ARTIGOS
02/09/2012 – 09:00
ELEIÇÕES
MUNICIPAIS E O VOTO
falta inserir a foto Rosane Santana |
Desde inicio do
século XX as mulheres lutavam pelo direito ao voto
|
FEMININO NO BRASIL
Dos mais de 140 milhões de eleitores aptos a
votar nas eleições municipais brasileiras, este ano, 51,92% são mulheres, isto
é, 73.030.460. Entretanto, apesar da eleição de Dilma Rousseff para a
presidência da República, a participação feminina em cargos públicos, nos
poderes Legislativo e Executivo, ainda é baixa e os partidos encontram
dificuldades para cumprir a Lei 9.504, que obriga a reservar, para candidaturas
de cada sexo, o mínimo de 30% e o máximo de 70% das vagas.
A história do voto feminino no mundo é bastante recente. Antes da Primeira Guerra Mundial, as mulheres só tinham direito de votar na Finlândia, Noruega, Austrália e Nova Zelândia. No Brasil, tem exatos 78 anos. Curiosamente, mais tempo do que na Suíça, por exemplo, onde as mulheres só adquiriram esse direito em 1974.
As mulheres adquiriram o direito de votar, em nível nacional, no Brasil, a partir de 1932, com o Código Eleitoral Provisório, aprovado por Getúlio Vargas no bojo das transformações sociais e políticas que marcaram a década de 30 do século passado, um divisor de águas na história do país.
A primeira mulher a votar e a se eleger deputada federal foi a médica paulista Carlota Pereira de Queiroz, constituinte em 1934.Conservadora, Carlota assumiu o mandato com discurso em que agradecia aos homens sua chegada ao Parlamento. Antes disso, em 1927, o Rio Grande do Norte se tornaria o primeiro estado a permitir o alistamento eleitoral de mulheres, sendo a professora Celina Guimarães a primeira a alistar-se.
Surpreendentemente, foi também do Rio Grande do Norte a primeira mulher - Alzira Soriano - a eleger-se para o cargo de prefeita, em 1928, no município de Lages, cujo mandato foi cassado pelo Senado, num país de tradição patriarcal, onde os coronéis das velhas oligarquias estaduais reconheciam, como espaço feminino, apenas, o universo privado das famílias.
O direito de voto feminino instituído em 1932, o foi sob a tutela dos maridos, a quem cabia autorizar as mulheres a votarem. O voto também era permitido às viúvas e solteiras com renda própria. Tais restrições foram eliminadas pela Constituinte de 1934. Mas o voto era facultativo para mulheres, até então, e sua obrigatoriedade aconteceu a partir de 1946, considerado o período mais democrático da história da República, antes a Revolução de 1964.
No livro "O Segundo Sexo", publicado em 1949 e que logo se tornaria uma referência para o movimento feminista em todo o mundo, a francesa Simone de Beauvoir escreveu: "A sociedade sempre foi masculina e o poder político sempre esteve nas mãos dos homens".
No Brasil, a história do voto feminino e da participação da mulher na política, apesar dos avanços, ainda hoje, quando uma mulher ocupa pela primeira vez a presidência da República, parece reforçar a constatação feita pela filósofa existencialista há mais de meio século, especialmente nos pequenos e médios municípios, que representam a maioria entre os mais de cinco mil existentes.
A história do voto feminino no mundo é bastante recente. Antes da Primeira Guerra Mundial, as mulheres só tinham direito de votar na Finlândia, Noruega, Austrália e Nova Zelândia. No Brasil, tem exatos 78 anos. Curiosamente, mais tempo do que na Suíça, por exemplo, onde as mulheres só adquiriram esse direito em 1974.
As mulheres adquiriram o direito de votar, em nível nacional, no Brasil, a partir de 1932, com o Código Eleitoral Provisório, aprovado por Getúlio Vargas no bojo das transformações sociais e políticas que marcaram a década de 30 do século passado, um divisor de águas na história do país.
A primeira mulher a votar e a se eleger deputada federal foi a médica paulista Carlota Pereira de Queiroz, constituinte em 1934.Conservadora, Carlota assumiu o mandato com discurso em que agradecia aos homens sua chegada ao Parlamento. Antes disso, em 1927, o Rio Grande do Norte se tornaria o primeiro estado a permitir o alistamento eleitoral de mulheres, sendo a professora Celina Guimarães a primeira a alistar-se.
Surpreendentemente, foi também do Rio Grande do Norte a primeira mulher - Alzira Soriano - a eleger-se para o cargo de prefeita, em 1928, no município de Lages, cujo mandato foi cassado pelo Senado, num país de tradição patriarcal, onde os coronéis das velhas oligarquias estaduais reconheciam, como espaço feminino, apenas, o universo privado das famílias.
O direito de voto feminino instituído em 1932, o foi sob a tutela dos maridos, a quem cabia autorizar as mulheres a votarem. O voto também era permitido às viúvas e solteiras com renda própria. Tais restrições foram eliminadas pela Constituinte de 1934. Mas o voto era facultativo para mulheres, até então, e sua obrigatoriedade aconteceu a partir de 1946, considerado o período mais democrático da história da República, antes a Revolução de 1964.
No livro "O Segundo Sexo", publicado em 1949 e que logo se tornaria uma referência para o movimento feminista em todo o mundo, a francesa Simone de Beauvoir escreveu: "A sociedade sempre foi masculina e o poder político sempre esteve nas mãos dos homens".
No Brasil, a história do voto feminino e da participação da mulher na política, apesar dos avanços, ainda hoje, quando uma mulher ocupa pela primeira vez a presidência da República, parece reforçar a constatação feita pela filósofa existencialista há mais de meio século, especialmente nos pequenos e médios municípios, que representam a maioria entre os mais de cinco mil existentes.
ARTIGOS
27/08/2012 - 09:00
ELEIÇÕES MUNICIPAIS, VOTO DIGITAL E FRAUDE NO BRASIL Rosane Santana
Mais de 500 mil urnas eletrônicas serão utilizadas nas
eleições municipais brasileiras deste ano. Desse total, 35 mil de última
geração, enquanto as demais são modelos utilizados desde 2004. Uma parte dos
equipamentos trará a possibilidade de identificação do eleitor pelas
impressões digitais, o que segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) torna
o sistema ainda mais seguro.
Ao contrário do que diz a Justiça Eleitoral, que realizou testes controlados para verificação da segurança da urna - nos quais os "invasores" não têm acesso a todos os softwares do sistema -, pesquisadores de duas grandes universidades brasileiras, a Universidade de Campinas (Unicamp) e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), após análises, em 2002, admitiram brechas no sistema e sugeriram medidas de aperfeiçoamento, muitas das quais não foram implantados até hoje, como a impressão do voto. As urnas brasileiras não atendem aos padrões internacionais do sistema de gestão de segurança da informação. Em 2008, especialistas em tecnologia afirmaram categoricamente que a urna eletrônica não é segura, durante audiência pública na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania da Câmara dos Deputados. Países como Estados Unidos, Holanda, Alemanha e até os vizinhos Paraguai e Argentina rejeitaram a utilização de urnas eletrônicas de modelo similar ao brasileiro, alegando falta de segurança. É forçoso reconhecer que, desde a implantação do sistema do voto eletrônico no Brasil, as denúncias de fraude praticamente desapareceram. Mas, seria precipitado, no mínimo, admitir que, num país onde existe uma mentalidade secular de resistência às regras constitucionais do jogo democrático, a criação do voto eletrônico fosse suficiente para varrer, de uma hora para outra, a fraude do processo eleitoral, exatamente no instante em que ocorre o sufrágio, depois de uma luta de vale tudo em que milhões são investidos pelos candidatos. A explicação pode estar no fato, admitido por cérebros em tecnologia da informação de várias partes do mundo, de que as urnas eletrônicas em geral são altamente vulneráveis a fraudes de difícil detecção. Não obstante os riscos, o sistema eletrônico de votação no Brasil parece definitivo, até que um acontecimento de grandes proporções indique o contrário. Por enquanto, as regras têm sido aceitas, sem qualquer questionamento, por partidos, candidatos e eleitores - nos dois últimos casos, frise-se, uma maioria de analfabetos ou alfabetizados funcionais e pessoas de baixa escolaridade. O sistema eleitoral brasileiro, tradicionalmente, sempre foi marcado por violência, fraude e abuso de poder econômico. No Império, os requisitos estabelecidos pela Constituição de 1824, para que o cidadão pudesse votar nas eleições primárias, não eram examinados por nenhuma autoridade no momento da votação. "A vozeria, o alarido, o tumulto, quando não murros e cacetadas, decidiam o direito de voto dos cidadãos que compareciam", num cenário em que "voavam imagens e candelabros", dentro da Igreja matriz, local onde se realizavam as eleições. (BELISÁRIO, Francisco. O sistema eleitoral do Império). Alguns personagens assumiam papel estratégico, fraudando o resultado do pleito. Os cabalistas, por exemplo, incluíam e excluíam nomes de pessoas das listas de qualificação de eleitores, a serviço dos mandões. Em freguesias de mil ou mais votantes, novas nomes eram incluídos às centenas, de modo que a alteração da lista dos qualificados excedia às vezes a mais da metade do número total dos votantes. O fósforo foi outro personagem importante no processo. Eles votavam em lugar de eleitores qualificados que, por algum motivo, inclusive morte, não podiam votar. "Os cabalistas sabem que F. qualificado morreu, mudou de freguesia, está enfermo. Em suma, não vai votar: o fósforo se apresenta. É mui vulgar que, não acudindo à chamada um cidadão qualificado, não menos de dois fósforos se apresentem para substituí-lo, cada qual cabe melhores provas de sua identidade, cada qual tem maior partido e vozeria para sustentá-lo em sua pretensão", mais uma vez Belisário. Quando as eleições primárias não eram disputadas e as igrejas ficavam desertas, percorria-se "os arredores da matriz" e, de última hora, convocavam-se pessoas para votar pelos eleitores ausentes ou colocavam-se na urna cédulas preenchidas pelos integrantes da mesa eleitoral, lavrando-se uma ata para dar aparência de legalidade ao processo. Eram as eleições a "bico de pena". Muitas dessas fraudes foram aperfeiçoadas e continuadas, ao longo de quase dois séculos após a Independência. O preenchimento de cédulas de eleitores ausentes pelos mesários, o cadastramento eleitoral de mortos, a substituição integral de urnas, bem como a migração de votos de candidatos já eleitos para outros, cuja eleição estava ameaçada, estavam entre as práticas denunciadas até passado recente, que teriam desaparecido com o sistema de votação eletrônica, a partir de 1996. |
Histórico do processo eleitoral brasileiro e retrospectiva
das eleições
Elaborado
em 05/2009.
SUMÁRIO. 1.
Introdução. 2. Democracia e processo eleitoral no período imperial. 3. O
processo eleitoral na República Velha. 4. A Era Vargas. 5. A Constituição de
1946 e a redemocratização. 6. O Regime Militar e os abalos na
democracia brasileira dele decorrentes. 7. A "Nova República" e
a reconstrução da democracia no Brasil. 8. Referências.
1. Introdução.
O Brasil, desde
a conquista da sua independência política, em 1822, construiu uma rica história
política, composta de momentos de grande instabilidade democrática, alternados
com outros instantes de maior estabilidade e respeito aos direitos humanos
fundamentais.
Neste diapasão,
podemos dividir a nossa história política em algumas etapas bem claras e
distintas, desde o famoso "grito do Ypiranga" até o momento histórico
atual, em que a chamada "Constituição cidadã" completa vinte anos da
sua edição: o período imperial, a República Velha, a Era Vargas, a
Redemocratização, a Ditadura Militar e a Nova República, iniciada com a eleição
de Tancredo Neves para a presidência da república, em 1985.
É o objetivo deste
trabalho resgatar, em linhas gerais, importantes capítulos da nossa história,
contribuindo para a disseminação de uma cultura política mais crítica e cidadã
por parte do nosso povo.
2. Democracia e
processo eleitoral no período imperial.
A primeira etapa
deste estudo inicia-se no dia 07 de setembro de 1822, com a independência
política Brasileira e a instituição da monarquia. O período imperial, que
só termina em 15 de novembro de 1889, é marcado pela aristocratização política,
simbolizada na instituição do sufrágio censitário, que restringia o exercício
dos direitos políticos àqueles detentores de um maior poder econômico, pela
escravidão, abolida oficialmente apenas em 13 de maio de 1888, com a Lei Áurea,
pela centralização política, típica do Estado unitário e caracterizada
principalmente pelo chamado ‘poder moderador", exercido pelo imperador, e
pelas fraudes eleitorais, que transformavam a suposta
democracia brasileira em um verdadeiro "faz-de-conta". Neste
sentido, leciona Nelson de Sousa Sampaio [01]:
Textos relacionados
No Império, as
eleições eram fabricadas pelo Gabinete no poder, que usava de todas as armas da
fraude, do suborno, da pressão e da violência para obter sempre vitória.
Criou-se até a ética de que tudo era permitido ao governo para vencer os
pleitos. O vergonhoso para o governo era perder eleições.
Quando se tinha que
renovar a Câmara dos Deputados, por extinção dos mandatos ou por dissolução
desse ramo da Assembléia Geral, a estratégia do governo era monotonamente a
mesma. Realizava, primeiro, a derrubada geral dos adversários, desde os
presidentes de províncias e chefes de polícias até os mais modestos
funcionários públicos, pois então não existiam as garantias que o funcionalismo
depois conquistou. Os juízes suspeitos eram removidos para comarcas distantes,
onde sua presença fosse inócua, porque eram apenas "perpétuos" (na
terminologia da Constituição), mas não inamovíveis. Os amigos do governo tinham
o seu fervor eleitoral estimulado pelo provimento nos cargos dos quais foram
despejados os antagonistas ou pela distribuição de títulos nobiliárquicos e
patentes da guarda nacional. Contra os adversários mais renitentes,
empregava-se a intimidação. Grupos de capangas, jagunços e desordeiros
percorriam as ruas nas vésperas e no dia do pleito, distribuindo ameaças e
pancadarias a torto e a direito, impedindo a reunião de certas seções ou,
quando preciso, roubando urnas. O local em que se realizavam as eleições – as
Igrejas – não obstava tais tumultos, como não bastavam para refreá-los os
sermões da missa do Espírito Santo, celebrada antes das eleições do primeiro e
do segundo grau, nem os Te Deum cantados depois das mesmas eleições.
Esse ritual religioso terminou com a Lei Saraiva, de 1881, que estabeleceu as
eleições diretas.
Nas eleições
imperiais, mulheres e escravos não votavam. votavam homens com pelo menos 25
anos (21, se casados ou oficiais militares, e, independentemente da idade, se
clérigo ou bacharel).
Até 1846, o eleitor
tinha que dispor de 100 mil réis por ano para ser votante e 200 mil para ser
eleitor (segundo grau). A partir de 1846, os valores foram atualizados para 200
mil e 400 mil, respectivamente.
Entre 1824 e 1842 a
cédula era assinada pelo eleitor e o alistamento eleitoral era feito no dia da
eleição. Admitia-se, nesta época, o voto por procuração. A partir de 1842, o
alistamento passou a ser prévio.
O voto secreto
somente foi instituído em 1875. As eleições eram realizadas nas igrejas, após
as missas. As paróquias eram, até 1881, as unidades territoriais fundamentais
da vida eleitoral. Apenas a partir de 1881 as cerimônias religiosas foram
dispensadas.
Como bem observa
Jairo Nicolau [02]:
Durante o império,
elegia-se representantes para ocupar diversos postos do sistema político. No
âmbito local, votava-se para juiz de paz (responsável para dirimir pequenos
conflitos e manter a ordem na paróquia) e para vereadores. Como não havia prefeitos,
cabia aos vereadores a responsabilidade pela vida administrativa das vilas e
cidades. A Câmara Municipal, composta por sete membros nas vilas e nove
membros nas cidades, era presidida pelo vereador mais votado. Votava-se ainda
para a Assembléia Provincial (Poder Legislativo das Províncias), para a Câmara
dos Deputados e para o Senado. Neste último caso, os três nomes mais votados
eram submetidos ao imperador, que escolhia um. O cargo se senador era
vitalício. Os responsáveis pela administração das províncias (presidentes)
também eram nomeados pelo imperador. As eleições para os cargos locais eram
diretas. Já para o Senado, a Câmara dos Deputados e as Assembléias Provinciais,
foram indiretas (em dois graus, como se dizia na época) até 1880: os votantes
escolhiam os eleitores (primeiro grau), que por sua vez elegiam os ocupantes
dos cargos públicos (segundo grau). A partir de 1881 todas as eleições passaram
a ser diretas.
No período
monárquico, cinco sistemas eleitorais foram utilizados no Brasil. O Primeiro,
cuja entrada em vigência se deu em 1824, atingindo as eleições para nove
legislaturas, tinha como pressuposto, para as eleições à Câmara dos Deputados,
a divisão do território nacional em circunscrições eleitorais equivalentes às
províncias, sendo eleitos, por maioria simples, os candidatos mais votados,
tantas quantas fossem as cadeiras disponíveis para cada província.
Em 1855, um segundo
sistema eleitoral passou a ser utilizado. As províncias, outrora designadas
como circunscrições eleitorais, foram divididas em distritos, cuja
representação limitar-se-ia a um representante, eleito por maioria absoluta.
Tal sistema, entretanto, teve vida curta, uma vez que favoreceu a eleição de um
número expressivo de lideranças locais, com pouco expressão no cenário político
nacional.
Em 1860, o sistema de
distritos uninominais foi substituído por um sistema no qual cada um dos
distritos elegia três representantes, objetivando a restrição do poder dos
líderes regionais no processo eleitoral, o que possibilitou uma maior
representatividade das minorias no Congresso Nacional.
Quinze anos após a
entrada em vigor do terceiro sistema eleitoral imperial (1875), os distritos
foram extintos e as provinciais voltaram a ser a base das circunscrições
eleitorais. Pelo novo sistema, cada eleitor deveria votar em 2/3 do número de
representantes de cada província na Câmara dos Deputados, sendo eleitos os mais
votados, por maioria simples.
Com a lei Saraiva, em
1881, foi abolido o voto indireto e deputados gerais, provinciais e senadores
passaram a ser eleitos diretamente pelos eleitores. O sistema de distritos de
um representante foi novamente adotado e a maioria absoluta voltou a ser
exigida para a eleição dos representantes da Câmara dos Deputados: caso nenhum
candidato obtivesse mais de 50% dos votos, era realizada uma nova eleição entre
os dois candidatos mais votados. O sufrágio censitário, entretanto, foi mantido
pela nova lei, a última lei eleitoral do Império do Brasil.
3. O processo
eleitoral na República Velha.
Em 15 de novembro de
1889 tem fim o período imperial brasileiro, com a proclamação da
República. A mudança na forma de governo, no entanto, não significou,
verdadeiramente, a instituição de um regime político verdadeiramente
democrático e livre das influências do poder econômico. Como bem observa Jairo
Nicolau [03]:
(...) o processo
eleitoral era absolutamente viciado pelas fraudes em larga escala e, salvo
poucas exceções, as eleições não eram competitivas. As eleições, mais do que
expressar as preferências dos eleitores, serviram para legitimar o controle do
governo pelas elites políticas estaduais.
A fraude era
generalizada, ocorrendo em todas as fases do processo eleitoral (alistamento de
eleitores, votação, apuração de votos e reconhecimento dos eleitos). Os principais
instrumentos de falsificação eleitoral foram o bico de pena e
a degola. A eleição a bico de pena consistia na adulteração das atas
feitas pela Mesa Eleitoral (que também apurava os votos). Nas palavras de Vitor
Nunes Leal, "inventavam-se nomes, eram ressuscitados os mortos e os
ausentes compareciam; na feitura das atas, a pena todo-poderosa dos mesários
realizava milagres portentosos". A Câmara dos Deputados tinha uma comissão
responsável por organizar a lista dos deputados presumivelmente legítimos para
a legislatura seguinte (Comissão Verificadora dos Poderes). O controle da
comissão pelos deputados governistas permitia que, frequentemente,
parlamentares eleitos pela oposição não tivessem seus diplomas reconhecidos.
Tal mecanismo era conhecido no meio político como degola e foi largamente
utilizado na Primeira República.
Com a República foi
abolida a exigência de renda para ser eleitor ou candidato. Votavam, de forma
facultativa, apenas os homens maiores de 21 anos alfabetizados. Os analfabetos
(que representavam 50% da população) eram proibidos de votar, de acordo com o
decreto nº 06 de 19/11/1889, que reforçou tal condição instituída, já no
Império, pela Lei Saraiva. As mulheres também não votavam.
O presidente da
república e seu vice eram escolhidos em pleitos diferentes, devendo alcançar a
maioria absoluta dos votos. Caso isso não acontecesse, o Congresso deveria
escolher entre os dois mais votados nas urnas. O mandato era de 4 anos, sem
reeleição.
Eram eleitos três
senadores por estado, com mandato de 9 anos. Aboliu-se, assim, o cargo de
senador vitalício. Os deputados, por sua vez, eram eleitos para um mandato de
03 anos.
Cada estado tinha
autonomia para organizar o processo eleitoral para escolha de governadores e
representantes das assembléias legislativas, bem como para, em suas
constituições, estabelecer as regras para as escolhas dos representantes
políticos municipais. Como bem ressalta Jairo Nicolau [04]:
Um aspecto
interessante do sistema político da Primeira República é o status
dado à política municipal. Como a Constituição de 1891 concedeu autonomia
aos estados para deliberar sobre a matéria, houve uma enorme variação quanto ao
processo eleitoral dos municípios. Em alguns estados havia eleição para o chefe
do Executivo (o nome variava de acordo com o estado: prefeito, intendente,
superintendente, agente do executivo) de todos os municípios.Em Minas Gerais
(entre 1903-30) e no Rio de Janeiro (até 1920), o presidente da Câmara era
responsável pela função executiva. Em alguns estados (Ceará e Paraíba) todos os
prefeitos eram indicados pelo governador. Em outros, havia indicação para os
prefeitos das capitais, estâncias hidrominerais e cidades com obras e serviços
de responsabilidade do estado.
Durante
a Primeira República (1889-1930), três sistemas eleitorais foram
utilizados nas eleições para a Câmara dos Deputados. O primeiro deles
representava a reprodução do sistema vigente nos últimos anos do período
imperial, instituído em 1881 pela Lei Saraiva: o país foi dividido em
circunscrições eleitorais equivalentes aos estados membros da federação,
podendo o eleitor votar em tantos nomes quantas fossem as cadeiras do seu
estado na Câmara dos Deputados, sendo exigida a maioria simples dos votos para
que houvesse a eleição (os mais votados do estado eram eleitos. Esse sistema
foi utilizado, entretanto, somente nas eleições de 15 de novembro de 1890.
O segundo sistema
eleitoral, em vigor a partir de 1892, dividiu os estados federados em
distritos. O eleitor podia votar em dois nomes, sendo eleitos os três
candidatos mais votados em cada um dos distritos. Esse sistema perdurou até
1904, quando foi instituída a Lei Rosa e Silva, de autoria do senador de mesmo
nome, a partir da qual cada distrito seria responsável pela eleição de cinco
representantes para a Câmara dos Deputados. Ao eleitor, pelo novo sistema, era
permitido votar em até quatro nomes, sendo possível o voto cumulativo (o
eleitor podia sufragar seus quatro votos ao mesmo candidato). O sistema
eleitoral instituído pela Lei Rosa e Silva perdurou até o final da chamada
República Velha.
4. A Era Vargas.
Em 1930, diante da
conjuntura de crise mundial, gerada pela quebra da bolsa de valores de Nova
York, ocorrida no ano anterior, a chamada "República do
café-com-leite" chega ao fim, fazendo ascender ao poder aquele que talvez
seja o mais importante e emblemático líder político brasileiro: Getúlio
Vargas. A partir daquele momento, a marca do getulismo se impõe de maneira
indelével na política brasileira, mesmo após o suicídio de Vargas, ocorrido
em 24 de agosto de 1954.
Durante o primeiro
período getulista (1930-1937), apesar de toda a instabilidade do novo regime
político, avanços democráticos ocorreram. Dentre eles, podemos destacar a
criação da Justiça Eleitoral, a instituição do voto feminino e o surgimento do
primeiro código eleitoral brasileiro, fatos ocorridos em 1932, ano que
também foi marcado pela Revolução Constitucionalista, eclodida em 09 de julho,
na cidade de São Paulo.
Com a nova legislação
eleitoral, foram estabelecidas sanções para os eleitores que não se alistassem.
O cidadão alistável deveria apresentar seu título de eleitor para trabalhar
como funcionário público.
O Código Eleitoral de
1932 também instituiu um novo sistema eleitoral, que englobava aspectos dos
sistemas proporcional e majoritário, visando, mais uma vez, à representação das
minorias. Segundo Jairo Nicolau [05]:
Pelo novo sistema, os
nomes dos candidatos deviam ser impressos ou datilografados em uma cédula.
Podia-se votar em tantos nomes, independente dos partidos, quantos fossem as
cadeiras do estado na Câmara dos Deputados mais um: o Piauí, por exemplo, tinha
quatro cadeiras na Câmara dos Deputados, então os eleitos podiam votar em até
cinco nomes. Havia um sistema de apuração que privilegiava o primeiro nome da
lista (chamado de primeiro turno). Os votos dados aos candidatos que
encabeçavam cada cédula eram somados para se obter a votação final de cada
partido. Calculava-se o quociente eleitoral (número de eleitores que
compareceram dividido pelo número de cadeiras a serem ocupadas). Cada partido
elegia tantas cadeiras quantas vezes atingisse o quociente eleitoral e os
candidatos mais votados de cada partido eram eleitos. Como eram computados os
votos para os nomes que não encabeçavam a lista de cada cédula? Eles eram somados
e os nomes mais votados (portanto, um sistema majoritário) ficavam com as
cadeiras não ocupadas depois da distribuição pelo quociente. Essa segunda parte
da distribuição de cadeiras recebia o nome de segundo turno. Esse sistema
foi utilizado nas eleições de 1933 (constituinte) e 1934 (Câmara dos
Deputados).
Com a promulgação da
Constituição Federal de 1934, por sua vez, reduziu-se a idade para atingimento
da capacidade eleitoral de 21 para 18 anos.
Em 10 de novembro de
1937, no entanto, todos os avanços democráticos retrocederam. Getúlio Vargas,
naquela histórica data, instituiu um regime autocrático, outorgando uma nova
Constituição e pondo fim à democracia, instituindo o chamado "Estado
Novo". Com o Estado Novo foram suspensas as eleições no Brasil (1937-1945),
os partidos políticos foram extintos, assim como a Justiça Eleitoral.
Somente com a
decadência do Estado Novo, em 1945, a democracia começa a ressurgir em nosso
país. Surge, assim, a Lei Agamenon, que restitui, algumas conquistas obtidas
pelo povo brasileiro que haviam sido abolidas pela ditadura de Vargas.
Como bem lecionam Anna Cândida Ferraz e Odete Medauar [06]:
No fim da ditadura de
Vargas, surge o Decreto-lei nº 7586, de 28 de maio de 1945, que faz retomar
preceitos eleitorais eliminados da vida jurídico-política do Brasil. E
assim, viu-se reintroduzida a Justiça Eleitoral; reinstituído o sufrágio
universal e o voto obrigatório, direto e secreto; estabelecida a representação
proporcional para a Câmara dos Deputados e Assembléia Legislativa e o sistema
majoritário para as eleições de Presidente da República e Governador do Estado.
Dois pontos importantes desse texto estão na obrigatoriedade de âmbito nacional
para os partidos políticos e na impossibilidade de candidatura avulsa, sem
registro por partido ou aliança de partidos.
5. A Constituição de
1946 e a redemocratização.
Em 1946, uma nova
Constituição é promulgada no Brasil, a partir da qual são retomados
princípios democráticos e sociais que houveram sido consagrados pela
Constituição de 1934 e abolidos pelo Estado-Novo. Com a redemocratização,
surgem novos partidos políticos, de caráter nacional, e as eleições para
presidente da república voltam a ocorrer de forma direta, com a consagração do
sufrágio universal.
É de se destacar, no
entanto, que, muito embora o período instituído com a Constituição de 1946 seja
considerado um período democrático, uma grande instabilidade política ainda
podia ser verificada no Brasil. Em 1950, o ex-ditador, Getúlio Vargas, é
eleito democraticamente, presidente da república. Setores oposicionistas,
liderados pela UDN (União Democrática Nacional), partido político que rivalizou
com o PTB (Partidos Trabalhista Brasileiro) e o PSD (Partido Social
Democrático) durante quase vinte anos, tentam impedir a posse do presidente e,
após esta, fazem tudo para o depor. Em meio a uma grande crise política,
Getúlio Vargas se suicida, em 24 de agosto de 1954, adiando, em dez anos, o
golpe militar que terminaria ocorrendo em 1964.
Em 1955, o
ex-governador mineiro, Juscelino Kubitschek de Oliveira é eleito presidente da
República. Mais uma vez, setores oposicionistas tentam evitar a posse do novo
líder da nação, sem sucesso. JK, assim, governa por cinco anos, realizando uma
destacada administração, cujo ponto alto foi a construção de uma nova capital
para o país, Brasília, inaugurada em 21 de abril de 1960. Apesar da sua grande
popularidade, Juscelino não elege o seu sucessor. O ex-prefeito de São Paulo,
Jânio Quadros, se elege presidente, com o apoio da UDN, na última eleição direta
para presidente da república até as eleições de 1989, que consagraram Fernando
Collor de Melo o primeiro presidente eleito pelo povo após o Regime Militar.
Em 25 de agosto de
1961, menos de sete meses após a sua posse, Jânio Quadros surpreende o país,
renunciando ao cargo máximo da república. Mais uma vez, tentativas de Golpe de
Estado abalam a democracia, simbolizadas na movimentação de setores políticos e
militares que não desejam dar posse ao vice-presidente João Goulart, ligado à
tradição getulista. Após uma grande mobilização da sociedade, Goulart é
empossado, tendo, no entanto, que submeter-se a um novo sistema de governo, o
parlamentarismo, que lhe retirava poderes substanciais.
Em 08 de janeiro de
1963, um plebiscito restitui o presidencialismo, devolvendo ao presidente os
poderes necessários para a implementação das prometidas "reformas de
base", contrárias aos interesses da parcela mais conservadora da
sociedade. Era o estopim que faltava para a derrubada do regime democrático,
desenhada desde o governo Vargas, e finalmente concretizada com o Golpe Militar
de 31 de março de 1964.
Leia mais: http://jus.com.br/revista/texto/12872/historico-do-processo-eleitoral-brasileiro-e-retrospectiva-das-eleicoes#ixzz26aM3SwNU
BARREIROS NETO, Jaime. Histórico do processo
eleitoral brasileiro e retrospectiva das eleições. Jus Navigandi,
Teresina, ano
14, n. 2162, 2 jun. 2009 . Disponível
em: <http://jus.com.br/revista/texto/12872>. Acesso
em: 15 set. 2012.
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